From Indigenous Peoples in Brazil
News
Índios fecham sede da Funai
20/08/2009
Fonte: Página 20 - www.pagina20.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=8520&Itemid=14
Lane Valle - lanevalle@pagina20.com.br
Lideranças indígenas decidem radicalizar o protesto pela demarcação da terra fechando as portas da instituição
Cerca de quarenta índios Apolima-Arara, armados com lanças e flechas, radicalizaram na manhã de ontem o protesto que já se estendia há uma semana na sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) e decidiram fechar as portas do órgão em Rio Branco. Os indígenas reivindicam a demarcação da área indígena Arara e a nova administração da Funai, agora de portas fechadas.
A saga dos Apolima-Arara começou no último dia 12, quando um grupo de quatorze índios da aldeia localizados no Rio Amônia, em Marechal Thaumaturgo (região do Vale do Juruá), acamparam na sede da Funai para reivindicar a demarcação da terra. Até o presente momento não houve respostas quanto ao protesto. O silêncio da Funai e a falta de providência dos órgãos públicos causaram revolta nos indígenas, que resolveram fechar as portas da Fundação, e afirmam que ninguém entra ou sai do local enquanto não for declarado portaria para a demarcação da área. Outras lideranças indígenas podem chegar a qualquer momento para dar força ao movimento.
O Ministério Público Federal do Acre fez o pedido para que a Justiça reconheça e preserve a posse dos indígenas sobre a área, impedindo a construção de novas construções, de novas edificações, obras ou plantações dos assentados do Incra. Também foi pedida a declaração da terra em litígio como terra indígena e a demarcação definitiva da área pela Funai, obrigando-se a Fundação a proteger o território. A terra do povo Arara compreende uma área de aproximadamente 20,664 hectares, onde vivem 32 famílias totalizando 286 pessoas e cerca de 180 crianças.
De acordo com o líder do povo Apolima-Arara, Francisco Siqueira, não houve respostas quanto ao processo de demarcação, e para evitar um novo conflito entre brancos e índios na reserva, eles não sairão da sede enquanto não for estabelecido portaria para que a área indígena seja demarcada.
"Não podemos viver ameaçados pelo homem branco na nossa própria terra, estamos aqui procurando soluções na instituição para evitar um novo conflito entre brancos e índios na aldeia. Precisamos que área seja demarcada para evitar derramamento de sangue e para garantir a preservação da região, pois com a invasão do homem branco veio o desmatamento da floresta, caça ilegal e um monte de ilegalidade que ocorre atualmente dentro da reserva", ressalta.
Segundo informou o administrador da Funai em Rio Branco, já foi encaminhado um documento à Fundação Nacional em Brasília repassando a situação na sede, onde a entidade determinou que o movimento fosse mantido pacificamente, e os servidores fossem retirado do local, e que a manifestação preservassem o patrimônio público.
A advogada e ativista em direitos humanos, Joana D'Arc, estava presente na manifestação é destacou que os índios só querem o direito natural deles, e ressaltou que a visita do presidente Lula amanhã no Estado, pode dar celeridade ao processo de demarcação da área indígena.
Lideranças indígenas decidem radicalizar o protesto pela demarcação da terra fechando as portas da instituição
Cerca de quarenta índios Apolima-Arara, armados com lanças e flechas, radicalizaram na manhã de ontem o protesto que já se estendia há uma semana na sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) e decidiram fechar as portas do órgão em Rio Branco. Os indígenas reivindicam a demarcação da área indígena Arara e a nova administração da Funai, agora de portas fechadas.
A saga dos Apolima-Arara começou no último dia 12, quando um grupo de quatorze índios da aldeia localizados no Rio Amônia, em Marechal Thaumaturgo (região do Vale do Juruá), acamparam na sede da Funai para reivindicar a demarcação da terra. Até o presente momento não houve respostas quanto ao protesto. O silêncio da Funai e a falta de providência dos órgãos públicos causaram revolta nos indígenas, que resolveram fechar as portas da Fundação, e afirmam que ninguém entra ou sai do local enquanto não for declarado portaria para a demarcação da área. Outras lideranças indígenas podem chegar a qualquer momento para dar força ao movimento.
O Ministério Público Federal do Acre fez o pedido para que a Justiça reconheça e preserve a posse dos indígenas sobre a área, impedindo a construção de novas construções, de novas edificações, obras ou plantações dos assentados do Incra. Também foi pedida a declaração da terra em litígio como terra indígena e a demarcação definitiva da área pela Funai, obrigando-se a Fundação a proteger o território. A terra do povo Arara compreende uma área de aproximadamente 20,664 hectares, onde vivem 32 famílias totalizando 286 pessoas e cerca de 180 crianças.
De acordo com o líder do povo Apolima-Arara, Francisco Siqueira, não houve respostas quanto ao processo de demarcação, e para evitar um novo conflito entre brancos e índios na reserva, eles não sairão da sede enquanto não for estabelecido portaria para que a área indígena seja demarcada.
"Não podemos viver ameaçados pelo homem branco na nossa própria terra, estamos aqui procurando soluções na instituição para evitar um novo conflito entre brancos e índios na aldeia. Precisamos que área seja demarcada para evitar derramamento de sangue e para garantir a preservação da região, pois com a invasão do homem branco veio o desmatamento da floresta, caça ilegal e um monte de ilegalidade que ocorre atualmente dentro da reserva", ressalta.
Segundo informou o administrador da Funai em Rio Branco, já foi encaminhado um documento à Fundação Nacional em Brasília repassando a situação na sede, onde a entidade determinou que o movimento fosse mantido pacificamente, e os servidores fossem retirado do local, e que a manifestação preservassem o patrimônio público.
A advogada e ativista em direitos humanos, Joana D'Arc, estava presente na manifestação é destacou que os índios só querem o direito natural deles, e ressaltou que a visita do presidente Lula amanhã no Estado, pode dar celeridade ao processo de demarcação da área indígena.
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