From Indigenous Peoples in Brazil
News
Cinta Larga receberam Caravana dos Direitos Humanos em Rondônia
13/10/2003
Fonte: Site da Funai
Os três deputados federais Pastor Reinaldo (PTB/RS), Orlando Fantazini (PT/SP) e
César Medeiros (PT/MG) da V Caravana de Direitos Humanos se reuniram com lideranças Cinta Larga, na quinta-feira passada (09), na aldeia Roosevelt, em Rondônia, onde os indígenas vivem em constante ameaça da invasão de garimpeiros. No encontro, lideranças narraram a verdadeira situação dos Cinta Larga e falaram sobre o apoio do atual presidente, Mércio Pereira Gomes, ao programa que a Funai vem desenvolvendo desde o ano passado para garantir a proteção aos índios e manter os garimpeiros fora da terra indígena. A visita foi acompanhada pelo indigenista e assessor da presidência da Funai, Walter Blós, que acompanha o trabalho junto aos Cinta Larga desde o início.
Os parlamentares puderam constatar que a imprensa do estado (jornais, rádios e TVs) está noticiando informações inverídicas para desmoralizar a Funai e enfraquecer as ações de resgate cultural, iniciadas pelo órgão indigenista, com o apoio do Ministério da Justiça e Ministério Público Federal e outras instituições governamentais e não-governamentais. O deputado Orlando Fantazzini (PT/RS), que havia acabado de visitar o Mato Grosso, elogiou a firmeza com que a Funai está agindo em Rondônia, para garantir a integridade e o respeito aos direitos indígenas.Os índios afirmaram aos parlamentares que não vão permitir a volta dos garimpeiros.
No dia seguinte à visita (10) dos parlamentares, os Cinta Larga levaram o delegado da Polícia Federal, e o procurador da república, até o interior do garimpo de diamante ("baixão"), local de difícil acesso. Os dois puderam constatar que a notícia de que os índios estariam cobrando 15 mil reais por garimpeiro para a exploração de diamante, conforme matérias veiculadas em programa de TVs locais e reportagem em jornais e rádios de Rondônia, era mentira. Agora, a comissão parlamentar e a procuradoria da república vão solicitar a cópia dos programas para mover ação, pedindo o esclarecimento e também investigar sobre os interessados no garimpo ilegal e em desmoralizar a ação da Funai .
No ano passado, a Funai, lideranças e guerreiros Cinta Larga expulsaram mais de cinco mil garimpeiros do interior Terra Indígena Roosevelt. Para iniciar o garimpo, a estratégia dos invasores foi convencer os índios de que a atividade ilegal era lucrativa e que eles poderiam viver sem precisar da Funai. Após a autorização dos Cinta Larga, as conseqüências nefastas do garimpo começaram a ameaçar a integridade física dos indígenas e a própria cultura desse povo, contatado na década de 70. Com o dinheiro fácil, muitos Cinta Larga começaram a circular e até se mudaram para as cidades próximas (Cacoal, Pimenta Bueno, Vilhena), onde se envolveram com álcool, drogas, armas, crimes de violência e prostituição, comuns em todos os locais onde há garimpo ilegal. Nas aldeias, as escolas indígenas foram abandonadas e muitas índias começaram a se juntar com garimpeiros, resultando numa desagregação desse povo.
Um programa emergencial teve início no final do ano passado com verba extraordinária, que permitiu a realização de oficinas culturais e de resgate da língua, a volta às aulas e recuperação de escolas e estradas, o plantio de diversas culturas e o retorno de muitos indígenas, que hoje moram em suas malocas nas aldeias. Apesar da redução dos recursos, a Funai e os Cinta Larga mantiveram as atividades de resgate, e, de acordo com lideranças, todos estão muito orgulhosos e satisfeitos e este ano pretendem colher alimentos suficientes para garantir a sobrevivência da comunidade.
César Medeiros (PT/MG) da V Caravana de Direitos Humanos se reuniram com lideranças Cinta Larga, na quinta-feira passada (09), na aldeia Roosevelt, em Rondônia, onde os indígenas vivem em constante ameaça da invasão de garimpeiros. No encontro, lideranças narraram a verdadeira situação dos Cinta Larga e falaram sobre o apoio do atual presidente, Mércio Pereira Gomes, ao programa que a Funai vem desenvolvendo desde o ano passado para garantir a proteção aos índios e manter os garimpeiros fora da terra indígena. A visita foi acompanhada pelo indigenista e assessor da presidência da Funai, Walter Blós, que acompanha o trabalho junto aos Cinta Larga desde o início.
Os parlamentares puderam constatar que a imprensa do estado (jornais, rádios e TVs) está noticiando informações inverídicas para desmoralizar a Funai e enfraquecer as ações de resgate cultural, iniciadas pelo órgão indigenista, com o apoio do Ministério da Justiça e Ministério Público Federal e outras instituições governamentais e não-governamentais. O deputado Orlando Fantazzini (PT/RS), que havia acabado de visitar o Mato Grosso, elogiou a firmeza com que a Funai está agindo em Rondônia, para garantir a integridade e o respeito aos direitos indígenas.Os índios afirmaram aos parlamentares que não vão permitir a volta dos garimpeiros.
No dia seguinte à visita (10) dos parlamentares, os Cinta Larga levaram o delegado da Polícia Federal, e o procurador da república, até o interior do garimpo de diamante ("baixão"), local de difícil acesso. Os dois puderam constatar que a notícia de que os índios estariam cobrando 15 mil reais por garimpeiro para a exploração de diamante, conforme matérias veiculadas em programa de TVs locais e reportagem em jornais e rádios de Rondônia, era mentira. Agora, a comissão parlamentar e a procuradoria da república vão solicitar a cópia dos programas para mover ação, pedindo o esclarecimento e também investigar sobre os interessados no garimpo ilegal e em desmoralizar a ação da Funai .
No ano passado, a Funai, lideranças e guerreiros Cinta Larga expulsaram mais de cinco mil garimpeiros do interior Terra Indígena Roosevelt. Para iniciar o garimpo, a estratégia dos invasores foi convencer os índios de que a atividade ilegal era lucrativa e que eles poderiam viver sem precisar da Funai. Após a autorização dos Cinta Larga, as conseqüências nefastas do garimpo começaram a ameaçar a integridade física dos indígenas e a própria cultura desse povo, contatado na década de 70. Com o dinheiro fácil, muitos Cinta Larga começaram a circular e até se mudaram para as cidades próximas (Cacoal, Pimenta Bueno, Vilhena), onde se envolveram com álcool, drogas, armas, crimes de violência e prostituição, comuns em todos os locais onde há garimpo ilegal. Nas aldeias, as escolas indígenas foram abandonadas e muitas índias começaram a se juntar com garimpeiros, resultando numa desagregação desse povo.
Um programa emergencial teve início no final do ano passado com verba extraordinária, que permitiu a realização de oficinas culturais e de resgate da língua, a volta às aulas e recuperação de escolas e estradas, o plantio de diversas culturas e o retorno de muitos indígenas, que hoje moram em suas malocas nas aldeias. Apesar da redução dos recursos, a Funai e os Cinta Larga mantiveram as atividades de resgate, e, de acordo com lideranças, todos estão muito orgulhosos e satisfeitos e este ano pretendem colher alimentos suficientes para garantir a sobrevivência da comunidade.
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