From Indigenous Peoples in Brazil
News
Previdência leva atendimento a aldeia Sateré-Mawé
14/07/2003
Fonte: Ministério da Previdência Social-Brasília-DF
Benefícios ajudam a preservar cultura indígena
Na Amazônia, as distâncias físicas revelam também distâncias sociais. Desde junho de 2001, a Gerência Executiva do INSS no Amazonas vem buscando reduzir as disparidades no Estado, por meio da interiorização dos serviços. Com uma área territorial de 1.577.820 quilômetros quadrados, o Amazonas concentra mais de 60 grupos étnicos, que compõem uma população de 102.035 indígenas, dos quais 7.610, ou 7,5% do total, recebem algum benefício previdenciário. Na maioria dos casos, os povos ribeirinhos têm nos benefícios pagos pelo INSS a única expressão concreta de cidadania, uma possibilidade de inclusão social.
Com a finalidade de promover essa inclusão, servidores da Previdência Social que atendem na unidade móvel do Projeto Pronto Atendimento Itinerante (PAI), recém-lançado pelo governo do Estado, chegaram ao município de Barreirinha, a 420 quilometros de Manaus, de onde seguiram para a área indígena dos sateré-mawé, grupo étnico de 5.825 pessoas que habitam em Ponta Alegre, região cortada pelos rios Maués-Açu, Marau, Andirá e Tapajós.
Estudos recentes divulgados pelo Ministério da Previdência Social revelam que os benefícios concedidos pelo INSS têm impacto não apenas sobre a vida do índio beneficiado, mas atingem toda a aldeia. No caso específico dos indígenas da aldeia Ponta Alegre, o dinheiro recebido da Previdência Social já foi usado, por exemplo, para comprar motores para rabeta (pequenas embarcações utilizadas pelos índios), para movimentar casas de farinha e até para comprar gado, utilizado na alimentação da tribo. A renda recebida da Previdência Social mantém o tradicional poder dos mais velhos nas comunidades e também financia os rituais da aldeia, ajudando a preservar a cultura indígena.
Os beneficiados pela Previdência Social ocupam lugar importante nos rituais realizados na aldeia Ponta Alegre, porque é com parte do dinheiro recebido do INSS que são realizadas festas como o Ritual da Tucandeira - iniciação do adolescente masculino à caça e á vida adulta.
No ritual, os iniciantes dançam junto com os demais participantes da festa até o momento em que colocam aos mãos em grandes luvas onde estão as terríveis formigas tucandeiras, retirando-as somente quando a dor se torna insuportável. O ritual só se completa após o iniciante submeter-se a cinco sessões de ferroadas, o que pode acontecer no decorrer dos três dias de festa.
A Previdência Social chegou pela primeira vez à uma aldeia dos Sateré-Mawé em novembro de 2001, por meio do PREVbarco I, ocasião em que realizou 238 atendimentos e concedeu 73 benefícios. Na ação de dois dias, encerrada na última sexta-feira (11), a equipe de servidores do INSS triplicou o número de atendimentos realizados na primeira viagem à aldeia e concedeu 124 novos benefícios.
De acordo com depoimento de servidores que viajam nas unidades flutuantes, muitos dos que recebem hoje o benefício no valor de um salário mínimo jamais tiveram a perspectiva de uma renda periódica e segura. Por este motivo, o trabalho desenvolvido pelo INSS é encarado pelos povos ribeirinhos como um exemplo real de inclusão social.
Ainda segundo os técnicos, o trabalho itinerante realizado pelo INSS nos rios do Amazonas se constitui num "esforço que vem proporcionando acesso à cidadania a tantos que se encontravam esquecidos, isolados de uma civilização de se diz desenvolvida, mas que ainda necessita incorporar várias facetas da sábia, humana e igualitária cultura indígena".
Na Amazônia, as distâncias físicas revelam também distâncias sociais. Desde junho de 2001, a Gerência Executiva do INSS no Amazonas vem buscando reduzir as disparidades no Estado, por meio da interiorização dos serviços. Com uma área territorial de 1.577.820 quilômetros quadrados, o Amazonas concentra mais de 60 grupos étnicos, que compõem uma população de 102.035 indígenas, dos quais 7.610, ou 7,5% do total, recebem algum benefício previdenciário. Na maioria dos casos, os povos ribeirinhos têm nos benefícios pagos pelo INSS a única expressão concreta de cidadania, uma possibilidade de inclusão social.
Com a finalidade de promover essa inclusão, servidores da Previdência Social que atendem na unidade móvel do Projeto Pronto Atendimento Itinerante (PAI), recém-lançado pelo governo do Estado, chegaram ao município de Barreirinha, a 420 quilometros de Manaus, de onde seguiram para a área indígena dos sateré-mawé, grupo étnico de 5.825 pessoas que habitam em Ponta Alegre, região cortada pelos rios Maués-Açu, Marau, Andirá e Tapajós.
Estudos recentes divulgados pelo Ministério da Previdência Social revelam que os benefícios concedidos pelo INSS têm impacto não apenas sobre a vida do índio beneficiado, mas atingem toda a aldeia. No caso específico dos indígenas da aldeia Ponta Alegre, o dinheiro recebido da Previdência Social já foi usado, por exemplo, para comprar motores para rabeta (pequenas embarcações utilizadas pelos índios), para movimentar casas de farinha e até para comprar gado, utilizado na alimentação da tribo. A renda recebida da Previdência Social mantém o tradicional poder dos mais velhos nas comunidades e também financia os rituais da aldeia, ajudando a preservar a cultura indígena.
Os beneficiados pela Previdência Social ocupam lugar importante nos rituais realizados na aldeia Ponta Alegre, porque é com parte do dinheiro recebido do INSS que são realizadas festas como o Ritual da Tucandeira - iniciação do adolescente masculino à caça e á vida adulta.
No ritual, os iniciantes dançam junto com os demais participantes da festa até o momento em que colocam aos mãos em grandes luvas onde estão as terríveis formigas tucandeiras, retirando-as somente quando a dor se torna insuportável. O ritual só se completa após o iniciante submeter-se a cinco sessões de ferroadas, o que pode acontecer no decorrer dos três dias de festa.
A Previdência Social chegou pela primeira vez à uma aldeia dos Sateré-Mawé em novembro de 2001, por meio do PREVbarco I, ocasião em que realizou 238 atendimentos e concedeu 73 benefícios. Na ação de dois dias, encerrada na última sexta-feira (11), a equipe de servidores do INSS triplicou o número de atendimentos realizados na primeira viagem à aldeia e concedeu 124 novos benefícios.
De acordo com depoimento de servidores que viajam nas unidades flutuantes, muitos dos que recebem hoje o benefício no valor de um salário mínimo jamais tiveram a perspectiva de uma renda periódica e segura. Por este motivo, o trabalho desenvolvido pelo INSS é encarado pelos povos ribeirinhos como um exemplo real de inclusão social.
Ainda segundo os técnicos, o trabalho itinerante realizado pelo INSS nos rios do Amazonas se constitui num "esforço que vem proporcionando acesso à cidadania a tantos que se encontravam esquecidos, isolados de uma civilização de se diz desenvolvida, mas que ainda necessita incorporar várias facetas da sábia, humana e igualitária cultura indígena".
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