From Indigenous Peoples in Brazil
News
Atentado à vida dos povos em situação de isolamento e risco na Amazônia
04/11/2008
Fonte: Cimi - www.cimi.org.br
A Amazônia é hoje uma das regiões brasileira de maior importância política e econômica para o Brasil e para o mundo, em função da riqueza da biodiversidade nela existente: as reservas água doce e de minérios estratégicos, a especialidade genética, o gás natural, o petróleo e toda a especificidade de vida vegetal, animal e humana.
As forças do mercado globalizado continuam insistindo em olhar com cobiça para os recursos naturais e os espaços vazios com estoques de terra a serem explorados e ocupados pelo grande capital.
Os grandes projetos são, ironicamente, planejados em nome de um "progresso" egoísta que ignora, esquece, explora, desmata, queima e mata. Eles aceleram o aquecimento global (mudanças climáticas), que também é o fator exigente para retomada dos grandes projetos de produção de energia na Amazônia.
Com políticas desenvolvimentistas agressivas, o Brasil e outros paises buscam fomentar a lógica dominante do crescimento econômico em nome da opressão, de mortes e crescimento da miséria popular.
No Brasil, apesar de legislações indigenista, ambiental e de participação da sociedade civil avançadas, os empreendimentos são impostos e os preceitos legais relativizados. Isso se afirma no caso da hidrovia do rio Madeira, da qual fazem partes duas hidroelétricas, na altura do Porto Velho, bem como a pavimentação da BR 429 que sai do Município de Presidente Médice e percorre cinco municípios: Alvorada do Oeste, São Miguel do Oeste, Seringueiras, São Francisco do Guaporé e Costa Marques.
BR 429: riscos para os indígena
As equipes técnicas das áreas de Educação Ambiental; Comunicação Social, Impacto de Vizinhança, Componente Indígena e Arqueologia estão trabalhando em ritmo acelerado para concluir a fase preliminar do projeto de pavimentação da rodovia. O trabalho de campo atende a um convênio firmado entre o Departamento Nacional de Infra - estrutura de Transporte (DNIT); Universidade Federal de Rondônia (UNIR); e Fundação Rio Madeira (RIOMAR)
As equipes técnicas apresentaram todo o estudo realizado com relação à biodiversidade e indicam que muitas espécies animais e vegetais estão ameaçados de extinção. Infelizmente, apesar de confirmada a presença de povos em situação de isolamento e risco de extinção na região que será afetada, não se considerou a sobrevivência física e cultural destes povos. Entre eles, está o povo chamado de Jururei, que vive na Serra da Onça, na Terra Indígena Uru Eu Wau, onde existe a sobreposição do parque Nacional dos Pacaa Novas. Existem ainda nesta terra indígena mais dois povos indígenas em situação de Isolamento e risco de extinção.
O Cimi denuncia desde muito tempo, os projetos econômicos que defendem somente o capital em detrimento do respeito aos direitos humanos e indígenas, assegurados constitucionalmente. Os modelos desenvolvimentistas do governo, que opta por gerar lucro ao capital do grande latifúndio e dos grandes projetos, causam a morte dos povos que estão em situação de isolamento e risco de extinção, por que estes atrapalham, segundo o grande capital, o desenvolvimento econômico do país.
A pavimentação da Br 429 e a construção do Complexo do Madeira demonstram a clara intenção do governo em não garantir a sobrevivência física e cultural dos povos que estão em situação de isolamento e risco de extinção, direito assegurados na Constituição Federal de 1988.
Omissão do Governo
O pior de tudo é que, dentro do governo, um órgão fica empurrando ao outro a responsabilidade sobre o caso, sem que sejam tomadas providências. No caso da Hidrelétrica do Madeira, o Ministro do Meio Ambiente, fala que a licença foi dada, porque a Fundação Nacional do Índio (Funai) autorizou, emitindo um laudo que nega a presença de povos em situação de isolamento e risco de extinção nesta área. O Cimi, conhecedor da existência destes povos que vivem próximos do rio Madeira, sempre tem feito documentos de denúncia sobre a situação. A Funai excluiu de seu mapa, em 2005, a presença destes povos nas proximidades do rio Madeira para contribuir com a liberação da licença de construção do complexo. Agora a Funai admite a presença destes cinco povos na região.
Nunca os direitos dos povos indígenas e populações tradicionais estiveram tão ameaçados e expostos como agora. E quando um grupo sai em defesa destes povos é tachado de estar contra o desenvolvimento, mas a pergunta é: Desenvolvimento para quem? Que desenvolvimento econômico é este, que mata a vida? Na verdade não podemos falar a mesma linguagem do capital e tão pouco ficar mudos frente ao extermínio e o genocídio que vem ocorrendo em pleno século XXI aos povos indígenas.
É do conhecimento de todos os órgãos a existência de povos em situação de isolamento em risco de extinção chamados de Jururei na Serra da Onça. Eles estão a menos de 5 quilômetros de onde a BR 429 deve ser pavimentada, a cerca de 500 metros da Terra Indígena Uru Eu Wau Wau. Isto foi comprovado pelas fotos tirado pelo Ibama. Há possibilidade de desviar a rodovia desta área geográfica para proteger a Terra Indígena e a vida destes povos.
Por isto, o Cimi vem a publico denunciar esta política econômica do governo que atenta contra os direitos dos povos indígenas e provoca a morte e o genocídio destes povos. Não podemos nos calar diante de mais esta barbárie, deste projeto que já vem pronto e que tem que acontecer a qualquer custo, que elimina e mata a todos os que querem se opor a esta política suicida.
