From Indigenous Peoples in Brazil
News
Conselho Indígena de Roraima teme retorno de reassentados à Raposa Serra do Sol
18/08/2008
Autor: Karina Cardoso
Fonte: Agência Brasil - www.agenciabrasil.gov.br
Boa Vista (Roraima) - O coordenador do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Dionito José de Souza, teme o retorno dos agricultores reassentados à Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, caso o Supremo Tribunal do Federal (STF) não mantenha a homologação em área contínua. O julgamento das ações que contestam a demarcação da terra indígena está marcado para o dia 27 de agosto.
Desde a assinatura do decreto presidencial de homologação da reserva em área contínua, em 2005, mais de 130 famílias de não-indígenas foram reassentadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
"Se todos voltarem, vai ser um grande massacre indígena. A gente não quer o retorno deles, pois já soterraram nossos lagos e destruíram nossas matas", disse Souza.
Em Pacaraima, município localizado a 215 quilômetros da capital Boa Vista, na divisa do Brasil com a Venezuela, a maior parte da população defende a permanência dos produtores rurais. O prefeito da cidade é o líder dos arrozeiros de Roraima, Paulo César Quartiero.
A descendente indígena Marilaine Feitosa Pinto é moradora da Vila Surumu, distrito do município. Ela diz que a economia do estado depende dos produtores rurais. "Os arrozeiros têm feito o que os representantes [do governo] não fazem. A comunidade aqui depende dos arrozeiros, sem eles, do que vamos sobreviver?"
Para o coordenador do CIR, as comunidade indígenas têm condições de sobreviver sem a atuação dos plantadores de arroz. "Não dependemos deles, temos todo um plano para sustentar nosso povo. Temos 35 mil cabeças de gado e plantações de arroz, milho, feijão, mandioca, não vivemos de migalhas."
Desde a assinatura do decreto presidencial de homologação da reserva em área contínua, em 2005, mais de 130 famílias de não-indígenas foram reassentadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
"Se todos voltarem, vai ser um grande massacre indígena. A gente não quer o retorno deles, pois já soterraram nossos lagos e destruíram nossas matas", disse Souza.
Em Pacaraima, município localizado a 215 quilômetros da capital Boa Vista, na divisa do Brasil com a Venezuela, a maior parte da população defende a permanência dos produtores rurais. O prefeito da cidade é o líder dos arrozeiros de Roraima, Paulo César Quartiero.
A descendente indígena Marilaine Feitosa Pinto é moradora da Vila Surumu, distrito do município. Ela diz que a economia do estado depende dos produtores rurais. "Os arrozeiros têm feito o que os representantes [do governo] não fazem. A comunidade aqui depende dos arrozeiros, sem eles, do que vamos sobreviver?"
Para o coordenador do CIR, as comunidade indígenas têm condições de sobreviver sem a atuação dos plantadores de arroz. "Não dependemos deles, temos todo um plano para sustentar nosso povo. Temos 35 mil cabeças de gado e plantações de arroz, milho, feijão, mandioca, não vivemos de migalhas."
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source