De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Projeto reúne comunidade terena para fortalecer a língua e a cultura indígena
16/04/2017
Autor: Thailla Torres
Fonte: Campo Grande News campograndenews.com.br
As fotografias de Luciano Justiniano retratam orgulho e admiração por um trabalho que há anos é desenvolvido em busca de resgatar a cultura e valorizar a língua terena na terra indígena Cachoeirinha, em Miranda (MS).
Com a iniciativa de professores indígenas da Aldeia Babaçu, surgiu o projeto Sons da Aldeia. onde os educadores se unem para recuperar a autoestima e o interesse dos alunos no aprendizado da cultura tradicional. O projeto deu tão certo que foi reconhecido e premiado pelo Ministério da Cultura em 2016 e levou o Prêmio de Inovação Comunitária da Brazil Foundation.
Com o recurso recebido, a comunidade ergueu na raça a primeira Oca Cultural Nilo Delfino, para desenvolver atividades educacionais e culturais. O nome é uma homenagem ao indígena que foi o primeiro professor da aldeia.
Quem acompanhou de perto a conquista dos terena foi a pedagoga Denise Silva, de 33 anos, que faz parte do Ipedi, um instituto que surgiu em 2012 e beneficia comunidades com ações educacionais, culturais e socioambientais em Mato Grosso do Sul.
"Fizemos um levantamento em 2012 e descobrimos que só 17% das crianças matriculadas na educação infantil regular falavam o idioma da etnia. E perder a língua é perder a identidade e também a cultura deles", explica Denise.
Para que a própria comunidade se organizasse no resgate, o Ipedi desenvolveu um projeto que forneceu material didático com informações completas sobre a cultura indígena. A partir disso, foi que os educadores decidiram incentivar ainda mais os alunos a participar das atividades escolares, em especial, aquelas relacionadas a cultura deles.
"Vimos que muitos não falavam a língua, dançavam e nem produziam os artesanatos. A cultura estava em perigo. Por isso, nossa ação foi capacitar professores e mostrar o emponderamento da comunidade. Com isso, eles começaram a trabalhar e resgatar as tradições. Principalmente, no período de alfabetização", explica Denise.
Com as ações, são significativas as mudanças no interesse dos alunos pela escola e pelas tradições. Além de maior participação da comunidade na vida escolar.
"Iniciamos essas famílias para que não dependessem de uma ação governamental e também para que a própria comunidade se organizasse. É lindo ver a emoção e o orgulho deles com a Oca Cultural. Uma conquista que eles merecem e fruto de um trabalho deles. Para a gente, isso é muito gratificante, diante da pressão de uma sociedade globalizada".
O projeto na comunidade é coordenado pela indígena Marlene Rodrigues, professora da aldeia. Quem quiser saber mais sobre o auxílio do Ipedi, pode acompanhar tudo pela página oficial no Facebook.
"A cultura não merece ser extinta. Por isso a gente atua dando condições para que eles sejam protagonistas dessa história", declara Denise.
https://www.campograndenews.com.br/lado-b/comportamento-23-08-2011-08/projeto-reune-comunidade-terena-para-fortalecer-a-lingua-e-a-cultura-indigena
Com a iniciativa de professores indígenas da Aldeia Babaçu, surgiu o projeto Sons da Aldeia. onde os educadores se unem para recuperar a autoestima e o interesse dos alunos no aprendizado da cultura tradicional. O projeto deu tão certo que foi reconhecido e premiado pelo Ministério da Cultura em 2016 e levou o Prêmio de Inovação Comunitária da Brazil Foundation.
Com o recurso recebido, a comunidade ergueu na raça a primeira Oca Cultural Nilo Delfino, para desenvolver atividades educacionais e culturais. O nome é uma homenagem ao indígena que foi o primeiro professor da aldeia.
Quem acompanhou de perto a conquista dos terena foi a pedagoga Denise Silva, de 33 anos, que faz parte do Ipedi, um instituto que surgiu em 2012 e beneficia comunidades com ações educacionais, culturais e socioambientais em Mato Grosso do Sul.
"Fizemos um levantamento em 2012 e descobrimos que só 17% das crianças matriculadas na educação infantil regular falavam o idioma da etnia. E perder a língua é perder a identidade e também a cultura deles", explica Denise.
Para que a própria comunidade se organizasse no resgate, o Ipedi desenvolveu um projeto que forneceu material didático com informações completas sobre a cultura indígena. A partir disso, foi que os educadores decidiram incentivar ainda mais os alunos a participar das atividades escolares, em especial, aquelas relacionadas a cultura deles.
"Vimos que muitos não falavam a língua, dançavam e nem produziam os artesanatos. A cultura estava em perigo. Por isso, nossa ação foi capacitar professores e mostrar o emponderamento da comunidade. Com isso, eles começaram a trabalhar e resgatar as tradições. Principalmente, no período de alfabetização", explica Denise.
Com as ações, são significativas as mudanças no interesse dos alunos pela escola e pelas tradições. Além de maior participação da comunidade na vida escolar.
"Iniciamos essas famílias para que não dependessem de uma ação governamental e também para que a própria comunidade se organizasse. É lindo ver a emoção e o orgulho deles com a Oca Cultural. Uma conquista que eles merecem e fruto de um trabalho deles. Para a gente, isso é muito gratificante, diante da pressão de uma sociedade globalizada".
O projeto na comunidade é coordenado pela indígena Marlene Rodrigues, professora da aldeia. Quem quiser saber mais sobre o auxílio do Ipedi, pode acompanhar tudo pela página oficial no Facebook.
"A cultura não merece ser extinta. Por isso a gente atua dando condições para que eles sejam protagonistas dessa história", declara Denise.
https://www.campograndenews.com.br/lado-b/comportamento-23-08-2011-08/projeto-reune-comunidade-terena-para-fortalecer-a-lingua-e-a-cultura-indigena
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