De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
I Seminário de Formação da Rede Norte do Programa Saberes Indígenas na Escola discute Educação escolar indígena no Brasil
12/12/2016
Fonte: UFAM- http://www.ufam.edu.br
A ação "Saberes Indígenas na Escola" tem o propósito de fortalecer as políticas educacionais em prol dos povos indígenas, promovendo o aperfeiçoamento profissional de professores indígenas que atuam na educação básica. Na manhã desta segunda-feira, 12, ocorreu a abertura do I Seminário de Formação da Rede Norte do Programa Saberes Indígenas na Escola -SIE/UFAM, uma atividade promovida pela UFAM em parceria com o Instituto Federal do Amazonas, a Universidade do Estado do Pará, Secretarias Municipal e Estadual de Educação e organizações não-governamentais.
Durante a abertura do evento, o coordenador geral do Seminário, professor Gersem dos Santos Luciano, ressaltou que o encontro é uma oportunidade de conhecer as diferentes experiências e trabalhos que os núcleos dos Saberes Indígenas na Escola, coordenados pela UFAM, desenvolvem. "É a primeira vez que essa rede imensa do Amazonas e Pará está se reunindo. O seminário é uma oportunidade de informação, formação e intercâmbio de experiências sobre nossas atividades com 27 dos 64 povos no estado do Amazonas", afirmou o coordenador.
Ele destacou ainda que a atividade é fundamental para viabilizar a Escola Indígena do futuro. "A Escola indígena do futuro é aquela que consegue fazer com que o aluno, cidadão indígena, consiga conservar sua tradição, cultura e língua com processos de alfabetização, letramento e numeramento específicos que atendam a essa dupla cidadania e, ao mesmo tempo, possibilite o acesso a tecnologias e conhecimentos universais da escola e da universidade", declarou ele.
Resistência e protagonismo indígena
A palestrante da abertura do evento, professora Elciclei Faria, abordou a trajetória histórica da Educação escolar indígena no país e destacou os avanços na área. "Ao trazer um pouco desse histórico do que foi a Educação Escolar indígena ou Escola para Índios no Brasil, observamos a tentativa de imposição de língua e cultura europeia, mas observamos também a resistência indígena a essas tentativas de apagamento. Além de permanecerem com suas línguas e costumes, os indígenas também se apropriaram dos conhecimentos das sociedades que tentavam subjugá-los. Conseguimos ver também avanços muito importantes como quando o movimento indígena assumiu a sua autonomia e levou à frente, num primeiro momento, a proposta de garantia de direitos e agora, na atualidade, luta pela efetiva implementação de tais políticas públicas. Eles são autores, propõem projetos, assumem espaços dentro das instituições federais, estaduais e municipais e fazem a diferença, ocupando posições que vão desde secretarias municipais a cargos no Ministério da Educação", declarou a palestrante.
Maria Ângela Moura é um exemplo desse protagonismo indígena. Descendente do povo Tukano, ela integra o Fórum Nacional de Educação Escolar Indígena. "É preciso avançar de acordo com os direitos que reivindicamos e conquistamos ao longo do tempo. Este seminário é importante para nós porque a formação oferecida aqui está aliada aos nossos objetivos de aperfeiçoar as práticas pedagógicas em sala de aula e nós entendemos que uma boa formação nos faz mais unidos em torno de nossos objetivos", afirmou a participante do seminário.
Programação
O I Seminário de Formação da Rede Norte do Programa Saberes Indígenas na Escola ocorre até Legenda ocorre até o dia 15 de dezembro. Nesta terça, 13, às 9h, ocorre a oficina temática sobre a diferença entre alfabetização e letramento, com a instrutora Maria Socorro Pimentel, da Universidade Federal de Goiás. No dia 14, o professor Carlos Eduardo de Souza, do Instituto Federal do Amazonas (IFAM) realiza a oficina sobre numeramento.
Seminário ocorre no auditório do Centro de Treinamento Padre Anchieta (CEPAN), Japiim II
http://www.ufam.edu.br/noticias-bloco-esquerdo/6157-i-seminario-de-formacao-da-rede-norte-do-programa-saberes-indigenas-na-escola-discute-educacao-escolar-indigena-no-brasil
Durante a abertura do evento, o coordenador geral do Seminário, professor Gersem dos Santos Luciano, ressaltou que o encontro é uma oportunidade de conhecer as diferentes experiências e trabalhos que os núcleos dos Saberes Indígenas na Escola, coordenados pela UFAM, desenvolvem. "É a primeira vez que essa rede imensa do Amazonas e Pará está se reunindo. O seminário é uma oportunidade de informação, formação e intercâmbio de experiências sobre nossas atividades com 27 dos 64 povos no estado do Amazonas", afirmou o coordenador.
Ele destacou ainda que a atividade é fundamental para viabilizar a Escola Indígena do futuro. "A Escola indígena do futuro é aquela que consegue fazer com que o aluno, cidadão indígena, consiga conservar sua tradição, cultura e língua com processos de alfabetização, letramento e numeramento específicos que atendam a essa dupla cidadania e, ao mesmo tempo, possibilite o acesso a tecnologias e conhecimentos universais da escola e da universidade", declarou ele.
Resistência e protagonismo indígena
A palestrante da abertura do evento, professora Elciclei Faria, abordou a trajetória histórica da Educação escolar indígena no país e destacou os avanços na área. "Ao trazer um pouco desse histórico do que foi a Educação Escolar indígena ou Escola para Índios no Brasil, observamos a tentativa de imposição de língua e cultura europeia, mas observamos também a resistência indígena a essas tentativas de apagamento. Além de permanecerem com suas línguas e costumes, os indígenas também se apropriaram dos conhecimentos das sociedades que tentavam subjugá-los. Conseguimos ver também avanços muito importantes como quando o movimento indígena assumiu a sua autonomia e levou à frente, num primeiro momento, a proposta de garantia de direitos e agora, na atualidade, luta pela efetiva implementação de tais políticas públicas. Eles são autores, propõem projetos, assumem espaços dentro das instituições federais, estaduais e municipais e fazem a diferença, ocupando posições que vão desde secretarias municipais a cargos no Ministério da Educação", declarou a palestrante.
Maria Ângela Moura é um exemplo desse protagonismo indígena. Descendente do povo Tukano, ela integra o Fórum Nacional de Educação Escolar Indígena. "É preciso avançar de acordo com os direitos que reivindicamos e conquistamos ao longo do tempo. Este seminário é importante para nós porque a formação oferecida aqui está aliada aos nossos objetivos de aperfeiçoar as práticas pedagógicas em sala de aula e nós entendemos que uma boa formação nos faz mais unidos em torno de nossos objetivos", afirmou a participante do seminário.
Programação
O I Seminário de Formação da Rede Norte do Programa Saberes Indígenas na Escola ocorre até Legenda ocorre até o dia 15 de dezembro. Nesta terça, 13, às 9h, ocorre a oficina temática sobre a diferença entre alfabetização e letramento, com a instrutora Maria Socorro Pimentel, da Universidade Federal de Goiás. No dia 14, o professor Carlos Eduardo de Souza, do Instituto Federal do Amazonas (IFAM) realiza a oficina sobre numeramento.
Seminário ocorre no auditório do Centro de Treinamento Padre Anchieta (CEPAN), Japiim II
http://www.ufam.edu.br/noticias-bloco-esquerdo/6157-i-seminario-de-formacao-da-rede-norte-do-programa-saberes-indigenas-na-escola-discute-educacao-escolar-indigena-no-brasil
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