De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Mais ameaças de morte na questão Suyá-Missú
15/01/2004
Fonte: Cimi-Brasília-DF
O administrador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), Edson Beiriz, protocolou, na última terça-feira (dia 13), junto à 6ª Câmara de Coordenação e Revisão, Comunidades Indígenas e Minorias do Ministério Público Federal a denúncia de um plano para assassiná-lo.
Na denúncia, Beiriz, que trabalha com povo o Xavante da terra indígena Marãiwatsedé - hoje acampados na fazenda Suyá Missú -- em Alto Boa Vista (MT), cita a testemunha S.R. que em depoimento diz "ter ouvido três homens conversando que estariam indo para a cidade de Goiânia (GO), com o objetivo de matar o servidor da Funai, Edson Beiriz, juntamente com um moreno conhecido por Denivaldo, por serem os responsáveis pela presença dos índios Xavante naquela localidade do conflito".
No documento, a testemunha S.R. afirma ainda que os três homens já haviam tentado matar Beiriz por outras duas vezes, mas sem sucesso.
O administrador da Funai suspeita que as ameaças teriam partido de políticos locais e de grandes invasores da terra Marãiwatsedé já homologada e registrada.
Para o dia 29 deste mês foi marcada pelo Juiz da 5ª Vara de Cuiabá, José Pires, uma audiência de justificação, comum em processos de posse e que, no caso, serve para comprovação de que a área se trata de terra indígena.
Ainda sem nenhum tipo de proteção policial, Beiriz teme pela sua vida e de sua família, "ultimamente, eu e minha família temos andado com muito medo e cautela devido às ameaças. Contudo, não pretendo deixar de cumprir com as minhas obrigações como funcionário público federal".
Ameaça a Dom Pedro Casadáliga
No final do mês de dezembro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou através de nota suas preocupações com as constantes ameaças de morte feitas à Dom Pedro Casaldáliga, bispo da prelazia de São Félix do Araguaia (MT), e solicitou que fosse garantido pelo governo "um efetivo necessário da Polícia Federal no local do conflito para assegurar a integridade física do povo Xavante; que sejam reassentados todos os posseiros que são clientes da reforma agrária; seja garantida segurança a Dom Pedro Casaldáliga e agentes da Pastoral da Prelazia, que vêm sofrendo ameaças de morte pela sua defesa aos direitos dos Xavante à posse da terra".
No momento em que Dom Pedro, lideranças indígenas e apoiadores da causa indígena, como Edson Beiriz, sofrem com as ameaças, 80 Xavante permanecem resistindo acampados na fazenda na Suyá-Missu sob a mira de 40 posseiros, sem nenhuma proteção da Polícia Federal ou Militar.
Na denúncia, Beiriz, que trabalha com povo o Xavante da terra indígena Marãiwatsedé - hoje acampados na fazenda Suyá Missú -- em Alto Boa Vista (MT), cita a testemunha S.R. que em depoimento diz "ter ouvido três homens conversando que estariam indo para a cidade de Goiânia (GO), com o objetivo de matar o servidor da Funai, Edson Beiriz, juntamente com um moreno conhecido por Denivaldo, por serem os responsáveis pela presença dos índios Xavante naquela localidade do conflito".
No documento, a testemunha S.R. afirma ainda que os três homens já haviam tentado matar Beiriz por outras duas vezes, mas sem sucesso.
O administrador da Funai suspeita que as ameaças teriam partido de políticos locais e de grandes invasores da terra Marãiwatsedé já homologada e registrada.
Para o dia 29 deste mês foi marcada pelo Juiz da 5ª Vara de Cuiabá, José Pires, uma audiência de justificação, comum em processos de posse e que, no caso, serve para comprovação de que a área se trata de terra indígena.
Ainda sem nenhum tipo de proteção policial, Beiriz teme pela sua vida e de sua família, "ultimamente, eu e minha família temos andado com muito medo e cautela devido às ameaças. Contudo, não pretendo deixar de cumprir com as minhas obrigações como funcionário público federal".
Ameaça a Dom Pedro Casadáliga
No final do mês de dezembro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou através de nota suas preocupações com as constantes ameaças de morte feitas à Dom Pedro Casaldáliga, bispo da prelazia de São Félix do Araguaia (MT), e solicitou que fosse garantido pelo governo "um efetivo necessário da Polícia Federal no local do conflito para assegurar a integridade física do povo Xavante; que sejam reassentados todos os posseiros que são clientes da reforma agrária; seja garantida segurança a Dom Pedro Casaldáliga e agentes da Pastoral da Prelazia, que vêm sofrendo ameaças de morte pela sua defesa aos direitos dos Xavante à posse da terra".
No momento em que Dom Pedro, lideranças indígenas e apoiadores da causa indígena, como Edson Beiriz, sofrem com as ameaças, 80 Xavante permanecem resistindo acampados na fazenda na Suyá-Missu sob a mira de 40 posseiros, sem nenhuma proteção da Polícia Federal ou Militar.
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