From Indigenous Peoples in Brazil
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Mãe de adolescente xavante acusa abrigo da Funasa e hospital de negligência
08/07/2008
Autor: Luana Lourenço
Fonte: Agência Brasil - www.agenciabrasil.gov.br
Brasília - A mãe da adolescente Jaiya Xavante, Carmelita Xavante, acusou a Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai), da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), de demora para prestar socorro, além de apontar negligência médica no atendimento à indígena, que morreu no último dia 25. De acordo com a polícia, Jaiya, de 16 anos, sofreu perfuração dos órgãos genitais e morreu durante cirurgia no Hospital Universitário de Brasília.
"O que aconteceu foi a falta de atendimento da Casai para socorrer [Jaiya] e também houve negligência médica", disse Carmelita.
As declarações foram transcritas pelo chefe do núcleo de apoio local da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Campinápolis (MT), Paulo Tsererãve Dumhiwe, e enviadas, por meio de carta, ao coordenador de apoio a áreas xavante, Edson Silva Beiriz, que acompanha os depoimentos à polícia.
"O chefe da Funai no núcleo de norotã em Campinápolis, que por sinal é índio, conversou com a comunidade e elas declararam para ele naquela carta o que se passou. Então ali é um depoimento da família em relação aos fatos", afirmou Beiriz.
De acordo com o texto, Carmelita Xavante relatou que a filha só foi levada ao hospital horas depois de ter começado a passar mal, apesar de haver duas viaturas da Funasa disponíveis para transporte de índios. Ao chegar ao hospital, Carmelita relatou que a filha foi levada para o banho e, em seguida, atendida por uma equipe do hospital.
"Escutei a voz de um deles - vamos furar nela para que a barriga esteja diminuída e eu vi na mão de uma enfermeira um instrumento, tipo agulha (sic)" , contou ela, de acordo com a transcrição literal da carta.
Ainda segundo a carta, a tia de Jaiya, Maria Imaculada Xavante, que prestou depoimento hoje à Polícia Civil, negou que tenha sido responsável pela morte da sobrinha. "Matar a sobrinha é impossível. Por que faria isso? Por que motivo, se ela é sobrinha e eu ajudava a mãe a cuidar", relatou.
"O que aconteceu foi a falta de atendimento da Casai para socorrer [Jaiya] e também houve negligência médica", disse Carmelita.
As declarações foram transcritas pelo chefe do núcleo de apoio local da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Campinápolis (MT), Paulo Tsererãve Dumhiwe, e enviadas, por meio de carta, ao coordenador de apoio a áreas xavante, Edson Silva Beiriz, que acompanha os depoimentos à polícia.
"O chefe da Funai no núcleo de norotã em Campinápolis, que por sinal é índio, conversou com a comunidade e elas declararam para ele naquela carta o que se passou. Então ali é um depoimento da família em relação aos fatos", afirmou Beiriz.
De acordo com o texto, Carmelita Xavante relatou que a filha só foi levada ao hospital horas depois de ter começado a passar mal, apesar de haver duas viaturas da Funasa disponíveis para transporte de índios. Ao chegar ao hospital, Carmelita relatou que a filha foi levada para o banho e, em seguida, atendida por uma equipe do hospital.
"Escutei a voz de um deles - vamos furar nela para que a barriga esteja diminuída e eu vi na mão de uma enfermeira um instrumento, tipo agulha (sic)" , contou ela, de acordo com a transcrição literal da carta.
Ainda segundo a carta, a tia de Jaiya, Maria Imaculada Xavante, que prestou depoimento hoje à Polícia Civil, negou que tenha sido responsável pela morte da sobrinha. "Matar a sobrinha é impossível. Por que faria isso? Por que motivo, se ela é sobrinha e eu ajudava a mãe a cuidar", relatou.
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