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Xerente tem safra recorde

16/01/2004

Fonte: Site da Funai



Os índios Xerente estão comemorando a safra recorde de arroz, milho e mandioca, colhida no final do ano passado. São 2.400 toneladas de mandioca, 630 toneladas de arroz e 07 de milho. Com a safra, além de ingressarem no comércio de grãos, os Xerente garantem a sustentabilidade do Programa de Compensação Ambiental Xerente (Procambix), gerenciado pela Associação Indígena Akwe (auto-denominação), com o apoio da Funai e do governo de Tocantins.

O Procambix foi criado para compensar os impactos causados pela construção da Usina Hidrelétrica Eduardo Magalhães, cujo lago represado banha a capital de Palma (TO). Seu objetivo é melhorar a qualidade de vida indígena, desenvolvendo projetos direcionados a produção de alimentos em quantidade para todas as 500 famílias, capacitação de índios para a fiscalização e preservação ambiental, bem como a valorização e divulgação da sua cultura, com a finalidade de atingir à completa sustentabilidade de todos.

De acordo com Wagner Tramm, coordenador de Proteção às Terras Indígenas da Funai, que acompanha o Procambix, o trabalho conjunto da Funai, governo de Tocantins e associação Xerente obteve resultados surpreendentes, satisfazendo todos os parceiros e alcançando o seu objetivo. "A inovação nessa safra é que ela a primeira a permitir o aproveitamento de uma cota da produção para o próximo plantio, o custeará as despesas futuras. É a sustentabilidade garantida que aponta o sucesso do programa. Os índios e a Funai, bem como o governo de Tocantins têm tudo para comemorar", concluiu Tramm.

Povo Xerente

A população indígena Xerente é constituída de 2.800 indivíduos, distribuídos em 37 aldeias em duas nas terras indígenas - Xerente e Funil - numa área de 183.542 hectares, no município de Tocantínia, no estado do Tocantins. Os Xerente se auto-denominam Akwe e são falantes da língua Jê, do tronco lingüístico macro-jê.

Apesar do contato com a sociedade não-índia há mais de 200 anos, os Xerente ainda realizam a festa para dar nome aos meninos e às meninas, e o ritual do Kupré, que consiste em homenagear os mortos após uma semana de seu falecimento. Na sociedade Xerente, bem como em outros povos indígenas, os velhos e as crianças são muito respeitados. Os velhos porque detêm o conhecimento tradicional do seu povo e procuram repassá-los aos mais jovens, enquanto que as crianças são o futuro e a continuidade da sua etnia e cultura.

O artesanato Xerente é confeccionado com palhas de babaçu, capim dourado, seda de buriti e sementes usados para confeccionar bolsas, cestas, esteiras, balaios, redes e enfeites, como os colares e brincos. Esses produtos são vendidos aos lojistas das cidades vizinhas e também aos turistas que visitam a região próxima à área indígena.
 

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