De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Estado presta assistência a xavantes, que prometem deixar rodovia
13/01/2004
Fonte: Midianews-Cuiabá-MT
Depois de quase três meses acampados às margens da BR-158, em Alto Boa Vista (1.058 a Nordeste de Cuiabá), índios da nação xavante aventaram nesta terça-feira (13.01) a possibilidade de deixar a área onde também encontram-se cerca de 600 posseiros. A garantia foi dada pelo pajé xamã José Luiz Seretê, após reunião de cinco horas, no Palácio Paiaguás.
O Governo do Estado vai prestar assistência médica, odontológica, educacional, infra-estrutura, jurídica, além de incentivo à agricultura com a doação de sementes e acompanhamento técnico a cerca de 800 índios que vivem duas aldeias: Água Branca (Canarana) e São Felipe (Campinápolis).
Sensibilizado com a nação xavante, o governador Blairo Maggi, que está buscando uma saída pacífica para o impasse desde a ocupação às margens da rodovia, estará no próximo dia 23 na aldeia Água Branca para conversar pessoalmente com os índios. "O governador tem olho bom", constatou o pajé.
"Eu gostei muito dessa reunião e da proposta do Governo. Eu estou deixando livre a rodovia", afirmou Seretê, que irá se reunir nesta quarta-feira (14) com lideranças xavantes para aguardar uma solução do imbróglio jurídico criado há 40 anos nas aldeias.
Embora a Justiça tenha decidido a posse de 170 mil hectares para os posseiros, em 12 dezembro de 2003, apenas nesta segunda-feira os líderes xavantes tomaram conhecimento da decisão, conforme o pajé. "O Estado vai oferecer uma condição melhor de subsistência. Enquanto não resolver a questão jurídica, não podemos trabalhar com outros atendimentos", disse o governador, cuja política indigenista implantada prevê atenção especial aos índios, assegurando-lhes melhor qualidade de vida.
Segundo Blairo Maggi, a responsabilidade sobre a questão indígena neste momento não cabe apenas à Fundação Nacional do Índio (Funai). "A responsabilidade também é desse Governo e os problemas têm que ser resolvidos em Mato Grosso e não em Goiás", disse o governador, argumentando que os índios da região têm procurado ajuda no Estado vizinho, embora as áreas indígenas estejam localizadas em Mato Grosso.
Maggi, mais uma vez, colocou-se à disposição dos índios para resolver os problemas ocorridos nas aldeias, dentro do que for possível. A exemplo dos xavantes da aldeia Sangradouro (Primavera do Leste), dos parecis e as etnias que vivem no Parque do Xingu, o Governo vem prestando assistência com a doação de máquinas, veículos, sementes e assistência técnica. "Esse Governo não promete, faz!", frisou Maggi em reunião com os xavantes.
Em agosto do ano passado, o governador Blairo Maggi pôs o fim ao conflito entre índios da etnia xavante da Reserva Sangradouro e produtores rurais da região de Primavera do Leste (230 km ao Sul de Cuiabá). A assinatura de um protocolo de intenções entre Estado, Prefeituras de Primavera do Leste, Poxoréu, General Carneiro e Novo São Joaquim e o Sindicato Rural de Primavera selou o acordo de paz. Como demonstração do fim dos conflitos, os índios entregaram ao governador Blairo Maggi a chave do último maquinário (um trator) que ainda estava sob posse da aldeia.
O secretário-chefe da Casa Civil, Carlos Brito, informou que a decisão de sair da rodovia e voltar para as aldeias é dos xavantes. "Sensibilizado com a situação dos índios, o Governo vai oferecer assistência para uma melhor qualidade de vida dos índios até que a Justiça decida a quem de fato pertence as terras", disse Brito.
A iniciativa de procurar apoio do Governo partiu dos próprios índios, que desinformados sobre a legislação do ICMS Ecológico, estão pleiteando parte dos recursos para suas aldeias. O dinheiro do Estado é repassado diretamente para as prefeituras, que decide onde devem ser aplicados os recursos.
