From Indigenous Peoples in Brazil
News
Só para índios
18/01/2009
Fonte: CB, Cidades, p. 39
Só para índios
Ao mesmo tempo em que acontecia o vestibular tradicional, 68 jovens participavam de um processo seletivo paralelo. Eles disputaram, junto com outros 216 candidatos, vagas criadas exclusivamente para jovens indígenas na UnB. A instituição firmou um convênio desde 2006 com a Funai para garantir formação superior para esses jovens.
O vestibular aplicado a esses jovens também não é como o tradicional. Eles respondem somente a itens de língua portuguesa e de matemática (50 de cada) e fazem redação em língua portuguesa. Ao todo, 463 jovens de 61 etnias se inscreveram para disputar 20 vagas nos cursos de agronomia, engenharia florestal, enfermagem, medicina e nutrição. As provas ocorreram em seis cidades, mais o DF.
Do total, 179 faltaram à avaliação. Em Brasília, dos 120 inscritos, 52 não compareceram ao local de aplicação da prova. Segundo Gustavo Menezes, coordenador de Apoio Pedagógico da Funai, o índice de abstenção, que ficou em 37,8%, já foi maior. "Eles têm dificuldade em conseguir dinheiro para as passagens e hospedagem e se locomover das aldeias", conta.
Nicolino Tsipra Uratse, de 25 anos, conseguiu trazer 14 candidatos xavantes com ele, que saíram de Barra do Garças (MT) só para fazer o vestibular. Mas 10 deixaram de vir porque não tinham como pagar o transporte. Ele admite as dificuldades, mas elogia o convênio. "É a esperança de defendermos nosso povo e conquistar nossos direitos", pondera. Ele disputa uma das vagas para engenharia florestal.
Os aprovados serão conhecidos em 20 de fevereiro. Hoje, outro processo seletivo será realizado pela UnB. Mais de 4 mil candidatos disputam as 1.450 vagas da Universidade Aberta do Brasil, um projeto entre diversas instituições que oferece vagas em cursos de licenciatura a distância.
CB, 18/01/2009, Cidades, p. 39
Ao mesmo tempo em que acontecia o vestibular tradicional, 68 jovens participavam de um processo seletivo paralelo. Eles disputaram, junto com outros 216 candidatos, vagas criadas exclusivamente para jovens indígenas na UnB. A instituição firmou um convênio desde 2006 com a Funai para garantir formação superior para esses jovens.
O vestibular aplicado a esses jovens também não é como o tradicional. Eles respondem somente a itens de língua portuguesa e de matemática (50 de cada) e fazem redação em língua portuguesa. Ao todo, 463 jovens de 61 etnias se inscreveram para disputar 20 vagas nos cursos de agronomia, engenharia florestal, enfermagem, medicina e nutrição. As provas ocorreram em seis cidades, mais o DF.
Do total, 179 faltaram à avaliação. Em Brasília, dos 120 inscritos, 52 não compareceram ao local de aplicação da prova. Segundo Gustavo Menezes, coordenador de Apoio Pedagógico da Funai, o índice de abstenção, que ficou em 37,8%, já foi maior. "Eles têm dificuldade em conseguir dinheiro para as passagens e hospedagem e se locomover das aldeias", conta.
Nicolino Tsipra Uratse, de 25 anos, conseguiu trazer 14 candidatos xavantes com ele, que saíram de Barra do Garças (MT) só para fazer o vestibular. Mas 10 deixaram de vir porque não tinham como pagar o transporte. Ele admite as dificuldades, mas elogia o convênio. "É a esperança de defendermos nosso povo e conquistar nossos direitos", pondera. Ele disputa uma das vagas para engenharia florestal.
Os aprovados serão conhecidos em 20 de fevereiro. Hoje, outro processo seletivo será realizado pela UnB. Mais de 4 mil candidatos disputam as 1.450 vagas da Universidade Aberta do Brasil, um projeto entre diversas instituições que oferece vagas em cursos de licenciatura a distância.
CB, 18/01/2009, Cidades, p. 39
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