De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Com promessa de reunião, índios liberam engenheiros
28/07/2012
Fonte: OESP, Economia, p. B4
Com promessa de reunião, índios liberam engenheiros
Funcionários da empresa que constrói a Usina de Belo Monte estavam detidos numa aldeia desde segunda-feira
Fátima Lessa
Especial para o Estado
Cuiabá
Os engenheiros da Norte Energia, responsável pela construção e operação da Usina Hidrelétrica Belo Monte, que estavam detidos desde segunda-feira na aldeia Muratu, na Volta Grande do Xingu em Altamira do Pará, foram liberados ontem.
A liderança indígena da terra de Paquiçamba, Giliarde Juruna, disse, por telefone, que a liberação só ocorreu depois que um representante do Ministério Público Federal, em Altamira, garantiu a realização de uma reunião entre líderes indígenas e funcionários da Fundação Nacional do índio (Funai) e da empresa, ainda no dia de ontem.
Representantes do Ministério Público temiam a possibilidade da abertura de inquérito sob a alegação de sequestro. As procuradoras envolvidas no caso ouviram os funcionários detidos na aldeia e eles garantiram que teriam sido bem tratados e em nenhum momento sofreram coação ou constrangimento.
Durante a tarde foi realizada uma reunião de mais de quatro horas para a definição do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). "Conseguimos avançar em algumas questões, mas há outras mais difíceis", admitiu Giliarde Juruna. Um dos itens que a empresa não aceitou definiria o pagamento de indenização caso a Norte Energia não cumpra os prazos.
Em nota, a Norte Energia disse que "repudia esse sequestro porque todos os acordos serão cumpridos". "A população indígena da região de influência da hidrelétrica está sendo atendida por meio de ações pontuais e pelo Projeto Básico Ambiental do componente indígena."
Antes de decidirem deter os funcionários da Norte Energia, as lideranças indígenas enviaram uma carta à presidência da Norte Energia cobrando obras que já deveriam ter sido realizadas. "Não temos posto de saúde, sala de aula, bombas para poços artesanais e outras questões que podem ser resolvidas imediatamente", disse Giliarde.
Reivindicação
GILIARDE JURUNA
LIDERANÇA INDÍGENA DA TERRA DE PAQUIÇAMBA
"Não temos posto de saúde, sala de aula, bombas para poços artesanais e outras questões que podem ser resolvidas imediatamente."
"Conseguimos avançar em algumas questões, mas há outras mais difíceis."
OESP, 28/07/2012, Economia, p. B4
Funcionários da empresa que constrói a Usina de Belo Monte estavam detidos numa aldeia desde segunda-feira
Fátima Lessa
Especial para o Estado
Cuiabá
Os engenheiros da Norte Energia, responsável pela construção e operação da Usina Hidrelétrica Belo Monte, que estavam detidos desde segunda-feira na aldeia Muratu, na Volta Grande do Xingu em Altamira do Pará, foram liberados ontem.
A liderança indígena da terra de Paquiçamba, Giliarde Juruna, disse, por telefone, que a liberação só ocorreu depois que um representante do Ministério Público Federal, em Altamira, garantiu a realização de uma reunião entre líderes indígenas e funcionários da Fundação Nacional do índio (Funai) e da empresa, ainda no dia de ontem.
Representantes do Ministério Público temiam a possibilidade da abertura de inquérito sob a alegação de sequestro. As procuradoras envolvidas no caso ouviram os funcionários detidos na aldeia e eles garantiram que teriam sido bem tratados e em nenhum momento sofreram coação ou constrangimento.
Durante a tarde foi realizada uma reunião de mais de quatro horas para a definição do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). "Conseguimos avançar em algumas questões, mas há outras mais difíceis", admitiu Giliarde Juruna. Um dos itens que a empresa não aceitou definiria o pagamento de indenização caso a Norte Energia não cumpra os prazos.
Em nota, a Norte Energia disse que "repudia esse sequestro porque todos os acordos serão cumpridos". "A população indígena da região de influência da hidrelétrica está sendo atendida por meio de ações pontuais e pelo Projeto Básico Ambiental do componente indígena."
Antes de decidirem deter os funcionários da Norte Energia, as lideranças indígenas enviaram uma carta à presidência da Norte Energia cobrando obras que já deveriam ter sido realizadas. "Não temos posto de saúde, sala de aula, bombas para poços artesanais e outras questões que podem ser resolvidas imediatamente", disse Giliarde.
Reivindicação
GILIARDE JURUNA
LIDERANÇA INDÍGENA DA TERRA DE PAQUIÇAMBA
"Não temos posto de saúde, sala de aula, bombas para poços artesanais e outras questões que podem ser resolvidas imediatamente."
"Conseguimos avançar em algumas questões, mas há outras mais difíceis."
OESP, 28/07/2012, Economia, p. B4
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