De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Defesa Civil se reúne com índios de José Boiteux para tentar desocupar a Barragem Norte, no Alto Vale do Itajaí
28/06/2015
Fonte: Jornal de Santa Catarina - www.jornaldesantacatarina.clicrbs.com.br
Caciques permitiram a entrada de técnicos que farão estudos geográficos, mas ainda não autorizaram a manutenção dos equipamentos de contenção de cheias
A Defesa Civil de Santa Catarina se reuniu em José Boiteux, no Alto Vale do Itajaí, com representantes da comunidade indígena que ocupa a Barragem Norte desde junho de 2014 com o objetivo de buscar uma solução para o impasse. Desde que a área foi tomada os índios impedem a entrada de funcionários do Estado, o que impossibilitou a operação e manutenção dos equipamentos da barragem.
Diante deste cenário, o governador Raimundo Colombo autorizou a Defesa Civil a mediar uma solução para o problema, levando em conta as reivindicações da comunidade indígena Laklãno-Xokleng. A reunião ocorreu nesta sexta-feira e também teve a participação de representantes do Ministério Público Federal (MPF), Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria de Desenvolvimento Regional e Secretaria do Patrimônio da União.
Na reunião, caciques das sete aldeias que compõem a reserva indígena na região reafirmaram que as quase cem famílias acampadas na área vão permanecer no local até que as ações comecem a ser efetivadas. Eles reivindicam casas, reforma da escola, demarcação da área da reserva, melhorias nas estradas de acesso à comunidade e construção de uma ponte. Um dos líderes, Brasílio Priprá, pediu que as propostas do Estado e da União sejam documentadas.
- Politicamente, nós temos que sentar com prefeitura, Estado, Defesa Civil e Presidência da República para tratar desses assuntos - afirmou.
Priprá destacou ainda que hoje a reserva indígena é canal de passagem de moradores das aldeias e de municípios vizinhos, como Vitor Meireles.
O secretário de Estado da Defesa Civil, Milton Hobus, afirmou que haverá uma reunião em Brasília para encontrar uma solução às necessidades da comunidade.
- Existe a boa vontade do governo de Santa Catarina de resolver essas pendências. Em Florianópolis, com os caciques e Funai, pautamos algumas questões, como a escola, que já está com recursos assegurados - garantiu.
Hobus destacou que é necessária uma obra de drenagem por causa do terreno e até mesmo o ginásio poderá sofrer reformas por causa de infiltração. No entanto, engenheiros e líderes das aldeias vão discutir o assunto.
> > > Vídeo: Entenda por que os índios ocupam a barragem
Acesso à barragem
Durante a reunião, o secretário de Defesa Civil pediu que os índios permitam a entrada dos técnicos para fazer o trabalho que envolve o levantamento da área de segurança, com sondagem, topografia e batimetria (avaliação do relevo abaixo da água).
- Analisando os mapas não conseguimos definir a jusante da barragem, a delimitação da área de segurança. Precisamos ter acesso à estrutura para finalizar o projeto do canal extravasor previsto - explica.
A empresa que fará o levantamento já foi licitada e contratada e receberá R$ 400 mil pelo trabalho, mas os técnicos precisam ter acesso ao local para realizar o trabalho de campo. Hobus ainda informou à comunidade que esteve em Brasília para tratar da situação e definir as responsabilidades das ações, ou seja, o que o Estado vai fornecer e o que a União se compromete em fazer:
- Eu cobrei do governo federal que precisamos fazer um estudo das áreas de risco e determinar, além de responsabilidades, os prazos de quando começa e quando termina (o trabalho).
Depois de muita conversa, os índios concordaram em liberar o acesso aos técnicos para os trabalhos de levantamento. Quanto à manutenção e operação da barragem, os caciques só devem permitir após o encontro em Brasília, previsto para ocorrer em 10 dias. O cacique presidente Setembrino Volém Camblé garantiu que vai dar apoio aos técnicos:
- Nesse primeiro momento queremos a remoção para áreas seguras e indenizações. O caminho é negociar em Brasília com os governos federal e estadual.
A Procuradora da República Lucyane Pepe afirmou que o MPF vai acompanhar a tramitação das discussões e que reconhece a importância dos pedidos dos moradores.