A retomada dessa terra é uma luta de mais de 40 anos dos xavante. Para eles o local é sagrado, a terra já foi comprovada como tradicionalmente dos índios e está homologada e registrada em cartório como terra da União desde 1999. Na terra estão cemitérios indígenas e ali viveram muitos antepassados. Quando foram retirados de lá os xavante foram transferidos e moraram de favor em outras terras e agora querem voltar.
O Governo do Estado vai prestar assistência médica, odontológica, educacional, infra-estrutura, jurídica, além de incentivo à agricultura com a doação de sementes e acompanhamento técnico a cerca de 800 índios que vivem duas aldeias: Água Branca (Canarana) e São Felipe (Campinápolis).
Sensibilizado com a nação xavante, o governador Blairo Maggi, que está buscando uma saída pacífica para o impasse desde a ocupação às margens da rodovia, estará no próximo dia 23 na aldeia Água Branca para conversar pessoalmente com os índios. "O governador tem olho bom", constatou o pajé.
"Eu gostei muito dessa reunião e da proposta do Governo. Eu estou deixando livre a rodovia", afirmou Seretê, que irá se reunir nesta quarta-feira (14) com lideranças xavantes para aguardar uma solução do imbróglio jurídico criado há 40 anos nas aldeias.
Embora a Justiça tenha decidido a posse de 170 mil hectares para os posseiros, em 12 dezembro de 2003, apenas nesta segunda-feira os líderes xavantes tomaram conhecimento da decisão, conforme o pajé. "O Estado vai oferecer uma condição melhor de subsistência. Enquanto não resolver a questão jurídica, não podemos trabalhar com outros atendimentos", disse o governador, cuja política indigenista implantada prevê atenção especial aos índios, assegurando-lhes melhor qualidade de vida.
Segundo Blairo Maggi, a responsabilidade sobre a questão indígena neste momento não cabe apenas à Fundação Nacional do Índio (Funai). "A responsabilidade também é desse Governo e os problemas têm que ser resolvidos em Mato Grosso e não em Goiás", disse o governador, argumentando que os índios da região têm procurado ajuda no Estado vizinho, embora as áreas indígenas estejam localizadas em Mato Grosso.
Maggi, mais uma vez, colocou-se à disposição dos índios para resolver os problemas ocorridos nas aldeias, dentro do que for possível. A exemplo dos xavantes da aldeia Sangradouro (Primavera do Leste), dos parecis e as etnias que vivem no Parque do Xingu, o Governo vem prestando assistência com a doação de máquinas, veículos, sementes e assistência técnica. "Esse Governo não promete, faz!", frisou Maggi em reunião com os xavantes.
Em agosto do ano passado, o governador Blairo Maggi pôs o fim ao conflito entre índios da etnia xavante da Reserva Sangradouro e produtores rurais da região de Primavera do Leste (230 km ao Sul de Cuiabá). A assinatura de um protocolo de intenções entre Estado, Prefeituras de Primavera do Leste, Poxoréu, General Carneiro e Novo São Joaquim e o Sindicato Rural de Primavera selou o acordo de paz. Como demonstração do fim dos conflitos, os índios entregaram ao governador Blairo Maggi a chave do último maquinário (um trator) que ainda estava sob posse da aldeia.
O secretário-chefe da Casa Civil, Carlos Brito, informou que a decisão de sair da rodovia e voltar para as aldeias é dos xavantes. "Sensibilizado com a situação dos índios, o Governo vai oferecer assistência para uma melhor qualidade de vida dos índios até que a Justiça decida a quem de fato pertence as terras", disse Brito.
A iniciativa de procurar apoio do Governo partiu dos próprios índios, que desinformados sobre a legislação do ICMS Ecológico, estão pleiteando parte dos recursos para suas aldeias. O dinheiro do Estado é repassado diretamente para as prefeituras, que decide onde devem ser aplicados os recursos.
A retomada dessa terra é uma luta de mais de 40 anos dos xavante. Para eles o local é sagrado, a terra já foi comprovada como tradicionalmente dos índios e está homologada e registrada em cartório como terra da União desde 1999. Na terra estão cemitérios indígenas e ali viveram muitos antepassados. Quando foram retirados de lá os xavante foram transferidos e moraram de favor em outras terras e agora querem voltar.
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