De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Notícias
Projeto de gestão sustentável em terras indígenas terá apoio do Governo alemão
28/10/2011
Fonte: Funai - http://www.funai.gov.br
A Fundação Nacional do Índio e o Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW) estão, mais uma vez, construindo um projeto de cooperação para implementação de ações voltadas à gestão sustentável das terras indígenas brasileiras pelos povos que nelas habitam. Pela primeira vez no Brasil, o Dr. Ulrich Schröder, presidente do grupo bancário KfW, juntamente com outros representantes da instituição, visitou a Terra Indígena Waimiri Atroari (AM), nos dias 25 e 26 de outubro.
A delegação alemã foi acompanhada pelo presidente da Funai, Márcio Meira, para conhecer um pouco mais sobre os povos indígenas brasileiros, sobre o trabalho da fundação e explorar nova possibilidade de parceria, por meio do "Projeto de Proteção e Promoção dos Povos Indígenas do Brasil". O Governo alemão já se comprometeu a doar 8 milhões de Euros para este projeto, ainda em elaboração, e está estudando a possibilidade de aumentar esse valor e também de conceder um empréstimo ao Governo brasileiro.
Durante 13 anos, de 1996 a 2008, a Funai manteve cooperação técnica com o Governo alemão, por meio do KfW, que investiu mais de US$ 16 milhões no Projeto Integrado de Proteção às Populações e Terras Indígenas da Amazônia Legal (PPTAL). O objetivo, à época, era melhorar a qualidade de vida das populações indígenas, promovendo a conservação dos seus recursos naturais por meio da demarcação participativa das terras indígenas da Amazônia Legal, executada pelo órgão indigenista, e a aplicação de projetos de proteção a essas áreas, desenvolvidas com organizações indígenas, ong's indigenistas e postos da Funai.
A parceria entre a Funai e o Governo alemão criou condições para a participação dos indígenas no acompanhamento das demarcações e na fiscalização das terras demarcadas. Foram realizadas capacitações em legislação ambiental e indígena; noções de cartografia e uso de GPS; mecânica e radiofonia e registro visual em filmagem. Para tanto, foram adquiridos barcos, motores, radiofonias, ferramentas e combustível.
Dos 107 milhões de hectares reconhecidos como área indígena no Brasil, 98% estão na Amazônia Legal. Por meio do PPTAL a Funai concluiu a identificação de 77 terras indígenas, perfazendo um total de 12 milhões de hectares. No processo de demarcação, o Projeto assegurou 39 milhões de hectares em 106 Terras Indígenas na Amazônia Legal. Além da regularização fundiária, o PPTAL executou 44 projetos de Proteção e Vigilância das Terras Indígenas, 22 estudos para elaboração e revisão de normas técnicas da Funai, 132 ações de capacitação indígena, 7 projetos de radiofonia e desenvolveu metodologia para levantamentos etnoecológicos, dos quais 8 já foram concluídas.
Visita ao povo Waimiri Atroari
Na terça-feira (25), a comitiva alemã foi recebida pelos indígenas no Núcleo de Apoio Waimiri Atroari (NAWA), onde há infra-estrutura de apoio, espaço para realização de reuniões e treinamentos, além de projetos demonstrativos e experimentais, como criação de animais silvestres e domésticos, produção de mudas de plantas nativas, medicinais e frutíferas, e produção e comercialização do artesanato Waimiri. Após o pernoite no Nawa, o grupo passou a manhã de quarta-feira na aldeia Yawara, onde foram recebidos com canto e dança e puderam conhecer de perto a realidade do povo Waimiri.
Os Waimiri se auto denominam Kinja. A população atual é jovem e saudável, e está próxima de 1500 indígenas. A demografia dos Waimiri Atroari, que, em 1987, era de 374 pessoas, vem crescendo no ritmo de 5,2 % ao ano, um dos maiores do mundo. Por meio do Programa Waimiri Atroari, fruto de convênio entre a Funai e Eletronorte, toda a comunidade desfruta de atendimento odontológico e serviço médico primário, que lhe assegura uma cobertura vacinal de 100%; de serviço de vigilância epidemiológica no entorno de toda a sua terra; de controle de doenças preveníveis - como malária, infecções respiratórias agudas, diarréias, verminoses e dermatoses. Estes procedimentos propiciaram uma significativa diminuição do seu índice de mortalidade geral. Os Waimiri Atroari têm, ainda, acesso à educação escolar diferenciada, onde eles mesmos pensam e conduzem o processo de escolarização. Na produção observam-se grandes roças, estoque de animais para abate e total independência alimentar. Houve o resgate de todas as práticas culturais e de sua dignidade como povo indígena.
