De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Nota da Aty Guasu Guarani e Kaiowá contra o genocídio - 25/02/2013
25/02/2013
Autor: Aty Guasu
Fonte: Página da Aty Guasu no Facebook - http://www.facebook.com/aty.guasu
Objetivo desta nota é destacar as causas principais que originaram recentes situações de mísera e fome da maioria do Guarani e Kaiowá do Sul de MS, localizadas tanto nas reservas/aldeias Guarani-Kaiowá quanto nos três dezenas de acampamentos Guarani-Kaiowá em conflito/litígio. Nos últimos dez anos, essa realidade de mísera e desnutrição das crianças Guarani e Kaiowá já foi reiteradamente descrita e divulgada para todas as autoridades constituídas e sociedades gerais do Brasil.
De fato, em decorrência da devastação total da flora e fauna dos territórios Guarani e Kaiowá pelos fazendeiros e, sobretudo a interdição expressa de acesso indígenas às fontes de recursos naturais dos territórios antigos, hoje, a miséria e fome dos Guarani e Kaiowá são visível e bem conhecida tanto pelas autoridades do Brasil quanto pelos cidadãos (as) que nós lideranças da Aty Guasu repetimos, mais uma vez, essa realidade por meio desta nota.
Como já é sabido que, nos últimos 40 anos, ou melhor, marcadamente partir de 1.960, a princípio, nos indígenas Guarani e Kaiowá, perdemos as posses de nossas terras tradicionais, não usufruímos mais os recursos naturais das nossas terras tradicionais, na sequencia, fomos expulsos de nossas terras antigas, ao mesmo tempo, fomos escravizados pelos fazendeiros e encarcerado nas reservas criadas pelo sistema da ditatura militar onde passamos a sofrer as violências variadas, sofrendo miséria, fome e doenças que perdura até os dias de hoje. Assim, é evidente que maior parte dos indígenas Guarani e Kaiowá se encontra em situação de genocídio, suportando as vidas míseras e fome.
Importa lembrar que, até em 1.950, antes de iniciar o processo de expulsões gerais dos Guarani e Kaiowá pelos fazendeiros e encarceramento nas reservas, nós indígenas não passávamos a miséria e nem fome. Visto que nossos territórios antigos tinham todos os recursos. Além disso, os Guarani e Kaiowá produzíamos vários alimentos das suas roças tradicionais. Mas nos últimos vinte anos, desde 1.990, nós Guarani e Kaiowá passamos a miséria e fome, frente à situação relatada, assistimos que para não morrer de fome, sobretudo para garantir a sobrevivência das famílias, mais de 10.000 homens indígenas trabalham de modo explorado e escravizado na usina de álcool e na limpeza de pastagens das fazendas.
Observamos que os Guarani e Kaiowá idosos (as) garantem a sobrevivência de suas famílias e netos (as) por meio de benefício procedente de aposentadoria por idade. Uma pequena parcela da comunidade Guarani e Kaiowá das reservas são assalariados/ funcionários das prefeituras, etc. Essa pequena parte das comunidades indígenas também sobrevivem de um salário mínimo, mas garantem a sobrevivência de suas famílias para não morrer de fome. Como já dito, é visível e conhecido que a maior parte dos integrantes Guarani e Kaiowá tanto das reservas/aldeias como dos territórios reocupados em litígio passam miséria e fome que narrado e divulgado publicamente pelos próprios líderes indígenas.
Reconhecemos também que diante dessa situação mísera e fome dos Guarani e Kaiowá, há mais de 10 anos que tanto o Governo do Estado de MS quanto o Governo Federal bimestralmente fornecem diretamente a cesta básica de alimento à cada família indígena, mas um saco de cesta de alimento não garante definitivamente as vidas mais dignas das famílias indígenas. Nós lideranças Guarani e Kaiowá temos certeza que somente a demarcação e devolução definitiva das partes de seus territórios antigos superarão a miséria e fome indígenas além de garantir as vidas mais dignas da nova geração dos Guarani e Kaiowá, por essa razão justa, nós Guarani e Kaiowá lutamos e lutaremos incansavelmente pela demarcação de nossas terras antigas. Enquanto não houver a demarcação e devolução dos territórios aos indígenas permanecerá a miséria e fome Guarani e Kaiowá. Nesse contexto, tanto o Governo Estadual e Federal (que já fez) como cidadãos (ãs), militantes e apoiadores indígenas se quiser fornecer cesta de alimento, etc, para nós Guarani e Kaiowá vulneráveis, sim podem fornecer ou doar diretamente aos líderes indígenas ou às comunidades Guarani e Kaiowá em miséria. Uma vez que é muito claro enquanto não houver a demarcação definitiva das terras Guarani e Kaiowá haverá a miséria e fome indígenas. Dessa forma, mais uma vez, nós do conselho da Aty Guasu, vimos alertar a todos (as) cidadãos (ãs) do Brasil se quiser ou quando quiser ajudar em alguma coisa provisória aos Guarani e Kaiowá em situação mísera e fome ajudem o doem diretamente às comunidades Guarani e Kaiowá que estão em manifestação pública. A nossa manifestação e luta não ocorreu escondida e é manifestação pública pela justiça e pela demarcação de nossas terras tradicionais. Sabemos muito bem que a cesta de alimento e lona não vai superar e resolver definitivamente as misérias e fome dos milhares de Guarani e Kaiowá. Não há dúvida.
