From Indigenous Peoples in Brazil
News
Índios fazem festa antes até de recomeçar o julgamento
19/03/2009
Fonte: OESP, Nacional, p. A10
Índios fazem festa antes até de recomeçar o julgamento
Loide Gomes
Cerca de 500 índios da Raposa Serra do Sol acompanharam com tranquilidade e em clima de vitória o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante todo o dia, eles cantaram e dançaram na quadra de esportes da Vila Surumu, a 230 quilômetros de Boa Vista, palco dos principais conflitos envolvendo a disputa pela terra. Antes do reinício da sessão no STF, exibiram faixas agradecendo aos ministros o placar folgado em favor da demarcação contínua.
Em menor número, os índios contrários à demarcação também assistiram ao julgamento, em uma televisão de um morador da vila. Não houve confrontos. O líder arrozeiro Paulo César Quartiero está em Brasília.
Em Boa Vista, outro grupo pequeno, de apenas 40 índios, fez manifestação pacífica na principal praça da capital. O Conselho Indígena de Roraima (CIR) esperava o comparecimento de 3,5 mil manifestantes. O coordenador do CIR, Dionito José de Sousa, disse que problemas de transporte atrapalharam a mobilização.
Segundo ele, os quase 20 mil índios da terra indígena exigem a saída imediata dos não-índios que permanecem na reserva de 1,7 milhão de hectares. "Vamos ocupar as fazendas", avisou.
Dionito criticou o voto do ministro Marco Aurélio Mello e disse que seus argumentos "ferem os direitos dos índios". "Ele falou muito para nada", reclamou, referindo-se às 120 páginas do voto.
Já o presidente da Associação dos Rizicultores de Roraima, Nelson Itikawa, disse que o ministro foi corajoso. "Na última hora, ele falou aquilo que vínhamos repetindo há dez anos e ninguém ouvia, que a portaria era inconstitucional, que o laudo antropológico foi forjado e que não somos invasores", afirmou. "O ministro apresentou os vícios, baseado na lei e, se os outros não querem entender isso, não cabe a mim julgar. Vamos ter de sair, porque a lei tem de ser cumprida."
OESP, 19/03/2009, Nacional, p. A10
Loide Gomes
Cerca de 500 índios da Raposa Serra do Sol acompanharam com tranquilidade e em clima de vitória o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante todo o dia, eles cantaram e dançaram na quadra de esportes da Vila Surumu, a 230 quilômetros de Boa Vista, palco dos principais conflitos envolvendo a disputa pela terra. Antes do reinício da sessão no STF, exibiram faixas agradecendo aos ministros o placar folgado em favor da demarcação contínua.
Em menor número, os índios contrários à demarcação também assistiram ao julgamento, em uma televisão de um morador da vila. Não houve confrontos. O líder arrozeiro Paulo César Quartiero está em Brasília.
Em Boa Vista, outro grupo pequeno, de apenas 40 índios, fez manifestação pacífica na principal praça da capital. O Conselho Indígena de Roraima (CIR) esperava o comparecimento de 3,5 mil manifestantes. O coordenador do CIR, Dionito José de Sousa, disse que problemas de transporte atrapalharam a mobilização.
Segundo ele, os quase 20 mil índios da terra indígena exigem a saída imediata dos não-índios que permanecem na reserva de 1,7 milhão de hectares. "Vamos ocupar as fazendas", avisou.
Dionito criticou o voto do ministro Marco Aurélio Mello e disse que seus argumentos "ferem os direitos dos índios". "Ele falou muito para nada", reclamou, referindo-se às 120 páginas do voto.
Já o presidente da Associação dos Rizicultores de Roraima, Nelson Itikawa, disse que o ministro foi corajoso. "Na última hora, ele falou aquilo que vínhamos repetindo há dez anos e ninguém ouvia, que a portaria era inconstitucional, que o laudo antropológico foi forjado e que não somos invasores", afirmou. "O ministro apresentou os vícios, baseado na lei e, se os outros não querem entender isso, não cabe a mim julgar. Vamos ter de sair, porque a lei tem de ser cumprida."
OESP, 19/03/2009, Nacional, p. A10
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source