From Indigenous Peoples in Brazil
News
Índios bloqueiam rodovia há 18 horas no norte do Estado
12/10/2010
Autor: Leandro Becker
Fonte: Zero Hora - http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/
Cerca de 300 índios bloqueiam com troncos e galhos de árvore desde o fim da tarde de ontem a rodovia entre a reserva de Bananeiras, em Gramado dos Loureiros, até Planalto (ERS-324), no norte do Estado. Eles pedem a libertação do cacique e do filho, presos ontem em operação policial.
De acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar, o movimento é pacífico e já dura mais de 18 horas. Os índios só liberam a passagem de ambulâncias. Diante do impasse, o trânsito está sendo desviado. Não há previsão de quando o trecho será liberado.
O cacique José Oreste do Nascimento, 60 anos, e o filho Gélson do Nascimento, 37 anos, foram presos após a descoberta de oito armas escondidas na reserva indígena.
O vice-prefeito de Gramado dos Loureiros, Erpone do Nascimento, 39 anos, também foi preso. Por estar com uma arma sem numeração raspada ou procedente de furto, diferentemente do pai e do irmão, ele pagou fiança de R$ 1 mil e responderá o inquérito em liberdade.
A operação que resultou na prisão dos índios foi realizada pela Polícia Federal e Polícia Civil, com apoio da Brigada Militar. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Gramado dos Loureiros e na reserva indígena de Serrinha, no município de Ronda Alta.
Das oito armas apreendidas, duas estavam com numeração raspada e uma espingarda tinha registro de furto. A polícia também encontrou um aparelho de choque e uma motosserra sem procedência.
A delegada Cinara Stormovski Freitas disse que a ação foi preventiva e realizada diante do risco de as armas serem usadas para praticar crimes na região.
- Não podemos afirmar se há vínculo direto com o assalto ao banco, mas no decorrer da investigação isso será analisado - explica.
Assalto abalou comunidade
O assalto ao posto avançado do Banrisul em Gramado dos Loureiros abalou a comunidade de 2,3 mil habitantes. Na época, cinco bandidos encapuzados e armados invadiram o banco, no porão da prefeitura, e atiraram contra o operador de máquina Valdecir Alves Batista, que morreu na hora.
O assessor do Palácio Piratini, Alivino Melo Machado, primeiro prefeito da cidade, também foi baleado e morreu no dia seguinte. Depois de nove dias de cerco, sete assaltantes foram presos e um morreu em confronto com a polícia.
Sete pessoas foram indiciadas pela polícia e um índio caingangue foi apontado como mentor do assalto. O processo tramita junto à Justiça de Nonoai.
CONTRAPONTO
O que diz Erpone do Nascimento, vice-prefeito de Gramado dos Loureiros:
No domingo à noite, caçadores que estavam na reserva fugiram ao serem avistados por índios e deixaram as armas, que foram recolhidas. Na manhã seguinte, a polícia esteve na reserva e encontrou as armas. A comunidade indígena está nervosa e triste com o que aconteceu, pois meu pai é cacique há mais de 20 anos. Apesar de tudo, estamos com a consciência tranquila. Não temos culpa nenhuma nem envolvimento com o assalto ao banco.
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a3071941.xml
De acordo com o Comando Rodoviário da Brigada Militar, o movimento é pacífico e já dura mais de 18 horas. Os índios só liberam a passagem de ambulâncias. Diante do impasse, o trânsito está sendo desviado. Não há previsão de quando o trecho será liberado.
O cacique José Oreste do Nascimento, 60 anos, e o filho Gélson do Nascimento, 37 anos, foram presos após a descoberta de oito armas escondidas na reserva indígena.
O vice-prefeito de Gramado dos Loureiros, Erpone do Nascimento, 39 anos, também foi preso. Por estar com uma arma sem numeração raspada ou procedente de furto, diferentemente do pai e do irmão, ele pagou fiança de R$ 1 mil e responderá o inquérito em liberdade.
A operação que resultou na prisão dos índios foi realizada pela Polícia Federal e Polícia Civil, com apoio da Brigada Militar. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Gramado dos Loureiros e na reserva indígena de Serrinha, no município de Ronda Alta.
Das oito armas apreendidas, duas estavam com numeração raspada e uma espingarda tinha registro de furto. A polícia também encontrou um aparelho de choque e uma motosserra sem procedência.
A delegada Cinara Stormovski Freitas disse que a ação foi preventiva e realizada diante do risco de as armas serem usadas para praticar crimes na região.
- Não podemos afirmar se há vínculo direto com o assalto ao banco, mas no decorrer da investigação isso será analisado - explica.
Assalto abalou comunidade
O assalto ao posto avançado do Banrisul em Gramado dos Loureiros abalou a comunidade de 2,3 mil habitantes. Na época, cinco bandidos encapuzados e armados invadiram o banco, no porão da prefeitura, e atiraram contra o operador de máquina Valdecir Alves Batista, que morreu na hora.
O assessor do Palácio Piratini, Alivino Melo Machado, primeiro prefeito da cidade, também foi baleado e morreu no dia seguinte. Depois de nove dias de cerco, sete assaltantes foram presos e um morreu em confronto com a polícia.
Sete pessoas foram indiciadas pela polícia e um índio caingangue foi apontado como mentor do assalto. O processo tramita junto à Justiça de Nonoai.
CONTRAPONTO
O que diz Erpone do Nascimento, vice-prefeito de Gramado dos Loureiros:
No domingo à noite, caçadores que estavam na reserva fugiram ao serem avistados por índios e deixaram as armas, que foram recolhidas. Na manhã seguinte, a polícia esteve na reserva e encontrou as armas. A comunidade indígena está nervosa e triste com o que aconteceu, pois meu pai é cacique há mais de 20 anos. Apesar de tudo, estamos com a consciência tranquila. Não temos culpa nenhuma nem envolvimento com o assalto ao banco.
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