Por fim, mais uma vez, reafirmamos que as lutas árduas centrais das lideranças da Aty Guasu Guarani e Kaiowá foram, são e serão a DEMARCAÇÃO E DEVOLUÇÃO DEFINITIVA DE NOSSOS TERRITÓRIOS TRADICIONAIS REIVINDICADOS.
Atenciosamente,
Tekoha Guasu Guarani e Kaiowá, 25 de fevereiro de 2013
Conselho da Aty Guasu contra genocídio
http://www.facebook.com/aty.guas
De fato, em decorrência da devastação total da flora e fauna dos territórios Guarani e Kaiowá pelos fazendeiros e, sobretudo a interdição expressa de acesso indígenas às fontes de recursos naturais dos territórios antigos, hoje, a miséria e fome dos Guarani e Kaiowá são visível e bem conhecida tanto pelas autoridades do Brasil quanto pelos cidadãos (as) que nós lideranças da Aty Guasu repetimos, mais uma vez, essa realidade por meio desta nota.
Como já é sabido que, nos últimos 40 anos, ou melhor, marcadamente partir de 1.960, a princípio, nos indígenas Guarani e Kaiowá, perdemos as posses de nossas terras tradicionais, não usufruímos mais os recursos naturais das nossas terras tradicionais, na sequencia, fomos expulsos de nossas terras antigas, ao mesmo tempo, fomos escravizados pelos fazendeiros e encarcerado nas reservas criadas pelo sistema da ditatura militar onde passamos a sofrer as violências variadas, sofrendo miséria, fome e doenças que perdura até os dias de hoje. Assim, é evidente que maior parte dos indígenas Guarani e Kaiowá se encontra em situação de genocídio, suportando as vidas míseras e fome.
Importa lembrar que, até em 1.950, antes de iniciar o processo de expulsões gerais dos Guarani e Kaiowá pelos fazendeiros e encarceramento nas reservas, nós indígenas não passávamos a miséria e nem fome. Visto que nossos territórios antigos tinham todos os recursos. Além disso, os Guarani e Kaiowá produzíamos vários alimentos das suas roças tradicionais. Mas nos últimos vinte anos, desde 1.990, nós Guarani e Kaiowá passamos a miséria e fome, frente à situação relatada, assistimos que para não morrer de fome, sobretudo para garantir a sobrevivência das famílias, mais de 10.000 homens indígenas trabalham de modo explorado e escravizado na usina de álcool e na limpeza de pastagens das fazendas.
Observamos que os Guarani e Kaiowá idosos (as) garantem a sobrevivência de suas famílias e netos (as) por meio de benefício procedente de aposentadoria por idade. Uma pequena parcela da comunidade Guarani e Kaiowá das reservas são assalariados/ funcionários das prefeituras, etc. Essa pequena parte das comunidades indígenas também sobrevivem de um salário mínimo, mas garantem a sobrevivência de suas famílias para não morrer de fome. Como já dito, é visível e conhecido que a maior parte dos integrantes Guarani e Kaiowá tanto das reservas/aldeias como dos territórios reocupados em litígio passam miséria e fome que narrado e divulgado publicamente pelos próprios líderes indígenas.
Reconhecemos também que diante dessa situação mísera e fome dos Guarani e Kaiowá, há mais de 10 anos que tanto o Governo do Estado de MS quanto o Governo Federal bimestralmente fornecem diretamente a cesta básica de alimento à cada família indígena, mas um saco de cesta de alimento não garante definitivamente as vidas mais dignas das famílias indígenas. Nós lideranças Guarani e Kaiowá temos certeza que somente a demarcação e devolução definitiva das partes de seus territórios antigos superarão a miséria e fome indígenas além de garantir as vidas mais dignas da nova geração dos Guarani e Kaiowá, por essa razão justa, nós Guarani e Kaiowá lutamos e lutaremos incansavelmente pela demarcação de nossas terras antigas. Enquanto não houver a demarcação e devolução dos territórios aos indígenas permanecerá a miséria e fome Guarani e Kaiowá. Nesse contexto, tanto o Governo Estadual e Federal (que já fez) como cidadãos (ãs), militantes e apoiadores indígenas se quiser fornecer cesta de alimento, etc, para nós Guarani e Kaiowá vulneráveis, sim podem fornecer ou doar diretamente aos líderes indígenas ou às comunidades Guarani e Kaiowá em miséria. Uma vez que é muito claro enquanto não houver a demarcação definitiva das terras Guarani e Kaiowá haverá a miséria e fome indígenas. Dessa forma, mais uma vez, nós do conselho da Aty Guasu, vimos alertar a todos (as) cidadãos (ãs) do Brasil se quiser ou quando quiser ajudar em alguma coisa provisória aos Guarani e Kaiowá em situação mísera e fome ajudem o doem diretamente às comunidades Guarani e Kaiowá que estão em manifestação pública. A nossa manifestação e luta não ocorreu escondida e é manifestação pública pela justiça e pela demarcação de nossas terras tradicionais. Sabemos muito bem que a cesta de alimento e lona não vai superar e resolver definitivamente as misérias e fome dos milhares de Guarani e Kaiowá. Não há dúvida.
Por fim, mais uma vez, reafirmamos que as lutas árduas centrais das lideranças da Aty Guasu Guarani e Kaiowá foram, são e serão a DEMARCAÇÃO E DEVOLUÇÃO DEFINITIVA DE NOSSOS TERRITÓRIOS TRADICIONAIS REIVINDICADOS.
Atenciosamente,
Tekoha Guasu Guarani e Kaiowá, 25 de fevereiro de 2013
Conselho da Aty Guasu contra genocídio
http://www.facebook.com/aty.guas
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