De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Governo retira garimpeiros de terra ianomâmi em Roraima
05/10/2019
Autor: Vinicius Sassine
Fonte: O Globo, País, p. 12
Governo retira garimpeiros de terra ianomâmi em Roraima
PF e Exército fazem operação contra garimpo ilegal na terra dos ianomâmi
Ação ocorre dois meses após O GLOBO revelar extração irreglar na maior terra indígena do Brasil.
BRASÍLIA - Dois meses depois de O GLOBO revelar o pleno funcionamento do garimpo ilegal na maior terra indígena do Brasil, com o flagrante da extração de ouro a pleno vapor ao longo do Rio Mucajaí, órgãos do governo federal concluíram uma operação nos mesmos locais onde a reportagem esteve - o leito do Mucajaí, até a calha do Rio Couto Magalhães - e retiraram "centenas" de garimpeiros que estavam na terra dos ianomâmi. A informação na noite desta sexta-feira pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
Além da Funai, a operação contou com Exército, Polícia Federal (PF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Grupo de Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério da Economia e Polícia Civil de Roraima. A operação durou 12 dias e esteve em 30 áreas de garimpo ilegal nos leitos do Mucajaí e do Couto Magalhães. As "centenas" de garimpeiros foram retiradas dos locais até mesmo por ar, em um helicóptero usado na ação. Este tipo de transporte praticamente não é feito quando há ações do tipo. Até agora, o que o Exército vinha fazendo é tentar asfixiar o acesso de mantimentos a áreas de garimpo, como forma de obrigar um retorno dos garimpeiros.
Parte das pessoas retiradas da terra indígena foi levada para prestar depoimento à PF em Boa Vista. Algumas foram presas em flagrante. A operação, chamada Walopali/Curare, envolveu 75 servidores dos órgãos federais e resultou na destruição de "dezenas" de "tatuzões", que são os equipamentos usados para lavar a terra atrás do ouro. Um helicóptero foi apreendido e duas pistas de pouso clandestinas, destruídas. A Funai informou ainda que está reativando uma base de proteção no Rio Mucajaí, "em consonância com a operação". A base se chama Walopali. Na língua ianomâmi, significa "espírito da onça-pintada.
Entre 10 mil e 15 mil garimpeiros passaram a explorar o ouro da terra ianomâmi, segundo estimativas de representantes dessas pessoas e dos indígenas. A Funai fala num número entre 7 mil e 10 mil. O presidente Jair Bolsonaro defende a legalização da atividade dos garimpeiros em terras indígenas.
O GLOBO subiu o Mucajaí, até o Couto Magalhães, nos últimos dias de julho e primeiros dias de agosto. A reportagem documentou a incessante exploração ilegal do ouro à beira do rio e a rotina de tensão, conflitos, violência e destruição ambiental. A reportagem foi publicada no dia 4 de agosto. Um mês depois, o jornal publicou em seu site um minidocumentário com o registro do que encontrou.
O Globo, 05/10/2019, País, p. 12
https://oglobo.globo.com/brasil/pf-exercito-fazem-operacao-contra-garimpo-ilegal-na-terra-dos-ianomami-23997930
PF e Exército fazem operação contra garimpo ilegal na terra dos ianomâmi
Ação ocorre dois meses após O GLOBO revelar extração irreglar na maior terra indígena do Brasil.
BRASÍLIA - Dois meses depois de O GLOBO revelar o pleno funcionamento do garimpo ilegal na maior terra indígena do Brasil, com o flagrante da extração de ouro a pleno vapor ao longo do Rio Mucajaí, órgãos do governo federal concluíram uma operação nos mesmos locais onde a reportagem esteve - o leito do Mucajaí, até a calha do Rio Couto Magalhães - e retiraram "centenas" de garimpeiros que estavam na terra dos ianomâmi. A informação na noite desta sexta-feira pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
Além da Funai, a operação contou com Exército, Polícia Federal (PF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Grupo de Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério da Economia e Polícia Civil de Roraima. A operação durou 12 dias e esteve em 30 áreas de garimpo ilegal nos leitos do Mucajaí e do Couto Magalhães. As "centenas" de garimpeiros foram retiradas dos locais até mesmo por ar, em um helicóptero usado na ação. Este tipo de transporte praticamente não é feito quando há ações do tipo. Até agora, o que o Exército vinha fazendo é tentar asfixiar o acesso de mantimentos a áreas de garimpo, como forma de obrigar um retorno dos garimpeiros.
Parte das pessoas retiradas da terra indígena foi levada para prestar depoimento à PF em Boa Vista. Algumas foram presas em flagrante. A operação, chamada Walopali/Curare, envolveu 75 servidores dos órgãos federais e resultou na destruição de "dezenas" de "tatuzões", que são os equipamentos usados para lavar a terra atrás do ouro. Um helicóptero foi apreendido e duas pistas de pouso clandestinas, destruídas. A Funai informou ainda que está reativando uma base de proteção no Rio Mucajaí, "em consonância com a operação". A base se chama Walopali. Na língua ianomâmi, significa "espírito da onça-pintada.
Entre 10 mil e 15 mil garimpeiros passaram a explorar o ouro da terra ianomâmi, segundo estimativas de representantes dessas pessoas e dos indígenas. A Funai fala num número entre 7 mil e 10 mil. O presidente Jair Bolsonaro defende a legalização da atividade dos garimpeiros em terras indígenas.
O GLOBO subiu o Mucajaí, até o Couto Magalhães, nos últimos dias de julho e primeiros dias de agosto. A reportagem documentou a incessante exploração ilegal do ouro à beira do rio e a rotina de tensão, conflitos, violência e destruição ambiental. A reportagem foi publicada no dia 4 de agosto. Um mês depois, o jornal publicou em seu site um minidocumentário com o registro do que encontrou.
O Globo, 05/10/2019, País, p. 12
https://oglobo.globo.com/brasil/pf-exercito-fazem-operacao-contra-garimpo-ilegal-na-terra-dos-ianomami-23997930
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