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Copel pagará indenização de R$ 1,8 milhão a índios

25/03/2009

Autor: Luciana Cristo

Fonte: Paraná Online - http://www.parana-online.com.br/editoria/cidades/news/362459/



A Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) tem cinco dias úteis para depositar R$ 1,8 milhão de indenização aos índios caingangues da reserva Barão de Antonina, em São Jerônimo da Serra, no norte do Paraná.
O valor se refere à utilização de dez quilômetros de território indígena por onde a Copel opera uma linha de transmissão de energia há mais de 40 anos. A linha liga a subestação da Usina Termelétrica de Figueira à da cidade de Apucarana.

O acordo foi feito ontem em reunião entre os índios, representantes da Copel, do Ministério Público Federal (MPF) e da Fundação Nacional do Índio (Funai), na Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Durante o encontro também foi firmado um termo de ajustamento de conduta (TAC), que começou a ser discutido há três anos, para estabelecer formas de compensar a comunidade indígena pelos impactos econômicos, culturais e ambientais.

De acordo com informações da Copel, do total de R$ 1,8 milhão, uma parcela será apropriada de imediato pela comunidade indígena, que estabelecerá os critérios para a divisão do montante. Uma segunda parcela do pagamento deverá compor um fundo para o financiamento de projetos de natureza ambiental, econômica e sociocultural.
"A partir de agora, as discussões devem definir as formas de utilização deste recurso, estabelecendo projetos de melhoria na qualidade de vida da comunidade", afirma o procurador do MPF em Londrina José Mauro Luizão. O chefe da Funai em São Jerônimo da Serra, Castorino de Almeida, afirma que o acordo ficou dentro do esperado.

Inicialmente marcada para hoje, a reunião foi antecipada depois que os índios mantiveram três funcionários da Copel reféns, desde a última quinta-feira até a noite de segunda-feira, como forma de pressionar as negociações com os órgãos envolvidos.
Ao serem liberados da reserva, os funcionários Alexandre Húngaro da Silva, José Almir e Valmiron Torres Quintanilha afirmaram que foram bem tratados durante o período que permaneceram com os índios.

A reivindicação pelo ressarcimento da Copel começou a ser feita pelos caingangues em 2003, quando os índios chegaram a ameaçar pôr fogo nas torres de alta tensão para que as negociações com a Copel tivessem início.
 

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