From Indigenous Peoples in Brazil
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Lula festeja um ano de demarcação de reserva
20/04/2010
Fonte: O Globo, O País, p. 5
Lula festeja um ano de demarcação de reserva
No Dia do Índio, presidente vai à Raposa Serra do Sol, em sua segunda visita a Roraima
Luiza Damé
Enviada especial
Uma grande festa, com direito a almoço com danças típicas e um cocar na cabeça do presidente Lula, comemorou ontem, no Dia do Índio, um ano da demarcação definitiva da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em discurso, após fazer um retrospecto da polêmica que marcou por anos a luta entre indígenas e arrozeiros da região pela posse da terra, o presidente falou de sua satisfação pessoal com o desfecho, e disse que os índios estão hoje mais espertos e querem muito mais.
Lula prometeu voltar à reserva daqui a seis meses para ver como estão suas promessas, reafirmadas ontem, de garantir luz, saneamento, escola e postos de saúde para os mais de 19 mil índios que vivem em 1,7 milhão de hectares em Roraima:
- A gente começa a descobrir que os índios estão muito mais sabidos do que a gente pensa. Muito mais sabidos.
Eles me entregaram com uma mão um documento agradecendo e, com a outra mão, vinte documentos reivindicando.
Lula citou várias vezes o conflito entre indígenas e fazendeiros, sempre defendendo a posição dos "donos originais da terra":
- (Os índios) Venceram, e venceram sem revidar um único gesto de violência de que foram vítimas. Os inimigos deles tinham arma de fogo, poder econômico e poder político. Mas eles não sabiam que os nossos índios possuem armas ainda mais poderosas: o espírito de luta, a união, a proteção dos seus ancestrais.
Em quase oito anos de governo, foi a segunda vez que Lula visitou Roraima, justamente por causa da polêmica.
Na primeira vez, em setembro passado, Lula enfrentou uma manifestação dos arrozeiros removidos da reserva após a decisão do STF.
Mesmo depois da remoção dos arrozeiros, a paz não reina em Raposa Serra do Sol. Os cerca de 19 mil índios que vivem na terra de 1,7 milhões de hectares estão divididos em pelo menos duas facções.
O Globo, 20/04/2010, O País, p. 5
No Dia do Índio, presidente vai à Raposa Serra do Sol, em sua segunda visita a Roraima
Luiza Damé
Enviada especial
Uma grande festa, com direito a almoço com danças típicas e um cocar na cabeça do presidente Lula, comemorou ontem, no Dia do Índio, um ano da demarcação definitiva da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em discurso, após fazer um retrospecto da polêmica que marcou por anos a luta entre indígenas e arrozeiros da região pela posse da terra, o presidente falou de sua satisfação pessoal com o desfecho, e disse que os índios estão hoje mais espertos e querem muito mais.
Lula prometeu voltar à reserva daqui a seis meses para ver como estão suas promessas, reafirmadas ontem, de garantir luz, saneamento, escola e postos de saúde para os mais de 19 mil índios que vivem em 1,7 milhão de hectares em Roraima:
- A gente começa a descobrir que os índios estão muito mais sabidos do que a gente pensa. Muito mais sabidos.
Eles me entregaram com uma mão um documento agradecendo e, com a outra mão, vinte documentos reivindicando.
Lula citou várias vezes o conflito entre indígenas e fazendeiros, sempre defendendo a posição dos "donos originais da terra":
- (Os índios) Venceram, e venceram sem revidar um único gesto de violência de que foram vítimas. Os inimigos deles tinham arma de fogo, poder econômico e poder político. Mas eles não sabiam que os nossos índios possuem armas ainda mais poderosas: o espírito de luta, a união, a proteção dos seus ancestrais.
Em quase oito anos de governo, foi a segunda vez que Lula visitou Roraima, justamente por causa da polêmica.
Na primeira vez, em setembro passado, Lula enfrentou uma manifestação dos arrozeiros removidos da reserva após a decisão do STF.
Mesmo depois da remoção dos arrozeiros, a paz não reina em Raposa Serra do Sol. Os cerca de 19 mil índios que vivem na terra de 1,7 milhões de hectares estão divididos em pelo menos duas facções.
O Globo, 20/04/2010, O País, p. 5
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