De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

Notícias

Governo lança ações para reduzir mortalidade de crianças indígenas

24/11/2016

Fonte: Portal Brasil- http://www.brasil.gov.br



O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira (23), em Manaus, uma série de ações para reduzir em 20% das mortes de bebês e crianças indígenas com até cinco anos de idade. A meta deve ser atingida em 2019.

O objetivo é fortalecer e ampliar a assistência impactando nos óbitos evitáveis, causados, por exemplo, por doenças respiratórias, parasitárias e nutricionais. Cerca de 65% das mortes de bebês têm essas causas.

Ao contrário do que acontece no restante do País, metade das mortes de bebês indígenas acontece após o primeiro mês de vida.

A entrega de Unidades Básicas de Saúde Fluviais que atenderão ribeirinhos de municípios nos estados do Amazonas e Pará é uma das ações que amplia essa assistência.

A agenda lançada nesta quarta-feira tem cinco metas:

garantir que 85% das crianças menores de cinco anos tenham esquema vacinal completo;
ampliar para 90% as gestantes com acesso ao pré-natal;
implementar as consultas de crescimento e desenvolvimento para crianças indígenas menores de 1 ano, chegando a 70%;
ampliar para 90% o acompanhamento pela vigilância alimentar e nutricional às crianças indígenas menores de 5 anos;
investigar ao menos 80% dos óbitos materno-infantil fetal.

O foco será o reforço do acompanhamento de gestantes e crianças indígenas e na qualificação de profissionais de saúde em doenças prevalentes na infância, respeitando a diversidade cultural.

Nos últimos 15 anos, o índice de mortalidade infantil indígena caiu 58% - em 2000, era 74,61 mortes por mil nascidos vivos e, atualmente, é 31,28. Apesar disso, a mortalidade ainda é quase três vezes maior do que a média nacional, de 13,8 óbitos a cada mil nascidos vivos.

"O modelo de assistência indígena é diferente, pela própria característica de distância que as aldeias estão das estruturas de saúde. Por isso, estamos buscando mais resolutividade nas ações", enfatizou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

A prioridade na implantação das ações é nos 15 Distritos Sanitários Especiais Indígenas, cujo índice de mortalidade está acima da média ponderada/ano, são eles: Maranhão; Yanomami; Xavante; Caiapó do Pará; Alto Rio Juruá; Alto Rio Purus; Altamira; Amapá e Norte do Pará; Médio Rio Purus; Rio Tapajós; Mato Grosso do Sul; Alto Rio Solimões; Tocantins; Porto Velho; e Vale do Javari.


Recursos


O orçamento da saúde indígena, nos últimos cinco anos, cresceu 221%, passando de R$ 431 milhões em 2011 para R$ 1,4 bilhão neste ano. Atualmente, 34 distritos sanitários contam com 510 médicos, sendo que 65% são do Programa Mais Médicos.

Em 2015, mais de 99 mil crianças foram vacinadas, 78,9% das crianças indígenas menores de sete anos. Em 2014, mais de 62 mil crianças de até cinco anos (67,9%) receberam acompanhamento nutricional. Em 2013, 80% das gestantes passaram pelo pré-natal.



http://www.brasil.gov.br/saude/2016/11/governo-lanca-acoes-para-reduzir-mortalidade-de-criancas-indigenas
 

As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.