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Índios devolvem armas de seguranças de fazendas de MS, diz Funai
24/08/2013
Fonte: G1 - http://g1.globo.com
Assessoria do órgão diz que objetos foram pegos durante ocupação.
Também foram entregues à fundação duas motos.
Índios kadiwéu entregaram para a Fundação Nacional do Índio, nessa sexta-feira (25), quatro armas retiradas dos guardas de duas fazendas no Pantanal de Mato Grosso do Sul, em uma região conhecida como Nabileque, durante ocupação na quarta-feira (21). A informação é da assessoria de imprensa do órgão. A empresa Gaspen, responsável pela segurança da propriedade, diz que apenas uma das armas pertence aos funcionários.
Segundo a Funai, foram devolvidos dois revólveres calibre 34, uma pistola e uma espingarda calibre 12. Também foram entregues duas motos que pertenciam à Gaspen.
A Funai diz que os índios assinaram termo de entrega e agora cabe à Polícia Federal (PF) buscar o material no posto do órgão. Conforme a assessoria da fundação, quando os kadiwéu chegaram nas fazendas, os seguranças atiraram para cima e houve confusão.
Os indígenas afirmam que tomaram as armas. Os trabalhadores então fugiram e abandonaram as motos na estrada. Eles alegam que encontraram os veículos e os entregaram à Funai.
Informações desencontradas
Conforme a Gaspen, os seguranças não são autorizados a trabalhar com as armas que aparecem na foto, exceto o revólver calibre 38, que realmente pertencia a um dos seguranças que estavam na propriedade no momento da ocupação.
A companhia afirma que os funcionários foram rendidos pelos kadiwéu e obrigados a segurar a espingarda para que os indígenas tirassem fotos. Os seguranças teriam sido agredidos. De acordo com a empresa, os guardas têm marcas de coronhadas na cabeça.
Com relação às motos, a empresa também nega que os funcionários as tenham abandonado na estrada e afirma que elas foram tomadas pelos kadiwéu, assim como o colete à prova de balas que aparece na imagem.
O G1 entrou em contato com a Funai para falar sobre a versão apresentada pela companhia. A assessoria do órgão nega que os seguranças tenham sido agredidos. Os índios, de acordo com a fundação, apenas imobilizaram os guardas, que estavam armados e ofereciam risco ao grupo.
De acordo com a entidade, os índios não estavam armados no momento em que entraram na fazenda e recolheram as armas como prova da situação.
Ocupação
A Funai afirma que os kadiwéu reivindicam a posse de uma área homologada como terra indígena desde 1984. Pelo menos 120 índios estão no local. As propriedades alcançam parte dos municípios de Porto Murtinho e Corumbá, a maior parte está na primeira cidade, segundo o órgão.
Ainda segundo a Funai, em 1987, proprietários rurais entraram com ação no STF para discutir os limites da terra indígena e, em 2012, o Supremo declinou a competência para julgamento à justiça federal de Mato Grosso do Sul.
O advogado dos fazendeiros da região, Carlos Fernando Souza, rebateu a informação da Funai e disse nessa sexta-feira ao G1 que a área reivindicada como indígena fica no município de Porto Murtinho e as propriedades ocupadas pelos kadiwéu ficam em Corumbá.
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2013/08/indios-devolvem-armas-de-segurancas-de-fazendas-de-ms-diz-funai.html
Também foram entregues à fundação duas motos.
Índios kadiwéu entregaram para a Fundação Nacional do Índio, nessa sexta-feira (25), quatro armas retiradas dos guardas de duas fazendas no Pantanal de Mato Grosso do Sul, em uma região conhecida como Nabileque, durante ocupação na quarta-feira (21). A informação é da assessoria de imprensa do órgão. A empresa Gaspen, responsável pela segurança da propriedade, diz que apenas uma das armas pertence aos funcionários.
Segundo a Funai, foram devolvidos dois revólveres calibre 34, uma pistola e uma espingarda calibre 12. Também foram entregues duas motos que pertenciam à Gaspen.
A Funai diz que os índios assinaram termo de entrega e agora cabe à Polícia Federal (PF) buscar o material no posto do órgão. Conforme a assessoria da fundação, quando os kadiwéu chegaram nas fazendas, os seguranças atiraram para cima e houve confusão.
Os indígenas afirmam que tomaram as armas. Os trabalhadores então fugiram e abandonaram as motos na estrada. Eles alegam que encontraram os veículos e os entregaram à Funai.
Informações desencontradas
Conforme a Gaspen, os seguranças não são autorizados a trabalhar com as armas que aparecem na foto, exceto o revólver calibre 38, que realmente pertencia a um dos seguranças que estavam na propriedade no momento da ocupação.
A companhia afirma que os funcionários foram rendidos pelos kadiwéu e obrigados a segurar a espingarda para que os indígenas tirassem fotos. Os seguranças teriam sido agredidos. De acordo com a empresa, os guardas têm marcas de coronhadas na cabeça.
Com relação às motos, a empresa também nega que os funcionários as tenham abandonado na estrada e afirma que elas foram tomadas pelos kadiwéu, assim como o colete à prova de balas que aparece na imagem.
O G1 entrou em contato com a Funai para falar sobre a versão apresentada pela companhia. A assessoria do órgão nega que os seguranças tenham sido agredidos. Os índios, de acordo com a fundação, apenas imobilizaram os guardas, que estavam armados e ofereciam risco ao grupo.
De acordo com a entidade, os índios não estavam armados no momento em que entraram na fazenda e recolheram as armas como prova da situação.
Ocupação
A Funai afirma que os kadiwéu reivindicam a posse de uma área homologada como terra indígena desde 1984. Pelo menos 120 índios estão no local. As propriedades alcançam parte dos municípios de Porto Murtinho e Corumbá, a maior parte está na primeira cidade, segundo o órgão.
Ainda segundo a Funai, em 1987, proprietários rurais entraram com ação no STF para discutir os limites da terra indígena e, em 2012, o Supremo declinou a competência para julgamento à justiça federal de Mato Grosso do Sul.
O advogado dos fazendeiros da região, Carlos Fernando Souza, rebateu a informação da Funai e disse nessa sexta-feira ao G1 que a área reivindicada como indígena fica no município de Porto Murtinho e as propriedades ocupadas pelos kadiwéu ficam em Corumbá.
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2013/08/indios-devolvem-armas-de-segurancas-de-fazendas-de-ms-diz-funai.html
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