De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Curso de formação técnica em apicultura no Alto Xingu, MT
30/12/2016
Autor: BALLESTER, Wemerson
Fonte: Mensagem Doce n. 139, nov., 2016, p. 6-13
Documentos anexos
Curso de formação técnica em apicultura no Alto Xingu, MT
texto: Engo Agrônomo - Wemerson C. Ballester- RFJ
fotos: Satomi Shimogo RFJ
O Projeto de Apicultura desenvolvido no Alto Xingu vem evoluindo paulatinamente no contexto da sustentabilidade, autonomia e protagonismo indígena. Atualmente participam sete comunidades (Kamayurá, Yawalapiti, Kalapalo, Nafukwá, Waurá, Matipu e Aweti), envolvendo 11 apicultores e a produção atinge aproximadamente 700 quilos de mel por ano, que são comercializados internamente ao Parque Indígena do Xingu.
Como incentivo, a Rainforest Foundation Japan- -RFJ arca com a aquisição dos materiais apícolas, disponibiliza e viabiliza a visita de dois técnicos, um indígena, para o acompanhamento das atividades nas aldeias, 4 vezes ao ano. No decorrer dos tempos, percebeu-se uma clara demanda dos apicultores indígenas para que houvesse um encontro visando um aprofundamento na formação técnica. Através da necessidade, a RFJ percebe uma importante oportunidade para reunir os apicultores para trabalhar questões técnicas e também dialogar sobre o protagonismo indígena em todo o processo de implantação, organização e gerenciamento que envolve a apicultura. A 1a etapa do processo de formação foi realizada na aldeia Kamayurá com duração de 4 dias, com carga horária de 32 horas, contendo o seguinte conteúdo para interação pedagógica: histórico e importância da apicultura no Alto Xingu, produtos que as abelhas oferecem, biologia das abelhas, povoamento e manejo das colmeias, processamento de cera alveolada, organização da produção e comercialização do mel. Houve um momento para a iniciação da atividade de meliponicultura (criação de abelhas nativas), onde abordou-se temas de diversidade, distribuição de espécies, escolha das espécies para manejo, modelos de caixas e principais inimigos. A metodologia utilizada se mostrou eficiente subsidiada pelas ferramentas participativas: dinâmica para apresentação pessoal, círculo de cultura, desenhos, linha do tempo, atividades de campo, vídeos e reuniões. Houve nesta ocasião, o fortalecimento do grupo de apicultores, o estimulo ao trabalho em equipe e a troca de conhecimentos dos participantes sobre a temática da apicultura. A ação de formação propiciou a reflexão de questões importantes sobre a autonomia das famílias envol¬vidas e também possibilitou a ampliação do conhecimento sobre princípios da sustentabilidade e gestão do Projeto.
CONCLUSÃO:
A ação de formação propiciou a reflexão de questões importantes sobre a autonomia das famílias envolvidas e também possibilitou a ampliação do conhecimento sobre princípios da sustentabilidade e gestão do Projeto. Ao final da capacitação, algumas ações futuras foram estabelecidas conjuntamente entre comunidades e RFJ, visando o protagonismo indígena no projeto:
Incentivar, durante os acompanhamentos técnicos, a produção da cera alveolada nas aldeias e confecção de artesanatos provindos da cera bruta;
Aumentar a produtividade de mel das caixas instaladas, através do aperfeiçoamento do manejo;
Aumentar o número de enxames através de capturas de enxames através de caixas iscas;
Os apicultores indígenas do Alto Xingu, que tiverem interesse, podem se articular com a Associação Terra Indígena Xingu - ATIX, já que a entidade promove parcerias consolidadas de comercialização com o Grupo Pão de Açúcar e o Mercado de Pinheiros em São Paulo;
Apoiar, como ação piloto, a comunidade Matipu, para que o produto mel possa cumprir as exigências estabelecidas na referida comercialização e;
No sentido da autonomia e de forma gradativa, parte do recurso proveniente da venda do mel será utilizado pelas famílias para a aquisição e reposição dos materiais apícolas.
