De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Até, julho, 37 índios cometeram suicídio
17/11/2003
Autor: Sandra Luz
Fonte: Campo Grande News-Campo Grande-MS
Miséria nas aldeias pode contribuir para suicídio indígena
A Funasa (Fundação Nacional do Índio) registrou em Mato Grosso do Sul 37 suicídios cometidos até julho deste ano. Os óbitos foram registrados na etnia guarani-caiuás, que estão concentrados na região Sul do Estado, muitos em municípios da Grande Dourados. Este fim de semana Paulo Oliveira Vilhalba, 20 anos, se suicidou usando a própria camisa na aldeia Lagoa Rica, em Douradina. A polícia ainda tenta apurar as causas do suicídio, um verdadeiro mistério nas comunidades indígenas e que está sendo investigado em pesquisa de antropólogos da Funasa.
De acordo com o enfermeiro do Distrito Sanitário Especial Indígena da Funasa Newton Gonçalves de Figueiredo, em 2002 foram 57 mortes, dessas, 53 ocorreram em índios comunidade de 10 a 29 anos. Foram 16 mortes entre indígenas de 10 a 14 anos; 19 na faixa etária de 15 a 19 anos; 18 entre 19 anos a 29.
Entre as hipóteses para os suicídios estão a falta de demarcação de terras, diferenças culturais, marcadas especialmente pela pobreza, discriminação racial e até mesmo visão diferente da morte em relação ao homem branco. Além das mortes atribuídas ao suicídio, a Funasa registrou 12 assassinatos de indígenas no primeiro semestre de 2003; no ano passado foram 20. As mortes por agressão, conforme Figueiredo, também têm causas diversas, como alcoolismo, e problemas sociais. Ele explicou que nas mortes por agressão há uma situação diferenciada na curva de análise, com aumento de ocorrências em um ano e redução no posterior.
A Funasa (Fundação Nacional do Índio) registrou em Mato Grosso do Sul 37 suicídios cometidos até julho deste ano. Os óbitos foram registrados na etnia guarani-caiuás, que estão concentrados na região Sul do Estado, muitos em municípios da Grande Dourados. Este fim de semana Paulo Oliveira Vilhalba, 20 anos, se suicidou usando a própria camisa na aldeia Lagoa Rica, em Douradina. A polícia ainda tenta apurar as causas do suicídio, um verdadeiro mistério nas comunidades indígenas e que está sendo investigado em pesquisa de antropólogos da Funasa.
De acordo com o enfermeiro do Distrito Sanitário Especial Indígena da Funasa Newton Gonçalves de Figueiredo, em 2002 foram 57 mortes, dessas, 53 ocorreram em índios comunidade de 10 a 29 anos. Foram 16 mortes entre indígenas de 10 a 14 anos; 19 na faixa etária de 15 a 19 anos; 18 entre 19 anos a 29.
Entre as hipóteses para os suicídios estão a falta de demarcação de terras, diferenças culturais, marcadas especialmente pela pobreza, discriminação racial e até mesmo visão diferente da morte em relação ao homem branco. Além das mortes atribuídas ao suicídio, a Funasa registrou 12 assassinatos de indígenas no primeiro semestre de 2003; no ano passado foram 20. As mortes por agressão, conforme Figueiredo, também têm causas diversas, como alcoolismo, e problemas sociais. Ele explicou que nas mortes por agressão há uma situação diferenciada na curva de análise, com aumento de ocorrências em um ano e redução no posterior.
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