http://www.funai.gov.br/ultimas/noticias/2_semestre_2011/outubro/un2011_10_11.html
A delegação alemã foi acompanhada pelo presidente da Funai, Márcio Meira, para conhecer um pouco mais sobre os povos indígenas brasileiros, sobre o trabalho da fundação e explorar nova possibilidade de parceria, por meio do "Projeto de Proteção e Promoção dos Povos Indígenas do Brasil". O Governo alemão já se comprometeu a doar 8 milhões de Euros para este projeto, ainda em elaboração, e está estudando a possibilidade de aumentar esse valor e também de conceder um empréstimo ao Governo brasileiro.
Durante 13 anos, de 1996 a 2008, a Funai manteve cooperação técnica com o Governo alemão, por meio do KfW, que investiu mais de US$ 16 milhões no Projeto Integrado de Proteção às Populações e Terras Indígenas da Amazônia Legal (PPTAL). O objetivo, à época, era melhorar a qualidade de vida das populações indígenas, promovendo a conservação dos seus recursos naturais por meio da demarcação participativa das terras indígenas da Amazônia Legal, executada pelo órgão indigenista, e a aplicação de projetos de proteção a essas áreas, desenvolvidas com organizações indígenas, ong's indigenistas e postos da Funai.
A parceria entre a Funai e o Governo alemão criou condições para a participação dos indígenas no acompanhamento das demarcações e na fiscalização das terras demarcadas. Foram realizadas capacitações em legislação ambiental e indígena; noções de cartografia e uso de GPS; mecânica e radiofonia e registro visual em filmagem. Para tanto, foram adquiridos barcos, motores, radiofonias, ferramentas e combustível.
Dos 107 milhões de hectares reconhecidos como área indígena no Brasil, 98% estão na Amazônia Legal. Por meio do PPTAL a Funai concluiu a identificação de 77 terras indígenas, perfazendo um total de 12 milhões de hectares. No processo de demarcação, o Projeto assegurou 39 milhões de hectares em 106 Terras Indígenas na Amazônia Legal. Além da regularização fundiária, o PPTAL executou 44 projetos de Proteção e Vigilância das Terras Indígenas, 22 estudos para elaboração e revisão de normas técnicas da Funai, 132 ações de capacitação indígena, 7 projetos de radiofonia e desenvolveu metodologia para levantamentos etnoecológicos, dos quais 8 já foram concluídas.
Visita ao povo Waimiri Atroari
Na terça-feira (25), a comitiva alemã foi recebida pelos indígenas no Núcleo de Apoio Waimiri Atroari (NAWA), onde há infra-estrutura de apoio, espaço para realização de reuniões e treinamentos, além de projetos demonstrativos e experimentais, como criação de animais silvestres e domésticos, produção de mudas de plantas nativas, medicinais e frutíferas, e produção e comercialização do artesanato Waimiri. Após o pernoite no Nawa, o grupo passou a manhã de quarta-feira na aldeia Yawara, onde foram recebidos com canto e dança e puderam conhecer de perto a realidade do povo Waimiri.
Os Waimiri se auto denominam Kinja. A população atual é jovem e saudável, e está próxima de 1500 indígenas. A demografia dos Waimiri Atroari, que, em 1987, era de 374 pessoas, vem crescendo no ritmo de 5,2 % ao ano, um dos maiores do mundo. Por meio do Programa Waimiri Atroari, fruto de convênio entre a Funai e Eletronorte, toda a comunidade desfruta de atendimento odontológico e serviço médico primário, que lhe assegura uma cobertura vacinal de 100%; de serviço de vigilância epidemiológica no entorno de toda a sua terra; de controle de doenças preveníveis - como malária, infecções respiratórias agudas, diarréias, verminoses e dermatoses. Estes procedimentos propiciaram uma significativa diminuição do seu índice de mortalidade geral. Os Waimiri Atroari têm, ainda, acesso à educação escolar diferenciada, onde eles mesmos pensam e conduzem o processo de escolarização. Na produção observam-se grandes roças, estoque de animais para abate e total independência alimentar. Houve o resgate de todas as práticas culturais e de sua dignidade como povo indígena.
http://www.funai.gov.br/ultimas/noticias/2_semestre_2011/outubro/un2011_10_11.html
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.