From Indigenous Peoples in Brazil
News
Estrada continua bloqueada pelos índios
11/05/2009
Autor: ANDREZZA TRAJANO
Fonte: Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/fbv/noticia.php?id=61699
O bloqueio feito na semana passada por índios ligados ao Conselho Indígena de Roraima (CIR), em uma estrada inserida na terra indígena Raposa Serra do Sol, a 160 quilômetros da Capital, permanece.
Entretanto, ao contrário do que havia sido divulgado anteriormente pela Polícia Federal (PF), a estrada não é federalizada, logo, não está excluída do processo demarcatório da reserva. A estrada liga fazendas que ficaram fora da demarcação à principal rodovia que corta o Município de Normandia, a BR-401.
De acordo com a Polícia Federal, os indígenas fizeram cercas de arame farpado em dois pontos da estrada. O primeiro na Comunidade do Jacarezinho, ligada ao CIR, no encontro com a rodovia, e o segundo na divisa da reserva indígena com a área não demarcada.
A estrada foi construída pelo Exército na década de 70 e contou também com recursos do município. Ela é a única via de acesso de agricultores e pecuaristas para as suas fazendas. Sem condições de tráfego, eles estão há dias sem escoar seus produtos para Boa Vista e outras regiões do Estado e se dizem bastante prejudicados com a situação.
Pelo fato de a estrada estar incluída no processo demarcatório, o superintendente regional da PF, José Maria Fonseca, disse que terá que aguardar a chegada do juiz federal Lincoln Rodrigues, prevista para hoje, para negociar com os índios.
“Como a estrada está dentro da reserva, o trânsito lá depende de autorização da Funai [Fundação Nacional do Índio]. De qualquer maneira, a melhor interpretação será dada pelo magistrado, por isso vou esperá-lo chegar. Ainda assim mandei uma equipe no sábado para conversar com os índios, mas eles não liberaram o tráfego”, disse Fonseca.
O empresário Massao Itikawa, que arrendou a fazenda Casa Branca fora da reserva para cultivo de arroz, vai colher daqui a 15 dias 450 hectares do grão. A produção está avaliada em quase R$ 2 milhões. Daqui a uma semana ele precisa levar diesel para as máquinas que irrigam a lavoura.
Preocupado com o possível prejuízo milionário, ele disse que não tem mais a quem recorrer. Itikawa contou que a estrada já foi interditada outra vez pelos índios anos atrás e que, inclusive, um acordo foi firmado com o CIR, Funai, Casa Civil da Presidência da República e fazendeiros para evitar que novos bloqueios fossem feitos.
“Minha família já perdeu duas fazendas [Vizel e Carnaúba, que somadas tinham 7 mil hectares] com a demarcação da Raposa Serra do Sol. Os índios já conquistaram a vitória deles com a homologação do processo e agora estão dificultando a produção fora da reserva”, disse.
Entretanto, ao contrário do que havia sido divulgado anteriormente pela Polícia Federal (PF), a estrada não é federalizada, logo, não está excluída do processo demarcatório da reserva. A estrada liga fazendas que ficaram fora da demarcação à principal rodovia que corta o Município de Normandia, a BR-401.
De acordo com a Polícia Federal, os indígenas fizeram cercas de arame farpado em dois pontos da estrada. O primeiro na Comunidade do Jacarezinho, ligada ao CIR, no encontro com a rodovia, e o segundo na divisa da reserva indígena com a área não demarcada.
A estrada foi construída pelo Exército na década de 70 e contou também com recursos do município. Ela é a única via de acesso de agricultores e pecuaristas para as suas fazendas. Sem condições de tráfego, eles estão há dias sem escoar seus produtos para Boa Vista e outras regiões do Estado e se dizem bastante prejudicados com a situação.
Pelo fato de a estrada estar incluída no processo demarcatório, o superintendente regional da PF, José Maria Fonseca, disse que terá que aguardar a chegada do juiz federal Lincoln Rodrigues, prevista para hoje, para negociar com os índios.
“Como a estrada está dentro da reserva, o trânsito lá depende de autorização da Funai [Fundação Nacional do Índio]. De qualquer maneira, a melhor interpretação será dada pelo magistrado, por isso vou esperá-lo chegar. Ainda assim mandei uma equipe no sábado para conversar com os índios, mas eles não liberaram o tráfego”, disse Fonseca.
O empresário Massao Itikawa, que arrendou a fazenda Casa Branca fora da reserva para cultivo de arroz, vai colher daqui a 15 dias 450 hectares do grão. A produção está avaliada em quase R$ 2 milhões. Daqui a uma semana ele precisa levar diesel para as máquinas que irrigam a lavoura.
Preocupado com o possível prejuízo milionário, ele disse que não tem mais a quem recorrer. Itikawa contou que a estrada já foi interditada outra vez pelos índios anos atrás e que, inclusive, um acordo foi firmado com o CIR, Funai, Casa Civil da Presidência da República e fazendeiros para evitar que novos bloqueios fossem feitos.
“Minha família já perdeu duas fazendas [Vizel e Carnaúba, que somadas tinham 7 mil hectares] com a demarcação da Raposa Serra do Sol. Os índios já conquistaram a vitória deles com a homologação do processo e agora estão dificultando a produção fora da reserva”, disse.
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