De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Índios Cintas-Largas devem ser punidos, diz Mozarildo
07/06/2004
Fonte: Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
O senador Mozarildo Cavalcanti (PPS) defendeu a necessidade de punição aos índios Cintas-Largas que assassinaram 29 garimpeiros na reserva Roosevelt, em Rondônia. Segundo ele os índios devem ser processados e devidamente punidos pela Justiça, caso contrário, o Brasil cairá ainda mais no conceito já baixo que tem no mundo desenvolvido, pelas freqüentes violações dos direitos humanos.
"Digo 'assassinaram' e sei que com isso desagrado certos grupos de militantes da defesa dos índios, que os tomam sempre como inimputáveis", disse durante pronunciamento na tribuna do Senado. "Mas eu pergunto: que defensores são esses, que parecem julgar os índios incapazes de compreensão dos próprios atos, como se fossem débeis mentais ou seres amorais?", indagou.
O senador exibiu em seu pronunciamento elementos de reportagens recentes publicadas em jornais do Centro-Sul e do Norte do país, e opiniões de especialistas, com o objetivo de realçar o que ele chamou de "realidades múltiplas". Neste sentido, defendeu que há índios pobres, vivendo em dificuldades, índios remediados, mas que precisam de maior apoio, índios emancipados e índios envolvidos em delitos de gravidade considerável.
Citando reportagem da Folha de Boa Vista, Mozarildo questionou por que os 19 sem-terra mortos em Eldorado dos Carajás entraram para a História como mártires de uma causa justa, vítimas de um Estado cúmplice de elites arcaicas, enquanto os garimpeiros correm o risco de serem considerados bandidos e invasores de terras.
De acordo com o senador, o próprio Conselho Indigenista Missionário (Cimi) desmistifica a idéia de que todos os índios pertenceriam a duas categorias: ou isolados e com hábitos rudimentares, ou aculturados. O que falta, segundo Mozarildo, é um programa específico de financiamento agrícola para ajudar povos como os caingangues, que moram no oeste de Santa Catarina e plantam e comercializam milho e arroz.
"Enfrentam, porém, uma dificuldade: como suas terras pertencem à União, eles estão fora de qualquer plano de financiamento do Governo para a agricultura, porque não podem oferecer suas terras como garantia", exemplificou. (R.R)
"Digo 'assassinaram' e sei que com isso desagrado certos grupos de militantes da defesa dos índios, que os tomam sempre como inimputáveis", disse durante pronunciamento na tribuna do Senado. "Mas eu pergunto: que defensores são esses, que parecem julgar os índios incapazes de compreensão dos próprios atos, como se fossem débeis mentais ou seres amorais?", indagou.
O senador exibiu em seu pronunciamento elementos de reportagens recentes publicadas em jornais do Centro-Sul e do Norte do país, e opiniões de especialistas, com o objetivo de realçar o que ele chamou de "realidades múltiplas". Neste sentido, defendeu que há índios pobres, vivendo em dificuldades, índios remediados, mas que precisam de maior apoio, índios emancipados e índios envolvidos em delitos de gravidade considerável.
Citando reportagem da Folha de Boa Vista, Mozarildo questionou por que os 19 sem-terra mortos em Eldorado dos Carajás entraram para a História como mártires de uma causa justa, vítimas de um Estado cúmplice de elites arcaicas, enquanto os garimpeiros correm o risco de serem considerados bandidos e invasores de terras.
De acordo com o senador, o próprio Conselho Indigenista Missionário (Cimi) desmistifica a idéia de que todos os índios pertenceriam a duas categorias: ou isolados e com hábitos rudimentares, ou aculturados. O que falta, segundo Mozarildo, é um programa específico de financiamento agrícola para ajudar povos como os caingangues, que moram no oeste de Santa Catarina e plantam e comercializam milho e arroz.
"Enfrentam, porém, uma dificuldade: como suas terras pertencem à União, eles estão fora de qualquer plano de financiamento do Governo para a agricultura, porque não podem oferecer suas terras como garantia", exemplificou. (R.R)
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