De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Notícias
Gripe, tuberculose e pneumonia atingem xavantes acampados
10/08/2004
Fonte: Rádiobrás-Brasília-DF
O administrador da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Goiânia, Edson Beiriz, alertou nesta segunda-feira sobre o estado de saúde dos cerca de 500 índios xavantes Marãiwatsede acampados há quase um ano na BR-158, em Mato Grosso. Em duas semanas, três crianças morreram e outras 14 foram internadas em hospitais da região.
"Cerca de um terço do grupo tem algum tipo de doença. As mais comuns são gripe, tuberculose, pneumonia e desnutrição", revela Beiriz, que está na região desde sexta-feira. "As crianças e os velhos sofrem mais. Todas as crianças - cerca de 120 - estão gripadas", completou.
Dois médicos e uma enfermeira da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) foram enviados ao acampamento. Mas o excesso de poeira e a falta de água filtrada dificultam o tratamento. Os índios, por sua vez, se recusam a ir para o hospital.
"Esse grupo só está em contato com os brancos há 50 anos. Foram os últimos xavantes descobertos. As mulheres e os mais velhos nem falam português", explica o administrador da Funai. "A única solução é retirá-los daqui".
Os xavantes Marãiwatsede se recusam a sair da BR-158 até que a Justiça derrube as liminares concedidas a fazendeiros e autorize a entrada na reserva indígena, destinada a eles por decreto assinado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Atualmente, a reserva está ocupada por cerca de 400 famílias de posseiros, fazendeiros de soja e madeireiras clandestinas. A equipe da Funai que acompanha o caso, no entanto, afirma que ainda não há indícios de conflito real.
"Cerca de um terço do grupo tem algum tipo de doença. As mais comuns são gripe, tuberculose, pneumonia e desnutrição", revela Beiriz, que está na região desde sexta-feira. "As crianças e os velhos sofrem mais. Todas as crianças - cerca de 120 - estão gripadas", completou.
Dois médicos e uma enfermeira da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) foram enviados ao acampamento. Mas o excesso de poeira e a falta de água filtrada dificultam o tratamento. Os índios, por sua vez, se recusam a ir para o hospital.
"Esse grupo só está em contato com os brancos há 50 anos. Foram os últimos xavantes descobertos. As mulheres e os mais velhos nem falam português", explica o administrador da Funai. "A única solução é retirá-los daqui".
Os xavantes Marãiwatsede se recusam a sair da BR-158 até que a Justiça derrube as liminares concedidas a fazendeiros e autorize a entrada na reserva indígena, destinada a eles por decreto assinado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Atualmente, a reserva está ocupada por cerca de 400 famílias de posseiros, fazendeiros de soja e madeireiras clandestinas. A equipe da Funai que acompanha o caso, no entanto, afirma que ainda não há indícios de conflito real.
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.