From Indigenous Peoples in Brazil
News
Índios reclamam na Funasa sobre carências na Saúde
23/09/2010
Autor: Jully Camilo
Fonte: Jornal Pequeno - http://www.jornalpequeno.com.br/
Lideranças indígenas Guajajara, de 15 aldeias do município de Arame (a 476 km de São Luís), estiveram reunidas na manhã de ontem com representantes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), na sede do órgão, no bairro da Jordoa. Segundo os índios, a falta de remédios, atendimento médico, entre outras dificuldades, já se arrasta por quatro meses sem que nenhuma providência seja tomada.
Segundo o representante das lideranças indígenas, Arcemildo Cassemiro Guajajara, as 15 aldeias totalizam aproximadamente 1.400 índios e há meses estão sem assistência médica devida. Ele afirmou que o respectivo atendimento não chega às comunidades, além da falta de remédios e transporte para a locomoção dos pacientes ate a sede do município. "Tudo isso começou depois da contratação do novo gestor do polo base, indicado pela Funasa e apadrinhado pelo prefeito de Arame, sem a anuência da comunidade. Com isso, houve uma revolta geral e como forma de nos punir ele atende somente quatro das 15 aldeias, deixando a maioria dos índios desassistida. A viatura que fazia o transporte dos pacientes nos foi tomada e o hospital de Arame não aceita nossos doentes. Temos que pagar ou fretar carros para levá-los até Grajaú se não quisermos vê-los mortos", afirmou.
Arcemildo Cassemiro revelou que, nesses quatro meses, três reuniões já foram realizadas com a Funasa, mas nada foi resolvido até o momento. "Faltam transportes e remédios nas farmácias das aldeias; a equipe multidisciplinar está incompleta e não atende a todos; existe interferência de políticos locais na administração dos pólos bases, sem falar na demora de fornecimentos de medicamentos receitados. Queremos uma decisão final e documentada sobre a resolução destes problemas; caso contrário, vamos procurar nossos direitos em outras autarquias; afinal, já protocolamos junto ao Ministério Público uma denúncia sobre essa situação e estamos aguardando que algo aconteça a nosso favor", disse ele.
De acordo com Licinio Brites Carmona, chefe do Distrito Sanitário Especial Indígena do Estado (DSEI), o impasse só começou após a destituição de Arcemildo Cassemiro, do posto de gestor do pólo, logo que foi descoberto que ele é irmão de um servidor da Funasa. Carmona afirmou que várias demissões ocorreram por este motivo, pois tal prática de contratação de parentes de servidores é proibida por lei.
"Inconformado, ele incita uma minoria a rejeitar o atendimento da equipe multidisciplinar, bem como os medicamentos disponíveis para toda a comunidade. Temos médicos, odontólogos, enfermeiros, nutricionistas, viaturas e medicamentos disponíveis, mas o que estava acontecendo era o uso inadequado destes transportes, inclusive uma viatura foi descaracterizada e utilizada para fins particulares, com pessoas inabilitadas dirigindo e por isso foi solicitada ao delegado de polícia local a apreensão do veículo", informou Carmona.
Os representantes da Funasa afirmaram que o órgão está aberto a conversas e discussões acerca do assunto e frisaram que o diálogo será sempre a melhor saída. As partes envolvidas no impasse ficaram reunidas durante toda a manhã de ontem.
http://www.jornalpequeno.com.br/2010/9/23/indios-reclamam-na-funasa-sobre-carencias-na-saude-132430.htm
Segundo o representante das lideranças indígenas, Arcemildo Cassemiro Guajajara, as 15 aldeias totalizam aproximadamente 1.400 índios e há meses estão sem assistência médica devida. Ele afirmou que o respectivo atendimento não chega às comunidades, além da falta de remédios e transporte para a locomoção dos pacientes ate a sede do município. "Tudo isso começou depois da contratação do novo gestor do polo base, indicado pela Funasa e apadrinhado pelo prefeito de Arame, sem a anuência da comunidade. Com isso, houve uma revolta geral e como forma de nos punir ele atende somente quatro das 15 aldeias, deixando a maioria dos índios desassistida. A viatura que fazia o transporte dos pacientes nos foi tomada e o hospital de Arame não aceita nossos doentes. Temos que pagar ou fretar carros para levá-los até Grajaú se não quisermos vê-los mortos", afirmou.
Arcemildo Cassemiro revelou que, nesses quatro meses, três reuniões já foram realizadas com a Funasa, mas nada foi resolvido até o momento. "Faltam transportes e remédios nas farmácias das aldeias; a equipe multidisciplinar está incompleta e não atende a todos; existe interferência de políticos locais na administração dos pólos bases, sem falar na demora de fornecimentos de medicamentos receitados. Queremos uma decisão final e documentada sobre a resolução destes problemas; caso contrário, vamos procurar nossos direitos em outras autarquias; afinal, já protocolamos junto ao Ministério Público uma denúncia sobre essa situação e estamos aguardando que algo aconteça a nosso favor", disse ele.
De acordo com Licinio Brites Carmona, chefe do Distrito Sanitário Especial Indígena do Estado (DSEI), o impasse só começou após a destituição de Arcemildo Cassemiro, do posto de gestor do pólo, logo que foi descoberto que ele é irmão de um servidor da Funasa. Carmona afirmou que várias demissões ocorreram por este motivo, pois tal prática de contratação de parentes de servidores é proibida por lei.
"Inconformado, ele incita uma minoria a rejeitar o atendimento da equipe multidisciplinar, bem como os medicamentos disponíveis para toda a comunidade. Temos médicos, odontólogos, enfermeiros, nutricionistas, viaturas e medicamentos disponíveis, mas o que estava acontecendo era o uso inadequado destes transportes, inclusive uma viatura foi descaracterizada e utilizada para fins particulares, com pessoas inabilitadas dirigindo e por isso foi solicitada ao delegado de polícia local a apreensão do veículo", informou Carmona.
Os representantes da Funasa afirmaram que o órgão está aberto a conversas e discussões acerca do assunto e frisaram que o diálogo será sempre a melhor saída. As partes envolvidas no impasse ficaram reunidas durante toda a manhã de ontem.
http://www.jornalpequeno.com.br/2010/9/23/indios-reclamam-na-funasa-sobre-carencias-na-saude-132430.htm
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