- As reivindicações são legítimas e cabe ao Estado e a União tirar essas famílias da área de risco e voltar a operar a barragem, que é tão importante para segurança da região - declarou.
http://jornaldesantacatarina.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2015/06/defesa-civil-se-reune-com-indios-de-jose-boiteux-para-tentar-desocupar-a-barragem-norte-no-alto-vale-do-itajai-4790760.html
A Defesa Civil de Santa Catarina se reuniu em José Boiteux, no Alto Vale do Itajaí, com representantes da comunidade indígena que ocupa a Barragem Norte desde junho de 2014 com o objetivo de buscar uma solução para o impasse. Desde que a área foi tomada os índios impedem a entrada de funcionários do Estado, o que impossibilitou a operação e manutenção dos equipamentos da barragem.
Diante deste cenário, o governador Raimundo Colombo autorizou a Defesa Civil a mediar uma solução para o problema, levando em conta as reivindicações da comunidade indígena Laklãno-Xokleng. A reunião ocorreu nesta sexta-feira e também teve a participação de representantes do Ministério Público Federal (MPF), Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria de Desenvolvimento Regional e Secretaria do Patrimônio da União.
Na reunião, caciques das sete aldeias que compõem a reserva indígena na região reafirmaram que as quase cem famílias acampadas na área vão permanecer no local até que as ações comecem a ser efetivadas. Eles reivindicam casas, reforma da escola, demarcação da área da reserva, melhorias nas estradas de acesso à comunidade e construção de uma ponte. Um dos líderes, Brasílio Priprá, pediu que as propostas do Estado e da União sejam documentadas.
- Politicamente, nós temos que sentar com prefeitura, Estado, Defesa Civil e Presidência da República para tratar desses assuntos - afirmou.
Priprá destacou ainda que hoje a reserva indígena é canal de passagem de moradores das aldeias e de municípios vizinhos, como Vitor Meireles.
O secretário de Estado da Defesa Civil, Milton Hobus, afirmou que haverá uma reunião em Brasília para encontrar uma solução às necessidades da comunidade.
- Existe a boa vontade do governo de Santa Catarina de resolver essas pendências. Em Florianópolis, com os caciques e Funai, pautamos algumas questões, como a escola, que já está com recursos assegurados - garantiu.
Hobus destacou que é necessária uma obra de drenagem por causa do terreno e até mesmo o ginásio poderá sofrer reformas por causa de infiltração. No entanto, engenheiros e líderes das aldeias vão discutir o assunto.
> > > Vídeo: Entenda por que os índios ocupam a barragem
Acesso à barragem
Durante a reunião, o secretário de Defesa Civil pediu que os índios permitam a entrada dos técnicos para fazer o trabalho que envolve o levantamento da área de segurança, com sondagem, topografia e batimetria (avaliação do relevo abaixo da água).
- Analisando os mapas não conseguimos definir a jusante da barragem, a delimitação da área de segurança. Precisamos ter acesso à estrutura para finalizar o projeto do canal extravasor previsto - explica.
A empresa que fará o levantamento já foi licitada e contratada e receberá R$ 400 mil pelo trabalho, mas os técnicos precisam ter acesso ao local para realizar o trabalho de campo. Hobus ainda informou à comunidade que esteve em Brasília para tratar da situação e definir as responsabilidades das ações, ou seja, o que o Estado vai fornecer e o que a União se compromete em fazer:
- Eu cobrei do governo federal que precisamos fazer um estudo das áreas de risco e determinar, além de responsabilidades, os prazos de quando começa e quando termina (o trabalho).
Depois de muita conversa, os índios concordaram em liberar o acesso aos técnicos para os trabalhos de levantamento. Quanto à manutenção e operação da barragem, os caciques só devem permitir após o encontro em Brasília, previsto para ocorrer em 10 dias. O cacique presidente Setembrino Volém Camblé garantiu que vai dar apoio aos técnicos:
- Nesse primeiro momento queremos a remoção para áreas seguras e indenizações. O caminho é negociar em Brasília com os governos federal e estadual.
A Procuradora da República Lucyane Pepe afirmou que o MPF vai acompanhar a tramitação das discussões e que reconhece a importância dos pedidos dos moradores.
- As reivindicações são legítimas e cabe ao Estado e a União tirar essas famílias da área de risco e voltar a operar a barragem, que é tão importante para segurança da região - declarou.
http://jornaldesantacatarina.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2015/06/defesa-civil-se-reune-com-indios-de-jose-boiteux-para-tentar-desocupar-a-barragem-norte-no-alto-vale-do-itajai-4790760.html
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