De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias

Fórum pede ao STJ libertação de líder truká

13/07/2005

Fonte: Radiobrás-Brasília-DF



O Fórum em Defesa dos Direitos Indígenas, formado por entidades da sociedade civil, enviou hoje ao presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Edson Vidigal, carta em que pede a libertação de Aurivan dos Santos Barros, o Neguinho Truká, preso desde segunda-feira (11).

"O mandado de prisão que levou à prisão de Neguinho é fruto de processos que o acusam por furto de duas cabeças de gado para alimentar a comunidade truká durante a retomada de suas terras e formação de quadrilhas, sendo que as duas cabeças de gado foram na época devolvidas pela comunidade ao fazendeiro. Assim, consideramos que a prisão deste líder neste momento insere-se num processo de criminalização de lideranças indígenas que afeta grande parte dos movimentos sociais do país", defende o documento.

Liderança de projeção nacional por sua atuação no movimento indígena, Neguinho mobilizou seu povo na luta pelo direito à terra e, posteriormente, na reação contra o narcotráfico e na consolidação de seu povo como um dos maiores produtores de arroz do país.

O documento do Fórum afirma ainda que "os processos são a reação das elites locais às retomadas de terras que os Truká realizaram a partir dos anos 90 e através das quais puderam voltar a usufruir seu território tradicional - do qual haviam sido expulsos".

A prisão, prossegue o documento, ocorre no momento em que "este povo recupera-se do choque que foi o assassinato de uma de suas lideranças - e de seu filho de 17 anos - na frente de mais de 500 pessoas da comunidade".

A carta é assinada por 11 entidades: Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Associação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), Conselho Indígena de Roraima (CIR), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Instituto Socioambiental (ISA), Frente Parlamentar Indígena, Centro de Trabalho Indigenista (CTI), Comissão Pró-Yanomami (CCPY), Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e Associação Brasileira de Antropologia (ABA).
 

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