De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias

Funcionários de Belo Monte são liberados

28/07/2012

Fonte: O Globo, Economia, p. 26



Funcionários de Belo Monte são liberados
Presidente da Norte Energia deve ser substituído, o que pode dificultar negociações com os índios

Danilo Fariello
danilo.fariello@bsb.oglobo.com.br

BRASÍLIA. Os três reféns que eram mantidos desde segunda-feira na aldeia indígena Muratu, nas proximidades de onde é construída a hidrelétrica Belo Monte, foram libertados ontem por índios das etnias Juruna e Arara. As comunidades questionam a aplicação das condições para melhora da situação das aldeias no acordo celebrado em 10 de julho entre o consórcio Norte Energia e os índios afetados pela obra.
Um novo elemento, porém, pode agravar as relações entre os índios e o consórcio. O presidente do Norte Energia, Carlos Nascimento, principal articulador do acordo celebrado no dia 10, não deverá ser reconduzido ao cargo pelos sócios do grupo após o vencimento do seu mandato, nas próximas semanas, segundo apurou O GLOBO. Foi ele quem ajudou a convencer representantes indígenas a liberar um canteiro de obras ocupado por três semanas até o dia 10.
Nascimento atua por muitos anos no setor elétrico e esteve à frente da Eletronorte, principal acionista do Norte Energia. O grupo, porém, deverá escolher como novo presidente um executivo com atuação no setor privado. Fazem parte do consórcio as empresas do grupo Eletrobras (entre elas a Eletronorte), os fundos de pensão Petros e Funcef, Neoenergia, Cemig, Light, Vale, Sinobrás, J. Malucelli e o fundo Caixa Cevix. Por meio da sua assessoria, o consórcio Norte Energia não confirmou a intenção de trocar o presidente do grupo.
Os três reféns dos índios eram um engenheiro da própria empresa e dois ligados a prestadoras de serviço, sendo um da PCE Engenharia e outro da Leme Engenharia.
Eles foram sequestrados após apresentarem à comunidade o modo como embarcações serão transportas no Rio Xingu após alteração do rio por conta das obras.
Em seu comunicado, a Norte Energia afirmou ontem que "repudia esse sequestro porque todos os acordos serão cumpridos, conforme o que ficou combinado na última reunião do dia 10 de julho".

O Globo, 28/07/2012, Economia, p. 26
 

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