Mensagem Doce n. 139, nov., 2016, p. 6-13
http://apacame.org.br/site/revista/mensagem-doce-n-139-novembro-de-2016/artigo/
texto: Engo Agrônomo - Wemerson C. Ballester- RFJ
fotos: Satomi Shimogo RFJ
O Projeto de Apicultura desenvolvido no Alto Xingu vem evoluindo paulatinamente no contexto da sustentabilidade, autonomia e protagonismo indígena. Atualmente participam sete comunidades (Kamayurá, Yawalapiti, Kalapalo, Nafukwá, Waurá, Matipu e Aweti), envolvendo 11 apicultores e a produção atinge aproximadamente 700 quilos de mel por ano, que são comercializados internamente ao Parque Indígena do Xingu.
Como incentivo, a Rainforest Foundation Japan- -RFJ arca com a aquisição dos materiais apícolas, disponibiliza e viabiliza a visita de dois técnicos, um indígena, para o acompanhamento das atividades nas aldeias, 4 vezes ao ano. No decorrer dos tempos, percebeu-se uma clara demanda dos apicultores indígenas para que houvesse um encontro visando um aprofundamento na formação técnica. Através da necessidade, a RFJ percebe uma importante oportunidade para reunir os apicultores para trabalhar questões técnicas e também dialogar sobre o protagonismo indígena em todo o processo de implantação, organização e gerenciamento que envolve a apicultura. A 1a etapa do processo de formação foi realizada na aldeia Kamayurá com duração de 4 dias, com carga horária de 32 horas, contendo o seguinte conteúdo para interação pedagógica: histórico e importância da apicultura no Alto Xingu, produtos que as abelhas oferecem, biologia das abelhas, povoamento e manejo das colmeias, processamento de cera alveolada, organização da produção e comercialização do mel. Houve um momento para a iniciação da atividade de meliponicultura (criação de abelhas nativas), onde abordou-se temas de diversidade, distribuição de espécies, escolha das espécies para manejo, modelos de caixas e principais inimigos. A metodologia utilizada se mostrou eficiente subsidiada pelas ferramentas participativas: dinâmica para apresentação pessoal, círculo de cultura, desenhos, linha do tempo, atividades de campo, vídeos e reuniões. Houve nesta ocasião, o fortalecimento do grupo de apicultores, o estimulo ao trabalho em equipe e a troca de conhecimentos dos participantes sobre a temática da apicultura. A ação de formação propiciou a reflexão de questões importantes sobre a autonomia das famílias envol¬vidas e também possibilitou a ampliação do conhecimento sobre princípios da sustentabilidade e gestão do Projeto.
CONCLUSÃO:
A ação de formação propiciou a reflexão de questões importantes sobre a autonomia das famílias envolvidas e também possibilitou a ampliação do conhecimento sobre princípios da sustentabilidade e gestão do Projeto. Ao final da capacitação, algumas ações futuras foram estabelecidas conjuntamente entre comunidades e RFJ, visando o protagonismo indígena no projeto:
Incentivar, durante os acompanhamentos técnicos, a produção da cera alveolada nas aldeias e confecção de artesanatos provindos da cera bruta;
Aumentar a produtividade de mel das caixas instaladas, através do aperfeiçoamento do manejo;
Aumentar o número de enxames através de capturas de enxames através de caixas iscas;
Os apicultores indígenas do Alto Xingu, que tiverem interesse, podem se articular com a Associação Terra Indígena Xingu - ATIX, já que a entidade promove parcerias consolidadas de comercialização com o Grupo Pão de Açúcar e o Mercado de Pinheiros em São Paulo;
Apoiar, como ação piloto, a comunidade Matipu, para que o produto mel possa cumprir as exigências estabelecidas na referida comercialização e;
No sentido da autonomia e de forma gradativa, parte do recurso proveniente da venda do mel será utilizado pelas famílias para a aquisição e reposição dos materiais apícolas.
Mensagem Doce n. 139, nov., 2016, p. 6-13
http://apacame.org.br/site/revista/mensagem-doce-n-139-novembro-de-2016/artigo/
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