De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Situação da saúde indígena é grave no Pará
27/01/2006
Autor: Ullisses Campbell
Fonte: Correio Braziliense-Brasília-DF
Três crianças mundurucus estão internadas num hospital, no município de Jacareacanga (PA), com desidratação por conta de uma diarréia severa que ataca seis aldeias indígenas no Pará. Uma menina de cinco anos morreu há uma semana com a mesma doença. Segundo o vice-prefeito da cidade, José Krixe Mundurucu, os índios de aldeias no limite do Pará com o Mato Grosso estão adoecendo de gripe, pneumonia, diarréia e malária e muitos acabam morrendo nas aldeias mais isoladas sem medicação e atendimento de médicos.
Na aldeia Santa Maria, no alto rio Cururu, mais de 20 índios estão doentes e não podem ser levados ao hospital porque a lancha voadeira usada pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) está parada por falta de combustível. De barco convencional, a viagem pode durar um dia e não há acesso por estradas. Segundo José Krixe, os índios estão rejeitando os médicos enviados para a aldeia por uma questão cultural. "Quando os índios aceitam a visita médica, ele (o médico) só faz a consulta porque não há remédios", ressaltou.
Os índios contam que a situação piorou nas aldeias Munduruku a partir de maio do ano passado, quando a Funasa deixou de renovar o convênio com a prefeitura. Agora, o órgão do governo federal assinou um contrato com a organização não-governamental (ONG) Fundação Esperança, que tem sede em Santarém, no oeste do Pará. Segundo a Funasa, o convênio com a prefeitura não foi renovado por conta de irregularidades. Para os mundurucus, o órgão não dá conta do atendimento aos índios e o dinheiro que deveria ser aplicado na área da saúde não está chegando às aldeias.
As doenças também maltratam os índios adultos. Cerca de 42 mundurucus estão internados na Casa do Índio, em Belém, para tratamento médico. Floriano Akai Munduruku perdeu a filha de três meses em 2005, vítima de pneumonia. O bebê morreu no hospital depois de uma semana com gripe forte e atendimento precário na aldeia Sai Cinza. A pneumonia também matou o ancião Velho Davi, um dos líderes dos índios da Sai Cinza, onde há 300 adultos. "Os remédios chegam e acabam no mesmo dia", conta. Nas aldeias, os índios precisam de remédios para malária e diarréia.
Na aldeia Santa Maria, no alto rio Cururu, mais de 20 índios estão doentes e não podem ser levados ao hospital porque a lancha voadeira usada pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) está parada por falta de combustível. De barco convencional, a viagem pode durar um dia e não há acesso por estradas. Segundo José Krixe, os índios estão rejeitando os médicos enviados para a aldeia por uma questão cultural. "Quando os índios aceitam a visita médica, ele (o médico) só faz a consulta porque não há remédios", ressaltou.
Os índios contam que a situação piorou nas aldeias Munduruku a partir de maio do ano passado, quando a Funasa deixou de renovar o convênio com a prefeitura. Agora, o órgão do governo federal assinou um contrato com a organização não-governamental (ONG) Fundação Esperança, que tem sede em Santarém, no oeste do Pará. Segundo a Funasa, o convênio com a prefeitura não foi renovado por conta de irregularidades. Para os mundurucus, o órgão não dá conta do atendimento aos índios e o dinheiro que deveria ser aplicado na área da saúde não está chegando às aldeias.
As doenças também maltratam os índios adultos. Cerca de 42 mundurucus estão internados na Casa do Índio, em Belém, para tratamento médico. Floriano Akai Munduruku perdeu a filha de três meses em 2005, vítima de pneumonia. O bebê morreu no hospital depois de uma semana com gripe forte e atendimento precário na aldeia Sai Cinza. A pneumonia também matou o ancião Velho Davi, um dos líderes dos índios da Sai Cinza, onde há 300 adultos. "Os remédios chegam e acabam no mesmo dia", conta. Nas aldeias, os índios precisam de remédios para malária e diarréia.
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