From Indigenous Peoples in Brazil

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Ecos dos povos indígenas - I

14/07/2010

Autor: * Adair J. Santos...

Fonte: Folha de Boa Vista - http://www.folhabv.com.br/



Acabaram-se as guerras, ideológicas e sociais, pelas posses de terras consideradas, de índios e não índios, na região amazônica brasileira conhecida, há muito, como "Raposa Serra do Sol".

Com o término do impasse, solucionado por leis nacionais, restaram apenas o contentamento de uns e descontentamentos de outros, pelas consequências marcantes que atingiram os envolvidos em todos os segmentos dos interesses, particulares e ou coletivos, que envolvem as suas aspirações sociais e econômicas para o alcance de metas objetivadas, com a visão de progresso, no campo do desenvolvimento: intelectual, espiritual, econômico e social como um todo.

Considerando que somos, todos, índios e não índios, um conjunto único de seres humanos no planeta em que vivemos, cabe, dentro de um princípio de desenvolvimento espiritual e ética humana, nos "amarmos uns aos outros". Observando a essência da solidariedade mutua, através do "bom senso" e ações conscientes, aonde aqueles que têm mais devem sempre ajudar aos que têm menos, em observância às posses desses e os merecimentos daqueles.

Na reserva indígena "Raposa Serra do Sol" habitam, salvo engano, quatro nações indígenas distintas que gozam dos mesmos direitos constitucionais entre si: Macuxi, Wapxana, Ingaricó e Monhongong, que formam um grupo humano composto de milhares de pessoas. Entre essas: crianças, adolescentes, adultos e idosos de ambos os sexos.

Considerando que para o equilíbrio racional da saúde humana, cada pessoa deve consumir, por dia, media três refeições. E que, na área dessa reserva, já não existe mais fartura de caça e de pesca (alimento básico dessa população), fácil se torna fazer uma avaliação sobre o sacrifício e a precariedade em que se encontram essas comunidades no dia a dia das suas sobrevivências.

Os desequilíbrios sociais observados entre índios e não índios estão carentes de soluções racionais por parte dos que mais têm: as autoridades constituídas que os mantêm tutelados. Pois..."Somos responsáveis por tudo aquilo que cativamos!"

* Escritor, historiador, e membro da Academia Roraimense de Letras - adair.adsumus@terra.com.br - Tel: (95) 3625.1719

http://www.folhabv.com.br/noticia.php?id=90430
 

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