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Índios Xerente exercitam cidadania

06/10/2008

Fonte: Central Arquidiocesana - www.arquidiocesedepalmas.org.br



Num clima sereno e tranqüilo, os índios Xerente de Tocantína, a 75 quilômetros de Palmas, foram às urnas em três aldeias da cidade: Brejo Comprido, Rio Sono e Porteira. Só nesta última, 320 índios exerceram o direito à cidadania. E a votação foi rápida, antes mesmo das 17 horas encerrou-se o processo na seção 55, localizada na Escola Indígena Srêmtôwê, na Aldeia Porteira. Cerca de 50 militares do 22º Batalhão de Infantaria de Palmas deram apoio à votação, garantindo o livre acesso dos eleitores em Tocantínia.

De acordo com o mesário Ângelo Xerente, os índios não têm dificuldade na hora da votação. "O pessoal vota rápido e certo", diz ele que também é índio, comemorando o exercício da cidadania. "Eu como índio fico feliz por ser participante do processo democrático. E é um momento histórico ter esse espaço. É uma grande democracia e isso cada vez mais vai estar chegando nas alddeias o que é muito importante", finaliza.

Para a eleitora Ilda Tkadí, 37 anos, ao votar em um candidato ela mostra que confia no mesmo como seu representante. "Confio que ele trará melhorias para as nossas aldeias e mais oportunidades", fala.

Já para Wanderly Suwate Xerente, 28 anos, votar é um exercício de cidadania que chegou às aldeias para não mais sair. "Votar é valorizar essa cidadania entre os índios que também tem o poder de decidir quem será seu representante que desenvolverá projetos que tragam benfeitorias para as aldeias", conclui. Em toda a cidade são 4.608 eleitores aptos a votar.

EXÉRCITO
O Exército esteve presente também nas aldeias Krahô em Itacajá, a 295 quilômetros da Capital, cujo número de eleitores é de 4.813 no total. Em Xambioá, a 507 quilômetros de Palmas, os militares foram chamados por causa do clima acirrado na disputa. Em 1996, a eleição teve problemas sérios de segurança e, agora, os mesmos grupos políticos da época estão novamente na disputa. O Jornal do Tocantins entrou em contato com o 22º Batalhão para saber se houve algum incidente, o que não foi confirmado pela corporação.
 

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