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Paranhos: proprietários negam envolvimento em confronto

10/11/2009

Fonte: Midiamax - http://www.midiamax.com/view.php?mat_id=572728



A Gazeta News/PX

Os proprietários da Fazenda São Luiz, onde teria ocorrido o suposto confronto entre índios caiuá e segurança das propriedade na manhã do dia 31 de outubro, negam qualquer envolvimento com a ação que pode ter resultado no desaparecimento dos professores índios Genival e Rolindo Verá.

Segundo Teixeira Escobar, filho do proprietário da fazenda de 1.670 hectares, nem seu pai, Fermino Aurélio Escobar, de 77 anos e nenhum membro da família contratou ou manteve segurança na propriedade e, em nenhum momento, cogitaram tal ato.

De acordo com o porta-voz da família, que é tradicional da região, a propriedade rural citada está a quatro gerações em poder da família Escobar.

A área foi adquirida pelo seu bisavô, Miguel Escobar, no ano de 1.890 que, na época, explorava a erva-mate e começou a desbravar a região. Em 1922, a propriedade foi de fato reconhecida pelo Estado e como as demais propriedades dessa região de Mato Grosso do Sul, a família recebeu do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o direito de posse definitiva da área.

"Essa propriedade vem passando de pai para filho há quatro gerações e nunca foi aldeia. Ao longo desse tempo sempre teve indígenas nessa região, mas não em aldeamento. Como em todas as propriedades rurais os indígenas trabalhavam nas fazendas e mantinham bom relacionamento com a população branca", disse Teixeira ao ressaltar que seu pai sempre morou na fazenda e, ao longo de seus 77 anos de vida, sempre mantendo relacionamento direto com a população indígena, nunca teve desentendimento com ninguém e nunca precisou de segurança.

Os proprietários da área rural, que no dia do suposto confronto, estariam participando de uma competição de laço na cidade de Ponta Porã, reafirmam que não tiveram nenhuma relação com o fato ocorrido e não sabem dizer de onde partiu o ataque contra o suposto grupo indígena invasor, cuja aldeia de onde teriam partido fica a cerca de 50 quilômetros da fazenda supostamente invadida.
 

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