From Indigenous Peoples in Brazil
News
Reporter é hostilizado por funcionários da Funasa
07/01/2010
Autor: Sérgio da Luz
Fonte: A Gazeta News - http://www.agazetanews.com.br/not-view.php?not_id=38036
Funcionários da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) hostilizaram e 'xingaram' a equipe de reportagem do jornal A Gazeta e site Agazetanews, ontem à tarde, quando esta fazia a cobertura da recuperação de duas bombas d'água que abastecem a Aldeia Amambai. A pane nas bombas deixou aproximadamente 400 famílias sem água por onze dias.
Logo que a reportagem se apresentou como sendo do jornal A Gazeta, os ânimos mudaram e a equipe da Funasa passou a ofender a imprensa em geral. "Eles acham que nós não trabalhamos; só temos uma equipe para atender todo o Estado", disseram.
O motivo de tanta irritação, segundo eles, foi a publicação da matéria com o título "Índios sofrem com a falta de água em Amambai", publicada na terça-feira (05). "Vocês não deveriam ter publicado nada!", destacou um dos integrantes da equipe, que não quis se identificar, sem se preocupar com a liberdade de imprensa. A equipe chegou a 'proibir' a reportagem de tirar fotos.
Jaime Barbosa, diretor de Saneamento da Funasa em Amambai, estava presente, porém preferiu não comentar as palavras dos colegas.
Em frente ao posto de abastecimento, onde a equipe trabalhava, aconteciam as finais dos Joind (Jogos Indígenas) e alguns índios acabaram presenciando o fato.
"É só eles fazerem o trabalho deles que ninguém incomoda", disse um atleta que passava no local.
Organizador dos jogos, o professor de Educação Física, Ismael Morel, também comentou a atitude dos funcionários da Funasa. "Eles sempre agem assim; não querem que divulguem, não querem aparecer. Não adiante ser ignorante assim", disse o professor.
Rubens Aquino, capitão da aldeia, por telefone, permitiu a entrada da reportagem na aldeia. "É só fazer seu trabalho", disse o capitão ao repórter.
"Você não tem mais o que fazer? Vai trabalhar seu m...", xingou um dos funcionários no momento em que a reportagem ia se retirando do local.
Sem água há onze dias
Duas das três bombas que mantêm a Aldeia Amambai abastecida queimaram e deixaram dois terços da aldeia sem água. Com o problema, índios tiveram que caminhar até 2h30min para buscar água em córregos que cortam a aldeia, e até em bebedouros para gado.
A equipe do jornal A Gazeta flagrou algumas famílias tomando banho e levando roupa em lagos próximos à aldeia.
"Tenho animais, galinhas e porcos. Tenho que levar água para eles, senão eles vão morrer", disse Porfília Benites, de 42 anos.
Com a grande sequência de caminhadas, carregando dez litros, a dona-de-casa Apolônia Martins reclama: "Já começam a doer minha coluna e meus braços." A dona-de-casa chega a ir até a escola oito vezes por dia para buscar água. "O sol está muito forte e as crianças têm que beber água", explica.
Conforme a Funasa, até a tarde de ontem, uma bomba já havia sido consertada. A outra estava sendo recuperada.
Não foi a primeira vez
Em 2008, a Aldeia Limão Verde, também em Amambai, chegou a ficar 40 dias sem o abastecimento de água. O problema foi decorrente de uma pane na única bomba que abastece a aldeia, que conta com mais de mil índios.
Em meio ao caos, outro flagrante do jornal A Gazeta mostrou índios indo buscar água em poços. O problema foi vinculado na mídia nacional.
Em todos os momentos, a Funasa teve espaço aberto no A Gazeta para explicações e justificativas.
Logo que a reportagem se apresentou como sendo do jornal A Gazeta, os ânimos mudaram e a equipe da Funasa passou a ofender a imprensa em geral. "Eles acham que nós não trabalhamos; só temos uma equipe para atender todo o Estado", disseram.
O motivo de tanta irritação, segundo eles, foi a publicação da matéria com o título "Índios sofrem com a falta de água em Amambai", publicada na terça-feira (05). "Vocês não deveriam ter publicado nada!", destacou um dos integrantes da equipe, que não quis se identificar, sem se preocupar com a liberdade de imprensa. A equipe chegou a 'proibir' a reportagem de tirar fotos.
Jaime Barbosa, diretor de Saneamento da Funasa em Amambai, estava presente, porém preferiu não comentar as palavras dos colegas.
Em frente ao posto de abastecimento, onde a equipe trabalhava, aconteciam as finais dos Joind (Jogos Indígenas) e alguns índios acabaram presenciando o fato.
"É só eles fazerem o trabalho deles que ninguém incomoda", disse um atleta que passava no local.
Organizador dos jogos, o professor de Educação Física, Ismael Morel, também comentou a atitude dos funcionários da Funasa. "Eles sempre agem assim; não querem que divulguem, não querem aparecer. Não adiante ser ignorante assim", disse o professor.
Rubens Aquino, capitão da aldeia, por telefone, permitiu a entrada da reportagem na aldeia. "É só fazer seu trabalho", disse o capitão ao repórter.
"Você não tem mais o que fazer? Vai trabalhar seu m...", xingou um dos funcionários no momento em que a reportagem ia se retirando do local.
Sem água há onze dias
Duas das três bombas que mantêm a Aldeia Amambai abastecida queimaram e deixaram dois terços da aldeia sem água. Com o problema, índios tiveram que caminhar até 2h30min para buscar água em córregos que cortam a aldeia, e até em bebedouros para gado.
A equipe do jornal A Gazeta flagrou algumas famílias tomando banho e levando roupa em lagos próximos à aldeia.
"Tenho animais, galinhas e porcos. Tenho que levar água para eles, senão eles vão morrer", disse Porfília Benites, de 42 anos.
Com a grande sequência de caminhadas, carregando dez litros, a dona-de-casa Apolônia Martins reclama: "Já começam a doer minha coluna e meus braços." A dona-de-casa chega a ir até a escola oito vezes por dia para buscar água. "O sol está muito forte e as crianças têm que beber água", explica.
Conforme a Funasa, até a tarde de ontem, uma bomba já havia sido consertada. A outra estava sendo recuperada.
Não foi a primeira vez
Em 2008, a Aldeia Limão Verde, também em Amambai, chegou a ficar 40 dias sem o abastecimento de água. O problema foi decorrente de uma pane na única bomba que abastece a aldeia, que conta com mais de mil índios.
Em meio ao caos, outro flagrante do jornal A Gazeta mostrou índios indo buscar água em poços. O problema foi vinculado na mídia nacional.
Em todos os momentos, a Funasa teve espaço aberto no A Gazeta para explicações e justificativas.
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