De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Notícias
Povo Matsés realiza reunião binacional entre indígenas do Brasil e Peru
12/04/2016
Fonte: Funai- http://www.funai.gov.br
As lideranças do povo Matsés do Brasil e Peru estiveram reunidas, de 5 a 7 de abril, no VI Encontro Binacional, realizado na Aldeia Trinta e Um, Terra Indígena Vale do Javari, estado do Amazonas. Na ocasião, elas afirmaram não aceitar qualquer atividade petroleira dentro das áreas que habitam e querem apoio contínuo da Funai e do Exército Brasileiro para a vigilância e o monitoramento da região.
Essa posição é mesma de 2009, quando, no I Encontro Binacional, os Matsés decidiram não aceitar as pesquisas de hidrocarbonetos na bacia do rio Jaquirana devido aos danos causado ao meio ambiente e ao seu bem estar e, sobretudo, pelos riscos aos povos isolados, presentes em ambos os lados da fronteira. As lideranças reclamam das empresas do setor petroleiro por não realizarem o processo de consulta de forma adequada, como está prevista na Convenção 169 da OIT.
O Cacique da Aldeia Igarapé Lobo Waki Mayoruna está preocupado com a poluição dos rios: "nós usamos a agua dos rios, nós não compramos água. Aqui viveram nossos pais queremos que nos respeitem. O que acontece do lado do Peru também afeta aqui no Brasil", desabafou.
Wilder Matsés do Peru questionou a aprovação de leis que prejudicam as terras indígenas com a exploração de petróleo e pediu ajuda para a saúde: "nós somos irmãos, temos muitos casos de malária, não temos tratamento". Ele agradeceu o interesse do presidente da Funai ao vir na terra dos Matsés para ajudá-los.
Um dos pontos em destaque no documento final do VI Encontro refere-se ao cancelamento de contratos de prospecção sísmica aos Lotes 135 e 137 do território Matsés, que ameaçam a integridade dos índios isolados. Os indígenas pedem a intermediação da Funai para dialogar com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil e para repassar aos órgãos de Estado do Peru a posição do povo Matsés.
Outra solicitação à Funai é o repasse das informações que dispõem sobre a presença de indígenas isolados na bacia do rio Jaquirana ao "Viceministerio de Interculturalidade" e ao "Servicio Nacional de Areas Naturales Protegidas" do país vizinho, o Peru, para a proteção desses povos.
O documento contesta também as atividades petroleiras no entorno da Terra Indígena Vale do Javari pela Agência Nacional do Petróleo, sem informar e consultar os povos indígenas. Relata a situação da saúde com os casos de malária, hepatite e filariose, tuberculose e outras doenças que ainda provocam mortes na população.
Caciques das aldeias Mayoruna do Brasil e chefes das aldeias do Peru finalizaram o documento propondo a realização de uma reunião mediada pela Funai entre representantes dos Estados Brasileiro e Peruano, Ministérios de Relações Exteriores e representantes do povo Matsés, para atender as demandas pautadas no documento final do IV Encontro Binacional Matsés.
Vale destacar a discussão intensa nos três dias do encontro com a participação das mulheres e jovens Matsés do Brasil e Peru. A liderança feminina Fátima Mayoruna disse que ao órgão indigenista não pode acabar, pois desde pequena sabe que a Funai é quem protege. Ficou evidente em várias falas dos jovens a preocupação com os índios isolados, que não sabem o que está acontecendo e os riscos à sua sobrevivência e aproveitaram a ocasião para manifestar a satisfação por receber, pela primeira vez, a visita de um presidente do órgão indigenista.
Participaram do encontro o presidente da Funai, João Pedro, além de representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE), das Universidades Federal e Estadual do Amazonas, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e do Centro de Trabalho Indigenista (CTI).
http://www.funai.gov.br/index.php/comunicacao/noticias/3698-povo-matses-realiza-reuniao-binacional-entre-indigenas-do-brasil-e-peru
Essa posição é mesma de 2009, quando, no I Encontro Binacional, os Matsés decidiram não aceitar as pesquisas de hidrocarbonetos na bacia do rio Jaquirana devido aos danos causado ao meio ambiente e ao seu bem estar e, sobretudo, pelos riscos aos povos isolados, presentes em ambos os lados da fronteira. As lideranças reclamam das empresas do setor petroleiro por não realizarem o processo de consulta de forma adequada, como está prevista na Convenção 169 da OIT.
O Cacique da Aldeia Igarapé Lobo Waki Mayoruna está preocupado com a poluição dos rios: "nós usamos a agua dos rios, nós não compramos água. Aqui viveram nossos pais queremos que nos respeitem. O que acontece do lado do Peru também afeta aqui no Brasil", desabafou.
Wilder Matsés do Peru questionou a aprovação de leis que prejudicam as terras indígenas com a exploração de petróleo e pediu ajuda para a saúde: "nós somos irmãos, temos muitos casos de malária, não temos tratamento". Ele agradeceu o interesse do presidente da Funai ao vir na terra dos Matsés para ajudá-los.
Um dos pontos em destaque no documento final do VI Encontro refere-se ao cancelamento de contratos de prospecção sísmica aos Lotes 135 e 137 do território Matsés, que ameaçam a integridade dos índios isolados. Os indígenas pedem a intermediação da Funai para dialogar com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil e para repassar aos órgãos de Estado do Peru a posição do povo Matsés.
Outra solicitação à Funai é o repasse das informações que dispõem sobre a presença de indígenas isolados na bacia do rio Jaquirana ao "Viceministerio de Interculturalidade" e ao "Servicio Nacional de Areas Naturales Protegidas" do país vizinho, o Peru, para a proteção desses povos.
O documento contesta também as atividades petroleiras no entorno da Terra Indígena Vale do Javari pela Agência Nacional do Petróleo, sem informar e consultar os povos indígenas. Relata a situação da saúde com os casos de malária, hepatite e filariose, tuberculose e outras doenças que ainda provocam mortes na população.
Caciques das aldeias Mayoruna do Brasil e chefes das aldeias do Peru finalizaram o documento propondo a realização de uma reunião mediada pela Funai entre representantes dos Estados Brasileiro e Peruano, Ministérios de Relações Exteriores e representantes do povo Matsés, para atender as demandas pautadas no documento final do IV Encontro Binacional Matsés.
Vale destacar a discussão intensa nos três dias do encontro com a participação das mulheres e jovens Matsés do Brasil e Peru. A liderança feminina Fátima Mayoruna disse que ao órgão indigenista não pode acabar, pois desde pequena sabe que a Funai é quem protege. Ficou evidente em várias falas dos jovens a preocupação com os índios isolados, que não sabem o que está acontecendo e os riscos à sua sobrevivência e aproveitaram a ocasião para manifestar a satisfação por receber, pela primeira vez, a visita de um presidente do órgão indigenista.
Participaram do encontro o presidente da Funai, João Pedro, além de representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE), das Universidades Federal e Estadual do Amazonas, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e do Centro de Trabalho Indigenista (CTI).
http://www.funai.gov.br/index.php/comunicacao/noticias/3698-povo-matses-realiza-reuniao-binacional-entre-indigenas-do-brasil-e-peru
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.