From Indigenous Peoples in Brazil
News
Procuradoria denuncia prefeito de Pacaraima por invasão e ameaça em Roraima
05/09/2008
Fonte: Uol Notícias - noticias.uol.com.br
A Procuradoria Regional da República denunciou o prefeito de Pacaraima, em Roraima, Paulo César Quartiero (DEM), por seqüestro, cárcere privado, roubo e dano qualificados. Junto com Quartiero também foram denunciados Francisco Roberto do Nascimento, os índios tuxauas Genival Costa da Silva, Nelson Silvino e Sterfeson Barbosa de Souza.
Segundo nota da Procuradoria, Quartiero é acusado de coordenar uma invasão à missão religiosa do Surumu, a 230 km da capital Boa Vista e dentro da reserva indígena Raposa/Serra do Sol, em 6 de janeiro de 2004. O prefeito é dono de fazendas de plantação de arroz e lidera um grupo de rizicultores que é contra a demarcação contínua da reserva.
Na época, invasores destruíram a missão, seqüestraram três padres, levaram bens que estavam no local, além de ameaçar religiosos e alunos. Os padres Ronildo Pinto de França, João Carlos Martines e César Alvallaneda foram levados em veículos diferentes após a invasão e permaneceram presos durante dois dias. Ainda segundo a Procuradoria, testemunhas e peritos comprovam que o grupo chegou ao local por volta de 3h da madrugada e saiu às 6h30.
Na mesma data, um grupo invadiu a sede da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Boa Vista. Segundo o administrador do órgão, vários ônibus lotados chegaram para promover a invasão. À frente deles, segundo o administrador, estava Paulo César Quartiero.
A Procuradoria explica na denúncia que a ação teve o "intuito de dar publicidade à sua causa e forçar as autoridades a realizarem a demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol da forma que lhes é mais conveniente (em ilhas)". O STF (Supremo Tribunal Federal) analisa ação pública que contesta a demarcação contínua da reserva. No último dia 27, um pedido de vista suspendeu o julgamento, adiando a decisão que deve servir de base para outras demarcações.
A denúncia contra o prefeito de Pacaraima aguarda agora decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Se for aceita e os acusados, condenados, a pena pode ser de até 21 anos de prisão.
Outro lado
Paulo César Quartiero afirmou ao UOL que o caso é mais um processo requentado e sem fundamento. "São processos do Ministério Público, da Funai; eles me processam com dinheiro público e eu tenho que me defender com dinheiro particular, eles não têm nada a perder", afirma Quartiero. "Eles querem me dar trabalho. Eles são ociosos", finaliza.
Segundo nota da Procuradoria, Quartiero é acusado de coordenar uma invasão à missão religiosa do Surumu, a 230 km da capital Boa Vista e dentro da reserva indígena Raposa/Serra do Sol, em 6 de janeiro de 2004. O prefeito é dono de fazendas de plantação de arroz e lidera um grupo de rizicultores que é contra a demarcação contínua da reserva.
Na época, invasores destruíram a missão, seqüestraram três padres, levaram bens que estavam no local, além de ameaçar religiosos e alunos. Os padres Ronildo Pinto de França, João Carlos Martines e César Alvallaneda foram levados em veículos diferentes após a invasão e permaneceram presos durante dois dias. Ainda segundo a Procuradoria, testemunhas e peritos comprovam que o grupo chegou ao local por volta de 3h da madrugada e saiu às 6h30.
Na mesma data, um grupo invadiu a sede da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Boa Vista. Segundo o administrador do órgão, vários ônibus lotados chegaram para promover a invasão. À frente deles, segundo o administrador, estava Paulo César Quartiero.
A Procuradoria explica na denúncia que a ação teve o "intuito de dar publicidade à sua causa e forçar as autoridades a realizarem a demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol da forma que lhes é mais conveniente (em ilhas)". O STF (Supremo Tribunal Federal) analisa ação pública que contesta a demarcação contínua da reserva. No último dia 27, um pedido de vista suspendeu o julgamento, adiando a decisão que deve servir de base para outras demarcações.
A denúncia contra o prefeito de Pacaraima aguarda agora decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Se for aceita e os acusados, condenados, a pena pode ser de até 21 anos de prisão.
Outro lado
Paulo César Quartiero afirmou ao UOL que o caso é mais um processo requentado e sem fundamento. "São processos do Ministério Público, da Funai; eles me processam com dinheiro público e eu tenho que me defender com dinheiro particular, eles não têm nada a perder", afirma Quartiero. "Eles querem me dar trabalho. Eles são ociosos", finaliza.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source