De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Notícias
Xavantes constroem aldeia provisória ao retornar à reserva
12/08/2004
Autor: Juliana Cézar
Fonte: Radiobrás-Brasília-DF
Alto da Boa Vista (MT) - Dois dias depois de voltarem à terra de onde foram expulsos há 40 anos, os índios xavantes Marãiwatsede, do Mato Grosso, levantaram uma aldeia provisória com casas de lona, madeira e palha. As mulheres trabalham na construção enquanto os homens fazem a vigilância da área.
O retorno dos xavantes à reserva foi decidido na última terça-feira (10) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Por unanimidade, o tribunal derrubou liminar que autorizava a entrada de fazendeiros na reserva.
A terra indígena Marãiwatsede está situada no município de Alto Boa Vista (MT) e conta com 165 mil hectares. A reserva estava ocupada por cerca de 400 famílias de posseiros, fazendeiros de soja e madeireiras clandestinas. Os índios xavantes estão, desde a década de 60, fora de sua terra original. Nessa época, o governo de Mato Grosso vendeu a área a um grupo de usineiros do interior de São Paulo e a tribo acabou expulsa. Cerca de 500 índios estavam acampados há quase um ano na BR 158, em Mato Grosso, para reivindicar o direito de voltar à terra.
Por enquanto, os índios vão ocupar apenas uma fazenda de três mil hectares. Os xavantes aguardam o ex-gerente da fazenda para negociar a retirada das máquinas e animais. O irmão do cacique, Rufino, pensa em ficar com o gado caso o ex-proprietário das terras não compense a tribo pelo uso da área "Vamos ter que ficar com o gado porque eles não pagam indenização prá gente. Tanto tempo que ficaram aqui, desde 65... Então, nós temos que aproveitar e cobrar deles", disse Rufino.
Uma equipe da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) acompanha os xavantes. Eles cuidam da saúde e da alimentação na aldeia que acaba de ser instalada. O professor da tribo, Leonardo, pensa em iniciar as aulas assim que as casas ficarem prontas. Ele ensina a língua xavante, português e matemática .
O retorno dos xavantes à reserva foi decidido na última terça-feira (10) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Por unanimidade, o tribunal derrubou liminar que autorizava a entrada de fazendeiros na reserva.
A terra indígena Marãiwatsede está situada no município de Alto Boa Vista (MT) e conta com 165 mil hectares. A reserva estava ocupada por cerca de 400 famílias de posseiros, fazendeiros de soja e madeireiras clandestinas. Os índios xavantes estão, desde a década de 60, fora de sua terra original. Nessa época, o governo de Mato Grosso vendeu a área a um grupo de usineiros do interior de São Paulo e a tribo acabou expulsa. Cerca de 500 índios estavam acampados há quase um ano na BR 158, em Mato Grosso, para reivindicar o direito de voltar à terra.
Por enquanto, os índios vão ocupar apenas uma fazenda de três mil hectares. Os xavantes aguardam o ex-gerente da fazenda para negociar a retirada das máquinas e animais. O irmão do cacique, Rufino, pensa em ficar com o gado caso o ex-proprietário das terras não compense a tribo pelo uso da área "Vamos ter que ficar com o gado porque eles não pagam indenização prá gente. Tanto tempo que ficaram aqui, desde 65... Então, nós temos que aproveitar e cobrar deles", disse Rufino.
Uma equipe da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) acompanha os xavantes. Eles cuidam da saúde e da alimentação na aldeia que acaba de ser instalada. O professor da tribo, Leonardo, pensa em iniciar as aulas assim que as casas ficarem prontas. Ele ensina a língua xavante, português e matemática .
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.