From Indigenous Peoples in Brazil
News
Índios ameaçam fechar a 163 se Nicoletti não sair
09/11/2009
Autor: Flávio Verão
Fonte: Douradosagora - http://www.douradosagora.com.br/not-view.php?not_id=267904
Eles querem a exoneração da administradora da Funai, Margarida Nicoletti, ao contrário, fecham rodovia
Indigenas do cone sul estão acampados defronte a Funai
Flávio Verão
Lideranças e representantes indígenas das etnias Guarani, kaiowá e Terena prometem fechar a principal rodovia federal do Mato Grosso do Sul se a administradora regional da Funai, Margarida Nicoletti, insistir permanecer no cargo. Eles aguardam uma resposta da exoneração de Margarida até o início da tarde de quarta-feira. Se isso não acontecer vários trechos da BR 163 na região sul do estado será interditada.
Desde sexta-feira à noite dezenas de indígenas estão acampados defronte o prédio da Funai, em Dourados. Eles colocaram várias faixas na entrada do órgão bem como na Praça do Cinquentenário, do outro lado da rua, local onde se encontra um alojamento improvisado feito a lona. Várias lideranças da região sul do estado participam do manifesto.
O cacique Chatalive Benites, da aldeia Bororó de Dourados, disse que a Funai não está representando os indígenas. "A Funai é a nossa casa, mas nós somos impedidos de entrar lá, de discutir o que é melhor para as famílias do Cone Sul. Não temos nenhuma representatividade", disse o líder dos indígenas.
A iniciativa do manifesto ganhou força depois da vinda do governador André Puccinelli, que esteve em Dourados na sexta-feira. Durante entrega de casas, cestas básicas e patrulhas, na Aldeia Jaguapiru, ele disse aos indígenas que Margarida não deveria ser empecilho entre ações do governo e os indígenas e permitiu, inclusive, a prisão de Margarida se ela não deixar a prefeitura executar serviços de infraestrutura nas aldeias. Puccinelli autorizou a Polícia Militar prender a administradora da Funai.
A novela sobre a saída de Margarida se estende há mais de um ano. O último episódio ocorreu em fevereiro desse ano, quando os indígenas permaneceram acampados defronte a Funai por quase um mês. Na época quase oito toneladas de alimentos foram estragados por falta de serem distribuídos as famílias indígenas. Parte dos alimentos já estavam com validade vencida.
Desta vez os indígenas dizem que só param com o protesto se o presidente nacional da Funai, Marcio Meira, anunciar a exoneração de Margarida Nicoletti. Eles ainda não cogitaram quem seria o substituto. "O que queremos no momento é que a Margarida deixe o cargo. Depois disso discutiremos que irá assumir", disse o líder Sílvio Auapotendre, da aldeia Jarará, município de Juti. Os indígenas disseram que vão barrar a entrada dos funcionários a partir de hoje na Funai. Os atendimentos deverão ser suspensos.
Indigenas do cone sul estão acampados defronte a Funai
Flávio Verão
Lideranças e representantes indígenas das etnias Guarani, kaiowá e Terena prometem fechar a principal rodovia federal do Mato Grosso do Sul se a administradora regional da Funai, Margarida Nicoletti, insistir permanecer no cargo. Eles aguardam uma resposta da exoneração de Margarida até o início da tarde de quarta-feira. Se isso não acontecer vários trechos da BR 163 na região sul do estado será interditada.
Desde sexta-feira à noite dezenas de indígenas estão acampados defronte o prédio da Funai, em Dourados. Eles colocaram várias faixas na entrada do órgão bem como na Praça do Cinquentenário, do outro lado da rua, local onde se encontra um alojamento improvisado feito a lona. Várias lideranças da região sul do estado participam do manifesto.
O cacique Chatalive Benites, da aldeia Bororó de Dourados, disse que a Funai não está representando os indígenas. "A Funai é a nossa casa, mas nós somos impedidos de entrar lá, de discutir o que é melhor para as famílias do Cone Sul. Não temos nenhuma representatividade", disse o líder dos indígenas.
A iniciativa do manifesto ganhou força depois da vinda do governador André Puccinelli, que esteve em Dourados na sexta-feira. Durante entrega de casas, cestas básicas e patrulhas, na Aldeia Jaguapiru, ele disse aos indígenas que Margarida não deveria ser empecilho entre ações do governo e os indígenas e permitiu, inclusive, a prisão de Margarida se ela não deixar a prefeitura executar serviços de infraestrutura nas aldeias. Puccinelli autorizou a Polícia Militar prender a administradora da Funai.
A novela sobre a saída de Margarida se estende há mais de um ano. O último episódio ocorreu em fevereiro desse ano, quando os indígenas permaneceram acampados defronte a Funai por quase um mês. Na época quase oito toneladas de alimentos foram estragados por falta de serem distribuídos as famílias indígenas. Parte dos alimentos já estavam com validade vencida.
Desta vez os indígenas dizem que só param com o protesto se o presidente nacional da Funai, Marcio Meira, anunciar a exoneração de Margarida Nicoletti. Eles ainda não cogitaram quem seria o substituto. "O que queremos no momento é que a Margarida deixe o cargo. Depois disso discutiremos que irá assumir", disse o líder Sílvio Auapotendre, da aldeia Jarará, município de Juti. Os indígenas disseram que vão barrar a entrada dos funcionários a partir de hoje na Funai. Os atendimentos deverão ser suspensos.
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