From Indigenous Peoples in Brazil
News
Índios Guarani retomam terra reivindicada no RS
30/09/2003
Fonte: CIMI-Iraí-RS
No amanhecer deste dia 30 de setembro, cerca de 15 (quinze) famílias de índios guarani ocuparam a área de terra, que reivindicam junto ao governo federal, no município de Getúlio Vargas, ao longo da RS 153, entre Passo Fundo e Erechim, no norte gaúcho. Localizada ao lado da Terra Indígena Ventarra, do povo Kaingang, a área conhecida regionalmente pelo nome de Mato Preto, mas denominada pelos guarani de Ka a Ty (Erval), é reivindicada por este povo há mais de três anos. Durante este período, vários documentos, acompanhados de mapas cartográficos datados do início do século passado, foram encaminhados, pelas lideranças guarani, à Funai, de Passo Fundo e Brasília, pedindo a criação de Grupo de Trabalho a fim de comprovar a tradicionalidade de sua terra. No mês de março do corrente ano, técnicos da Funai realizaram um "Levantamento Prévio" na região, constataram a procedência da reivindicação e indicaram o presente caso como uma prioridade regional.
Cansados de esperar por uma ação mais objetiva por parte da Funai e no intuito de pressiona-la a constituir o referido GT, os Guarani decidiram se colocar sobre a sua terra e montaram barracos sobre os trilhos da via férrea que passa sobre a mesma. De acordo com o cacique, Joel Pereira, o grupo está decidido a enfrentar toda e qualquer dificuldade e permanecerá acampado o tempo que for necessário para ter reconhecido o direito a sua terra tradicional. Segundo ele, não há a mínima possibilidade de retornarem à Terra Indígena Cacique Doble, onde residiam, a cerca de 100 (cem) Km dali, pois a mesma pertence ao povo Kaingang.
Nos últimos meses, as comunidades indígenas do estado do Rio Grande do Sul têm intensificado a mobilização com o objetivo de fazerem avançar os processos de regularização de suas terras tradicionais e impedirem mudanças prejudiciais aos seus direitos na Legislação Federal. Em reuniões, realizadas no último mês de julho, onde estiveram presentes caciques e lideranças de várias terras indígenas, elaboraram e encaminharam documentos à Presidência da República, ao Ministério da Justiça e à Funai. Além disso, em meados do mês de agosto, promoveram bloqueios simultâneos em rodovias estaduais a fim de chamar a atenção do governo às suas reivindicações. Tudo indica ser, esta ocupação, parte deste movimento.
Fica claro, pois, que o governo federal, presidido por Lula, não pode mais continuar fazendo de conta que não está vendo nem sentindo a indignação e o clamor dos povos e populações que nele depositaram suas mais antigas e tenras esperanças e vêem o mesmo, a cada dia, virando-lhes as costas.
Cansados de esperar por uma ação mais objetiva por parte da Funai e no intuito de pressiona-la a constituir o referido GT, os Guarani decidiram se colocar sobre a sua terra e montaram barracos sobre os trilhos da via férrea que passa sobre a mesma. De acordo com o cacique, Joel Pereira, o grupo está decidido a enfrentar toda e qualquer dificuldade e permanecerá acampado o tempo que for necessário para ter reconhecido o direito a sua terra tradicional. Segundo ele, não há a mínima possibilidade de retornarem à Terra Indígena Cacique Doble, onde residiam, a cerca de 100 (cem) Km dali, pois a mesma pertence ao povo Kaingang.
Nos últimos meses, as comunidades indígenas do estado do Rio Grande do Sul têm intensificado a mobilização com o objetivo de fazerem avançar os processos de regularização de suas terras tradicionais e impedirem mudanças prejudiciais aos seus direitos na Legislação Federal. Em reuniões, realizadas no último mês de julho, onde estiveram presentes caciques e lideranças de várias terras indígenas, elaboraram e encaminharam documentos à Presidência da República, ao Ministério da Justiça e à Funai. Além disso, em meados do mês de agosto, promoveram bloqueios simultâneos em rodovias estaduais a fim de chamar a atenção do governo às suas reivindicações. Tudo indica ser, esta ocupação, parte deste movimento.
Fica claro, pois, que o governo federal, presidido por Lula, não pode mais continuar fazendo de conta que não está vendo nem sentindo a indignação e o clamor dos povos e populações que nele depositaram suas mais antigas e tenras esperanças e vêem o mesmo, a cada dia, virando-lhes as costas.
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