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Índios vão para casa de parentes após reintegração de posse, diz Funai
26/10/2016
Autor: Dyego Queiroz
Fonte: G1- http://g1.globo.com
Parte das 30 famílias indígenas guarani kaiowá e terena, retiradas pela Polícia Federal de uma área em Dourados, no sul de Mato Grosso do Sul, na terça-feira (25), após determinação da Justiça Federal para reintegração de posse, estão morando com parentes, na reserva indígena da cidade, de acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai).
A preocupação da Funai agora é com aqueles índios que ainda não conseguiram abrigo. A fundação informou que, de imediato, vai providenciar cestas de alimentos e lonas para quem não arranjou um lugar para morar, mesmo que temporariamente.
Segundo a Funai, a Secretaria do Patrimônio da União foi consultada a fim de verificar se o órgão tem algum imóvel para abrigar pelo menos parte das famílias. Secretarias sociais também foram procuradas para ajudar nas demandas mais urgentes.
Reintegração
Há 7 meses os índios ocupavam uma área em Dourados, às margens do anel rodoviário, que contorna a cidade, perto da aldeia indígena e pertencente a sitiantes. No local viviam aproximadamente 30 famílias.
A Justiça Federal decidiu pela reintegração por entender que não existe processo de demarcação ou expansão da reserva e que a área está fora dos limites da propriedade indígena. Outros cinco sítios continuam ocupados por indígenas no município.
O advogado dos sitiantes, João Waimer Moreira Filho, acredita que a Justiça pode determinar a reintegração de posse dessas outras propriedades ainda este ano. "Essas pessoas não tem condições de contratar um segurança particular. Não tem condições de fazerem rondas, vigílias, não são grandes agricultores, como acontece nas outras invasões do nosso estado" afirma o advogado.
Demarcação
Na década de 60, a Funai fez um estudo e identificou que faltavam 61 hectares da reserva indígena. Já há três anos, um outro estudo, também da Funai, feito com equipamentos mais sofisticados, apontou 85 hectares a menos.
Desde então, os indígenas reclamam esse pedaço de terra que está faltando. "Eu falei pra eles não ficar apontando arma, né? Porque todo mundo fica com medo, nós vamos fazer o que? Pra onde essas crianças vai, essas mulheres?", explica uma indígena.
Perigo
Alguns sitiantes e representantes da Funai acompanharam o trabalho da Polícia Federal. Os indígenas não se recusaram a sair do local, mas em forma de protesto, atearam fogo no que sobrou das moradias que foram destruídas por tratores.
O Corpo de Bombeiros foi chamado para controlar o incêndio às margens da rodovia. A fumaça tomou conta da pista e atrapalhou a visibilidade dos motoristas que passavam pelo local. Por muito pouco, um bombeiro não foi atropelado por uma caminhonete. O motorista conseguiu desviar a tempo de evitar a batida.
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2016/10/indios-vao-para-casa-de-parentes-apos-reintegracao-de-posse-diz-funai.html
A preocupação da Funai agora é com aqueles índios que ainda não conseguiram abrigo. A fundação informou que, de imediato, vai providenciar cestas de alimentos e lonas para quem não arranjou um lugar para morar, mesmo que temporariamente.
Segundo a Funai, a Secretaria do Patrimônio da União foi consultada a fim de verificar se o órgão tem algum imóvel para abrigar pelo menos parte das famílias. Secretarias sociais também foram procuradas para ajudar nas demandas mais urgentes.
Reintegração
Há 7 meses os índios ocupavam uma área em Dourados, às margens do anel rodoviário, que contorna a cidade, perto da aldeia indígena e pertencente a sitiantes. No local viviam aproximadamente 30 famílias.
A Justiça Federal decidiu pela reintegração por entender que não existe processo de demarcação ou expansão da reserva e que a área está fora dos limites da propriedade indígena. Outros cinco sítios continuam ocupados por indígenas no município.
O advogado dos sitiantes, João Waimer Moreira Filho, acredita que a Justiça pode determinar a reintegração de posse dessas outras propriedades ainda este ano. "Essas pessoas não tem condições de contratar um segurança particular. Não tem condições de fazerem rondas, vigílias, não são grandes agricultores, como acontece nas outras invasões do nosso estado" afirma o advogado.
Demarcação
Na década de 60, a Funai fez um estudo e identificou que faltavam 61 hectares da reserva indígena. Já há três anos, um outro estudo, também da Funai, feito com equipamentos mais sofisticados, apontou 85 hectares a menos.
Desde então, os indígenas reclamam esse pedaço de terra que está faltando. "Eu falei pra eles não ficar apontando arma, né? Porque todo mundo fica com medo, nós vamos fazer o que? Pra onde essas crianças vai, essas mulheres?", explica uma indígena.
Perigo
Alguns sitiantes e representantes da Funai acompanharam o trabalho da Polícia Federal. Os indígenas não se recusaram a sair do local, mas em forma de protesto, atearam fogo no que sobrou das moradias que foram destruídas por tratores.
O Corpo de Bombeiros foi chamado para controlar o incêndio às margens da rodovia. A fumaça tomou conta da pista e atrapalhou a visibilidade dos motoristas que passavam pelo local. Por muito pouco, um bombeiro não foi atropelado por uma caminhonete. O motorista conseguiu desviar a tempo de evitar a batida.
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2016/10/indios-vao-para-casa-de-parentes-apos-reintegracao-de-posse-diz-funai.html
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