From Indigenous Peoples in Brazil
News
Depois de 38 anos, um encontro no tempo...
03/10/2008
Fonte: Cimi - www.cimi.org.br
O povo Kwaza vive um momento imemorável na sua história. Mais uma família se reencontra depois de viverem 38 anos distante e no anonimato, porém mantendo firme a esperança do reencontro, de reconstituir e pertencer ao seu povo novamente.
A história de dona Dineuza e de sua família soma-se à história de muitas famílias e de muitos povos que foram expulsos e expropriados de sua terra, de sua identidade indígena e do convívio do seu povo. Foram trinta e oito anos que dona Dineuza ficou sem ter noticia de sua família e de seu povo. Ela sabia e sabe muito de sua história e lembrava e lembra palavras na língua, porém não recordava o nome do seu povo.
Com a organização e o ressurgir de povos que foram tidos como extintos e integrados à sociedade, dona Dineuza, em dezembro de 2007 foi participar da assembléia do povo Cujubim. Nesta assembléia mostrou o desejo de encontrar seu povo. Lá, relatou sua história e a partir daí se deu o processo da busca e do nome do povo a qual pertenceria.
Entre histórias contadas e fotos que iam e vinham, conseguiu-se manter um fio da história, para desvendar este grande e aventureiro mistério.
A dona Dineuza se recordava, que, quando era criança de (9 a 10 anos), foi viver em Pimenta Bueno - Rondônia. Naquela época seu nome era Valquíria e morava com uma parente chamada Mussolina. Depois, seu irmão chamado Turué a levou para viver com ele pelos lados de Cerejeiras, sul do Estado, depois foi para Pimenteiras, até que se casou e foi viver em Costa Marques, desse momento, até agosto deste ano, ficou sem ter noticias de seus parentes.
No dia 25 de agosto de 2008, depois de trinta e oito anos, dona Dineuza e sua filha Ledy Laura foram se encontrar com o povo Kwaza, da aldeia São Pedro, no município de Parecis (RO). O Povo Kwaza, dona Dineuza, e sua filha Ledy Laura viveram o momento único de sua história, momento de encontro e reencontro, momento de alegria, de identificação e de reconhecimento, de acolhida, de sentir-se em "casa" e com um nome. Identificada, reconhecida e assumida pelo povo. Foi emocionante o encontro das famílias entre si.
Dona Mussolina conta que o pai de Dineusa, Luiz Kwazá, era pajé e vivia no Igarapé Bom Jardim, afluente do rio São Pedro, lugar sagrado para o povo - que ficou fora do território demarcado. Neste espaço, havia a aldeia e a maloca, onde o pai de Dineusa faleceu, na época da epidemia de sarampo. Escutando a história, Ledi Laura se encheu de plena convicção e falou: "Temos que lutar pelo nosso território tradicional, nosso local sagrado onde está enterrado meu avó". Despertando no povo a vontade de lutar por este espaço sagrado.
Depois de muita conversa entre o povo Kwaza, dona Mussolina, Dineuza e sua filha lembraram de muitos fatos. Encontrava-se na aldeia Dona Sueli Kwaza, que foi registrada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) como Sueli Arara. Ela disse que o nome de Dona Dineuza na língua Kwazá é "Txojcoró".
Confirmada e reconhecida pelo povo como pertencente a eles em reunião com toda a comunidade, foi elaborado um documento em que o Povo reconhece dona Dineuza e sua família como pertencentes ao povo Kwaza. Eles solicitaram à Funai que faça o documento de identidade indígena de toda a família de Dineuza e também que refaça o documento da dona Sueli, colocando o nome de Kwaza e a sua idade real.
As famílias se despediram prometendo uma visita em breve.
A história de dona Dineuza e de sua família soma-se à história de muitas famílias e de muitos povos que foram expulsos e expropriados de sua terra, de sua identidade indígena e do convívio do seu povo. Foram trinta e oito anos que dona Dineuza ficou sem ter noticia de sua família e de seu povo. Ela sabia e sabe muito de sua história e lembrava e lembra palavras na língua, porém não recordava o nome do seu povo.
Com a organização e o ressurgir de povos que foram tidos como extintos e integrados à sociedade, dona Dineuza, em dezembro de 2007 foi participar da assembléia do povo Cujubim. Nesta assembléia mostrou o desejo de encontrar seu povo. Lá, relatou sua história e a partir daí se deu o processo da busca e do nome do povo a qual pertenceria.
Entre histórias contadas e fotos que iam e vinham, conseguiu-se manter um fio da história, para desvendar este grande e aventureiro mistério.
A dona Dineuza se recordava, que, quando era criança de (9 a 10 anos), foi viver em Pimenta Bueno - Rondônia. Naquela época seu nome era Valquíria e morava com uma parente chamada Mussolina. Depois, seu irmão chamado Turué a levou para viver com ele pelos lados de Cerejeiras, sul do Estado, depois foi para Pimenteiras, até que se casou e foi viver em Costa Marques, desse momento, até agosto deste ano, ficou sem ter noticias de seus parentes.
No dia 25 de agosto de 2008, depois de trinta e oito anos, dona Dineuza e sua filha Ledy Laura foram se encontrar com o povo Kwaza, da aldeia São Pedro, no município de Parecis (RO). O Povo Kwaza, dona Dineuza, e sua filha Ledy Laura viveram o momento único de sua história, momento de encontro e reencontro, momento de alegria, de identificação e de reconhecimento, de acolhida, de sentir-se em "casa" e com um nome. Identificada, reconhecida e assumida pelo povo. Foi emocionante o encontro das famílias entre si.
Dona Mussolina conta que o pai de Dineusa, Luiz Kwazá, era pajé e vivia no Igarapé Bom Jardim, afluente do rio São Pedro, lugar sagrado para o povo - que ficou fora do território demarcado. Neste espaço, havia a aldeia e a maloca, onde o pai de Dineusa faleceu, na época da epidemia de sarampo. Escutando a história, Ledi Laura se encheu de plena convicção e falou: "Temos que lutar pelo nosso território tradicional, nosso local sagrado onde está enterrado meu avó". Despertando no povo a vontade de lutar por este espaço sagrado.
Depois de muita conversa entre o povo Kwaza, dona Mussolina, Dineuza e sua filha lembraram de muitos fatos. Encontrava-se na aldeia Dona Sueli Kwaza, que foi registrada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) como Sueli Arara. Ela disse que o nome de Dona Dineuza na língua Kwazá é "Txojcoró".
Confirmada e reconhecida pelo povo como pertencente a eles em reunião com toda a comunidade, foi elaborado um documento em que o Povo reconhece dona Dineuza e sua família como pertencentes ao povo Kwaza. Eles solicitaram à Funai que faça o documento de identidade indígena de toda a família de Dineuza e também que refaça o documento da dona Sueli, colocando o nome de Kwaza e a sua idade real.
As famílias se despediram prometendo uma visita em breve.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source