De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

Notícias

Índios dão prazo para governo legalizar garimpo em Rondônia

30/08/2004

Fonte: Folha de S. Paulo-São Paulo-SP



Os índios cintas-largas deram nesta segunda-feira (30) prazo de 15 dias para o governo federal legalizar o garimpo de diamantes na terra indígena Roosevelt em Espigão d'Oeste (534 km de Porto Velho), no Estado de Rondônia.

O garimpo está fechado desde abril passado, quando 29 garimpeiros foram mortos por índios após invadirem a terra indígena em busca de diamantes. Segundo o gerente do garimpo, Pandere Cinta-Larga, 30, "se o governo não resolver", os índios vão reativar a extração de diamantes.

Desde 2000 o garimpo funciona na área indígena. A Funai - Fundação Nacional do Índio informou, em relatório de 2002, que saia da aldeia US$ 50 milhões por mês em diamantes contrabandeados para o exterior.

Em janeiro de 2003, a Polícia Federal retirou 5.000 garimpeiros da área indígena. Oito meses depois, os índios reativaram a mineração por conta própria.

"Se a gente vir que não vai sair (a legalização do garimpo), nós não vamos ter saída. O governo não tem verbas para manter as aldeias e as comunidades. Vamos trabalhar (na extração de diamantes) para sustentar a aldeia", afirmou Pandere.

A atividade de garimpo na terra indígena é ilegal porque a Constituição Federal determina que a mineração depende de lei a ser aprovada no Congresso Nacional.

Existe a interpretação no governo de que a aprovação da lei é exigida apenas no caso da mineração ser feita por "brancos". Como somente índios trabalhariam no garimpo, a legalização poderia ser feita sem aval do Congresso.

O vice-presidente da Funai, Roberto Lustosa, disse que foge da competência do órgão a legalização do garimpo
 

As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.