From Indigenous Peoples in Brazil

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Jovens agricultores - índio quer apito!

28/10/2008

Autor: Osvaldo Piccinin*

Fonte: Dourados Agora - www.douradosagora.com.br



"É final do mês de agosto é meado de estação, vejo resto de queimadas e fumaça no espigão. Lavrador tombando terra, da longe a impressão, de losangos cor de sangue, espalhados pelo chão".

Felizmente este é um retrato que ficou para trás. Nossos agricultores e pecuaristas estão cada vez mais conscientes do cuidado com o manejo da terra e da responsabilidade com o meio ambiente; principalmente nas regiões agrícolas. Não podemos incluir a Amazônia nesta discussão, por se tratar de um caso à parte, tal como toda nova fronteira. Lá o jogo é bruto e o sistema é lento.

O agronegócio brasileiro tem batido recordes em cima recordes de produção, para desespero de outros países e orgulho dos brasileiros. Infelizmente não temos tido o devido respeito e reconhecimento por parte de alguns governantes. Não bastasse a alta carga tributária em toda a cadeia produtiva, o alto custo dos insumos, a imprevisibilidade do clima, tem ainda a insegurança com relação ao direito de propriedade. Estou falando do movimento dos sem- terra, da demarcação de novas reservas indígenas, quilombolas, ribeirinhos, sem-tetos etc.

Estamos no mês de agosto. O campo começa a se movimentar para plantar uma nova safra, que com certeza será outro recorde. A terra está esturricada pelo sol escaldante da estação. Estamos no "pousio" do solo, nos preparando para a safra de verão vindoura. Em muitas partes do Brasil, estamos em plena colheita da safrinha. É hora de definição de área, cultura a ser plantada, investimentos etc.

Tenho visitado muitos proprietários rurais, e tenho observado uma situação curiosa com relação aos jovens sucessores. Muito ao contrário do resto do mundo, onde se vê uma verdadeira debandada dos mesmos em direção à cidade, aqui eles formam uma legião de competentes e dedicados jovens lavradores produzindo com amor, alimentos em nosso rico chão brasileiro.

Em sua maioria tem curso superior, e uma grande paixão pelo agronegócio. São talentosos, e botam o pé na lama com gosto. Pelo grau de instrução, são ávidos por novas tecnologias e com facilidade acompanham as evoluções agronômicas.

Posso afirmar que o nosso Brasil rural está rejuvenescendo e será através desta nova geração que continuaremos dando "baile" no resto do mundo com a nobre missão de produzir alimentos. Isso se nosso governo acordar antes que uma catástrofe anunciada aconteça. Do que estou falando?

A nossa maior tristeza é esta sensação de impotência com relação à FUNAI, querendo expropriar fazendas com escrituras centenárias. Este descalabro está trazendo insegurança na parte mais rica e fértil de vinte e seis municípios sul-mato-grossense e em muitos outros lugares do Brasil. Aonde quer chegar o governo?

As ONGs estão por trás desta falcatrua bancada provavelmente por europeus, que por maldade ou burrice enviam recursos para os povos indígenas. Indígenas estes massa de manobra, diga-se de passagem, sendo que estes, pouco, ou nada recebem. Meu pai dizia que quem tira de quem tem para dar pra quem não tem, é comunista. Temos que integrar o índio dar-lhe educação e não terra para ficar abandonada. Acho que o velho tinha razão! Veja o desastre que aconteceu no Panambizinho no Sul do Estado e em outras partes do Brasil onde houve desapropriações.

Sinceramente, se continuar assim, estaremos caminhando para um novo regime, seria um comunismo com a carinha ingênua de democracia. Quem sabe um regime denominado de "comunicracia". Não estamos entendendo nada! E será que é para entender?

*Produtor rural
 

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