De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Funai e Funasa cedem e índios desocupam ferrovia
16/02/2006
Fonte: Tribuna de Imprensa-Rio de Janeiro-RJ
Os 500 índios que estavam bloqueando a Estrada de Ferro Carajás (EFC), em Alto Alegre do Pindaré, distante cerca de 300 Km de São Luís, levantaram as barreiras e desocuparam a região no final da tarde de ontem. Esta foi a segunda vez que os indígenas que vivem no Maranhão fizeram uma ocupação de ferrovia em uma semana para pressionar a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) a mudar o modelo de assistência indígena e a Funai a fazer mudanças no esquema de fiscalização demarcação das reservas.
As lideranças indígenas anunciaram o fim da crise por volta das 17h depois que a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) anunciou que vai liberar R$ 610 mil para aplicação imediata em saúde indígena e confirmou a exoneração do coordenador regional do órgão no Maranhão, Zenildo Oliveira dos Santos.
No entanto, antes de comunicar o fim do bloqueio, os indígenas cortaram 13 metros de trilhos da ferrovia com um maçarico e colocaram fogo em 98 dormentes do Km 289 da ferrovia, onde aconteceu a interdição, e fizeram ameaças de interromper o trêfego em rodovias maranhenses e mesmo ações mais radicais para forçar um acordo.
A líder krikati, Sonia Krikati, chegou a dizer em uma rádio local que além dos guajajaras, os demais povos indígenas - krikati, gavião, kaapó, awá, guajá, timbira e kanela - seriam mobilizados em novas interdições em rodovias, como a MA-006, que cruza uma das 17 reservas indígenas do Maranhão. Ela também prometeu que os índios incendiariam e derrubariam torres de transmissão da Eletronorte, que leva energia elétrica produzida na usina de Tucuruí para todo o estado e para o Nordeste.
No final da tarde de terça-feira, o juiz federal Marcelo Dolzany havia determinado pela segunda vez em uma semana a desocupação da ferrovia. No tempo que durou as duas ocupações a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), proprietária da ferrovia, deixou de transportar cerca de um milhão de toneladas de minérios.
"Ato de vandalismo"
Durante a crise, a mineradora usou os estoques de São Luís, cerca de cinco milhões de toneladas, para continuar a atender os contratos de fornecimento de minério de ferro, cobre, manganês e ferro-gusa aos clientes externos. Em nota divulgada ontem à tarde, a mineradora informou que terá de substituir 98 dormentes e 123 grampos, além de recompor 90 metros de leito. "Este ato de vandalismo prejudicou o transporte diário de cerca de mil passageiros e a ligação da maior província mineral do Brasil - as minas de Carajás, no Pará - ao Complexo Portuário e Industrial de Ponta da Madeira no Maranhão", diz a nota.
Foi a segunda invasão a ferrovia da Vale por índios registrada este mês. Na primeira, os índios chegaram a fazer quatro funcionários da mineradora como reféns. A companhia destacou ainda que a ferrovia não passa dentro de terras indígenas. O trem de passageiros da estrada de ferro voltará a circular a partir de amanhã da estação de São Luís, no Maranhão, com destino a Parauepebas no Pará.
As lideranças indígenas anunciaram o fim da crise por volta das 17h depois que a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) anunciou que vai liberar R$ 610 mil para aplicação imediata em saúde indígena e confirmou a exoneração do coordenador regional do órgão no Maranhão, Zenildo Oliveira dos Santos.
No entanto, antes de comunicar o fim do bloqueio, os indígenas cortaram 13 metros de trilhos da ferrovia com um maçarico e colocaram fogo em 98 dormentes do Km 289 da ferrovia, onde aconteceu a interdição, e fizeram ameaças de interromper o trêfego em rodovias maranhenses e mesmo ações mais radicais para forçar um acordo.
A líder krikati, Sonia Krikati, chegou a dizer em uma rádio local que além dos guajajaras, os demais povos indígenas - krikati, gavião, kaapó, awá, guajá, timbira e kanela - seriam mobilizados em novas interdições em rodovias, como a MA-006, que cruza uma das 17 reservas indígenas do Maranhão. Ela também prometeu que os índios incendiariam e derrubariam torres de transmissão da Eletronorte, que leva energia elétrica produzida na usina de Tucuruí para todo o estado e para o Nordeste.
No final da tarde de terça-feira, o juiz federal Marcelo Dolzany havia determinado pela segunda vez em uma semana a desocupação da ferrovia. No tempo que durou as duas ocupações a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), proprietária da ferrovia, deixou de transportar cerca de um milhão de toneladas de minérios.
"Ato de vandalismo"
Durante a crise, a mineradora usou os estoques de São Luís, cerca de cinco milhões de toneladas, para continuar a atender os contratos de fornecimento de minério de ferro, cobre, manganês e ferro-gusa aos clientes externos. Em nota divulgada ontem à tarde, a mineradora informou que terá de substituir 98 dormentes e 123 grampos, além de recompor 90 metros de leito. "Este ato de vandalismo prejudicou o transporte diário de cerca de mil passageiros e a ligação da maior província mineral do Brasil - as minas de Carajás, no Pará - ao Complexo Portuário e Industrial de Ponta da Madeira no Maranhão", diz a nota.
Foi a segunda invasão a ferrovia da Vale por índios registrada este mês. Na primeira, os índios chegaram a fazer quatro funcionários da mineradora como reféns. A companhia destacou ainda que a ferrovia não passa dentro de terras indígenas. O trem de passageiros da estrada de ferro voltará a circular a partir de amanhã da estação de São Luís, no Maranhão, com destino a Parauepebas no Pará.
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