A vida, dom de Deus, nem poderes e nem potestades podem acabar com este direito.
As forças do mercado globalizado continuam insistindo em olhar com cobiça para os recursos naturais e os espaços vazios com estoques de terra a serem explorados e ocupados pelo grande capital.
Os grandes projetos são, ironicamente, planejados em nome de um "progresso" egoísta que ignora, esquece, explora, desmata, queima e mata. Eles aceleram o aquecimento global (mudanças climáticas), que também é o fator exigente para retomada dos grandes projetos de produção de energia na Amazônia.
Com políticas desenvolvimentistas agressivas, o Brasil e outros paises buscam fomentar a lógica dominante do crescimento econômico em nome da opressão, de mortes e crescimento da miséria popular.
No Brasil, apesar de legislações indigenista, ambiental e de participação da sociedade civil avançadas, os empreendimentos são impostos e os preceitos legais relativizados. Isso se afirma no caso da hidrovia do rio Madeira, da qual fazem partes duas hidroelétricas, na altura do Porto Velho, bem como a pavimentação da BR 429 que sai do Município de Presidente Médice e percorre cinco municípios: Alvorada do Oeste, São Miguel do Oeste, Seringueiras, São Francisco do Guaporé e Costa Marques.
BR 429: riscos para os indígena
As equipes técnicas das áreas de Educação Ambiental; Comunicação Social, Impacto de Vizinhança, Componente Indígena e Arqueologia estão trabalhando em ritmo acelerado para concluir a fase preliminar do projeto de pavimentação da rodovia. O trabalho de campo atende a um convênio firmado entre o Departamento Nacional de Infra - estrutura de Transporte (DNIT); Universidade Federal de Rondônia (UNIR); e Fundação Rio Madeira (RIOMAR)
As equipes técnicas apresentaram todo o estudo realizado com relação à biodiversidade e indicam que muitas espécies animais e vegetais estão ameaçados de extinção. Infelizmente, apesar de confirmada a presença de povos em situação de isolamento e risco de extinção na região que será afetada, não se considerou a sobrevivência física e cultural destes povos. Entre eles, está o povo chamado de Jururei, que vive na Serra da Onça, na Terra Indígena Uru Eu Wau, onde existe a sobreposição do parque Nacional dos Pacaa Novas. Existem ainda nesta terra indígena mais dois povos indígenas em situação de Isolamento e risco de extinção.
O Cimi denuncia desde muito tempo, os projetos econômicos que defendem somente o capital em detrimento do respeito aos direitos humanos e indígenas, assegurados constitucionalmente. Os modelos desenvolvimentistas do governo, que opta por gerar lucro ao capital do grande latifúndio e dos grandes projetos, causam a morte dos povos que estão em situação de isolamento e risco de extinção, por que estes atrapalham, segundo o grande capital, o desenvolvimento econômico do país.
A pavimentação da Br 429 e a construção do Complexo do Madeira demonstram a clara intenção do governo em não garantir a sobrevivência física e cultural dos povos que estão em situação de isolamento e risco de extinção, direito assegurados na Constituição Federal de 1988.
Omissão do Governo
O pior de tudo é que, dentro do governo, um órgão fica empurrando ao outro a responsabilidade sobre o caso, sem que sejam tomadas providências. No caso da Hidrelétrica do Madeira, o Ministro do Meio Ambiente, fala que a licença foi dada, porque a Fundação Nacional do Índio (Funai) autorizou, emitindo um laudo que nega a presença de povos em situação de isolamento e risco de extinção nesta área. O Cimi, conhecedor da existência destes povos que vivem próximos do rio Madeira, sempre tem feito documentos de denúncia sobre a situação. A Funai excluiu de seu mapa, em 2005, a presença destes povos nas proximidades do rio Madeira para contribuir com a liberação da licença de construção do complexo. Agora a Funai admite a presença destes cinco povos na região.
Nunca os direitos dos povos indígenas e populações tradicionais estiveram tão ameaçados e expostos como agora. E quando um grupo sai em defesa destes povos é tachado de estar contra o desenvolvimento, mas a pergunta é: Desenvolvimento para quem? Que desenvolvimento econômico é este, que mata a vida? Na verdade não podemos falar a mesma linguagem do capital e tão pouco ficar mudos frente ao extermínio e o genocídio que vem ocorrendo em pleno século XXI aos povos indígenas.
É do conhecimento de todos os órgãos a existência de povos em situação de isolamento em risco de extinção chamados de Jururei na Serra da Onça. Eles estão a menos de 5 quilômetros de onde a BR 429 deve ser pavimentada, a cerca de 500 metros da Terra Indígena Uru Eu Wau Wau. Isto foi comprovado pelas fotos tirado pelo Ibama. Há possibilidade de desviar a rodovia desta área geográfica para proteger a Terra Indígena e a vida destes povos.
Por isto, o Cimi vem a publico denunciar esta política econômica do governo que atenta contra os direitos dos povos indígenas e provoca a morte e o genocídio destes povos. Não podemos nos calar diante de mais esta barbárie, deste projeto que já vem pronto e que tem que acontecer a qualquer custo, que elimina e mata a todos os que querem se opor a esta política suicida.
A vida, dom de Deus, nem poderes e nem potestades podem acabar com este direito.
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source