De Povos Indígenas no Brasil
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Índia de 18 anos alcoolizada comete suicídio
11/02/2005
Autor: Vilson Nascimento
Fonte: Douradosagora-Dourados-MS
"Não sei onde ela conseguiu bebida alcoólica", lamenta a mãe da vítima. Fotos: Vilson Nascimento
O consumo de bebida alcoólica por parte de indígenas causou mais uma vítima fatal no início dessa semana em Amambai, região sul do Estado, quando uma indígena de apenas 18 anos, embriagada, segundo a própria mãe da vítima, veio a tirar a própria vida.
Roseli Marques de 18 anos, residente na Aldeia Amambai em Amambai, uma das aldeias mais populosas de região se suicidou na manhã de segunda-feira, 7, na aldeia onde residia.
Segundo a mãe da vítima, Sandra Vasques de 38 anos, sua filha, que residia sozinha em um barraco próximo a sua residência, teria passado na casa da mãe por volta das 8h30 de segunda-feira e se dirigido para sua residência. O corpo da indígena foi encontrado pela própria mãe por volta das 9h da manhã. Roseli utilizou um pedaço de corda de náilon amarrada na cabeceira de sua própria cama para se suicidar. De acordo com a genitora da silvícola, Roseli teria passado a noite fora de casa e ao passar por sua residência momentos antes de cometer o suicidar, apresentava visíveis sintomas de embriagues.
Casos Comuns
A maior parte dos casos de suicídios de indígenas, não só na Aldeia Amambai, mas também em outras aldeias da região estão relacionados ao consumo de bebida alcoólica, segundo a própria FUNAI (Fundação Nacional do Índio) e a FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), que presta assistência às comunidades indígenas.
O capitão da Aldeia Amambai, o indígena José Bino o "Zé Bino" como é mais conhecido também atesta a tese que a maior parte dos suicídios cometidos por indígenas que acontecem na aldeia, a maior parte de jovens adolescentes, são cometidos após a vítima ter consumido bebida alcoólica. "Temos lutado para impedir a entrada de bebida alcoólica na comunidade, mas é uma luta quase impossível. Eu mesmo sei de três lugares dentro da própria aldeia onde são vendidas bebidas alcoólica abertamente", disse o capitão ao reclamar do descaso das autoridades federais, estaduais e municipais que para ele, não fazem o menor esforço para solucionar o problema, já que não exercem nenhuma ação para punir comerciantes que vendem bebidas ao índio. "Sabemos de vários estabelecimentos comerciais na cidade que vendem bebidas para índios, mas ninguém toma nenhuma providência", reclamou o líder comunitário.
Lei Branda
Apesar da existência de uma lei que proíbe, a venda de bebida alcoólica para indígenas, não só em Amambai, mas também em toda a região é praticada normalmente por parte de comerciantes, já que tem a certeza de impunidade. Em Amambai alguns comerciantes já chagaram a serem presos em flagrante por vender bebida alcoólica a indígenas, mas por conta de uma legislação branda em relação a questão, acabaram pagando multas, liberados e voltaram a suas atividades normais, inclusive voltando a vender bebida alcoólica a silvícolas.
O consumo de bebida alcoólica por parte de indígenas causou mais uma vítima fatal no início dessa semana em Amambai, região sul do Estado, quando uma indígena de apenas 18 anos, embriagada, segundo a própria mãe da vítima, veio a tirar a própria vida.
Roseli Marques de 18 anos, residente na Aldeia Amambai em Amambai, uma das aldeias mais populosas de região se suicidou na manhã de segunda-feira, 7, na aldeia onde residia.
Segundo a mãe da vítima, Sandra Vasques de 38 anos, sua filha, que residia sozinha em um barraco próximo a sua residência, teria passado na casa da mãe por volta das 8h30 de segunda-feira e se dirigido para sua residência. O corpo da indígena foi encontrado pela própria mãe por volta das 9h da manhã. Roseli utilizou um pedaço de corda de náilon amarrada na cabeceira de sua própria cama para se suicidar. De acordo com a genitora da silvícola, Roseli teria passado a noite fora de casa e ao passar por sua residência momentos antes de cometer o suicidar, apresentava visíveis sintomas de embriagues.
Casos Comuns
A maior parte dos casos de suicídios de indígenas, não só na Aldeia Amambai, mas também em outras aldeias da região estão relacionados ao consumo de bebida alcoólica, segundo a própria FUNAI (Fundação Nacional do Índio) e a FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), que presta assistência às comunidades indígenas.
O capitão da Aldeia Amambai, o indígena José Bino o "Zé Bino" como é mais conhecido também atesta a tese que a maior parte dos suicídios cometidos por indígenas que acontecem na aldeia, a maior parte de jovens adolescentes, são cometidos após a vítima ter consumido bebida alcoólica. "Temos lutado para impedir a entrada de bebida alcoólica na comunidade, mas é uma luta quase impossível. Eu mesmo sei de três lugares dentro da própria aldeia onde são vendidas bebidas alcoólica abertamente", disse o capitão ao reclamar do descaso das autoridades federais, estaduais e municipais que para ele, não fazem o menor esforço para solucionar o problema, já que não exercem nenhuma ação para punir comerciantes que vendem bebidas ao índio. "Sabemos de vários estabelecimentos comerciais na cidade que vendem bebidas para índios, mas ninguém toma nenhuma providência", reclamou o líder comunitário.
Lei Branda
Apesar da existência de uma lei que proíbe, a venda de bebida alcoólica para indígenas, não só em Amambai, mas também em toda a região é praticada normalmente por parte de comerciantes, já que tem a certeza de impunidade. Em Amambai alguns comerciantes já chagaram a serem presos em flagrante por vender bebida alcoólica a indígenas, mas por conta de uma legislação branda em relação a questão, acabaram pagando multas, liberados e voltaram a suas atividades normais, inclusive voltando a vender bebida alcoólica a silvícolas.
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