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Índio cinta larga é preso por explorar diamantes

02/09/2010

Autor: Dhiego Maia

Fonte: Diário de Cuiabá - http://www.diariodecuiaba.com.br/



A Justiça Federal de Mato Grosso expediu mandado de prisão em desfavor do índio da etnia cinta larga, João Bravo Cinta Larga, de pouco mais de 60 anos, suspeito de facilitar a entrada de garimpeiros na reserva Roosevelt para exploração de diamantes. A reserva está situada entre os estados de Mato Grosso e Rondônia.

A prisão do cinta larga se soma às sete cumpridas durante a Operação Adamas em Mato Grosso, desencadeada pela Polícia Federal há duas semanas contra comerciantes e garimpeiros que exploravam de forma ilegal a reserva localizada em área indígena.

O índio foi preso na aldeia, em Espigão D'Oeste, Rondônia, no último sábado. Ele só prestou depoimento na tarde de ontem na sede da Superintendência da PF, em Cuiabá, porque era aguardada a chegada de uma indígena de Juína que iria realizar a tradução do depoimento do cinta larga.

Durante toda a tarde, a movimentação na sede da PF mato-grossense foi intensa, com a presença de representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai). Em entrevista ao Diário, o procurador da Funai César Augusto Lima disse que o indígena colaborou prontamente com a polícia e que um pedido de liberdade já foi encaminhado à Justiça. "Ele foi preso para prestar alguns esclarecimentos. Ele não omitiu nenhuma pergunta que o delegado fez", apontou. Nas imediações da casa dele, os agentes da PF encontraram maquinários que seriam utilizados na extração de diamantes. O procurador da Funai ponderou. "A PF já sabia que a atividade garimpeira já estava parada há 44 dias", reforçou. O cinta larga está preso em uma cela individual no Centro de Ressocialização de Cuiabá, antigo Carumbé.

ADAMAS - A PF deflagrou em Mato Grosso e Rondônia a operação com a finalidade de cessar a exploração ilegal de diamantes na reserva. Foram expedidos no total 16 mandados de prisão, sendo que sete em Mato Grosso e outros 45 de busca e apreensão. Na época, a PF informou que chegou a apreender R$ 500 mil em diamantes que seriam vendidos pela quadrilha. Para entrar na reserva, o grupo iludia os indígenas. "Eles são mais reféns do que beneficiados dessa situação", apontou o procurador da Funai. Roosevelt pode produzir 15 vezes a mais do que a maior mina de diamantes do mundo, na África.


http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=378282
 

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