De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Notícias
As marcas do desmonte ambiental de Bolsonaro no sul do Pará
02/05/2023
Fonte: Clima Info - https://climainfo.org.br/2023/05/01/
As marcas do desmonte ambiental de Bolsonaro no sul do Pará
A região do Baixo Tapajós, no Pará, sintetiza o legado antiambiental deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Além do desmonte dos órgãos de fiscalização ambiental e da leniência com a ilegalidade, a desinformação ainda dificulta o trabalho de quem quer "virar a página" e reconstruir o que se perdeu nos últimos quatro anos.
Na Folha, Ana Carolina Amaral e Pedro Ladeira visitaram a região e conversaram com pessoas impactadas pela irresponsabilidade do antigo governo. Uma delas é Marcelo Cwerner, um dos quatro brigadistas voluntários presos pela Polícia Civil do Pará em 2019 sob a acusação de incendiar uma área de proteção ambiental em Alter do Chão.
O inquérito foi aberto depois que apoiadores de Bolsonaro acusaram ambientalistas por incêndios na região, sem qualquer evidência. Mesmo com a falta de provas e o arquivamento do processo, Cwerner e os outros brigadistas ainda convivem com as mentiras disseminadas pelos bolsonaristas.
"Na Amazônia, os ataques a ambientalistas compõem o tripé da estratégia antiambiental bolsonarista, que persiste no tempo e se coloca entre os obstáculos do governo Lula", destacou a Folha. "Além da perseguição a ambientalistas, o tripé contou com o apoio político a atividades ilegais e com as 'boiadas' (...) para desregulamentação de normas".
Enquanto atacava ambientalistas sem provas, o antigo governo fez a festa com grileiros, garimpeiros e madeireiros ilegais. Além do enfraquecimento de órgãos de fiscalização, como o IBAMA, o discurso antiambiental do ex-presidente "empoderou" os criminosos, que passaram a atuar com mais ousadia.
O resultado disso é nítido: só na bacia do Xingu, também no sul do Pará, mais de 730 mil hectares de floresta foram derrubados nos quatro anos da gestão Bolsonaro, uma média de 200 árvores derrubadas a cada minuto. Os dados são do estudo Xingu sob Pressão, elaborado pela rede Xingu+ em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA). A Folha deu mais detalhes.
Em tempo: Por falar em desinformação, a turba bolsonarista aproveitou o episódio de um YouTuber autuado pelo IBAMA por criar uma capivara ilegalmente em cativeiro para atacar o órgão ambiental. "Estão atacando o IBAMA porque temos muitas ações no Amazonas, de embargo de áreas desmatadas, apreensões de gado em Terra Indígena, Unidade de Conservação. Esse caso acabou servindo para tentar desqualificar o trabalho", disse o presidente do IBAMA, Rodrigo Agostinho, à Folha. O episódio mais irresponsável aconteceu no sábado (29/4), quando a deputada estadual Joana Darc invadiu o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do IBAMA e, ao melhor estilo bolsonarista, gravou uma live cobrando a devolução da capivara.
ClimaInfo, 2 de maio de 2023.
https://climainfo.org.br/2023/05/01/as-marcas-do-desmonte-ambiental-de-bolsonaro-no-sul-do-para/
A região do Baixo Tapajós, no Pará, sintetiza o legado antiambiental deixado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Além do desmonte dos órgãos de fiscalização ambiental e da leniência com a ilegalidade, a desinformação ainda dificulta o trabalho de quem quer "virar a página" e reconstruir o que se perdeu nos últimos quatro anos.
Na Folha, Ana Carolina Amaral e Pedro Ladeira visitaram a região e conversaram com pessoas impactadas pela irresponsabilidade do antigo governo. Uma delas é Marcelo Cwerner, um dos quatro brigadistas voluntários presos pela Polícia Civil do Pará em 2019 sob a acusação de incendiar uma área de proteção ambiental em Alter do Chão.
O inquérito foi aberto depois que apoiadores de Bolsonaro acusaram ambientalistas por incêndios na região, sem qualquer evidência. Mesmo com a falta de provas e o arquivamento do processo, Cwerner e os outros brigadistas ainda convivem com as mentiras disseminadas pelos bolsonaristas.
"Na Amazônia, os ataques a ambientalistas compõem o tripé da estratégia antiambiental bolsonarista, que persiste no tempo e se coloca entre os obstáculos do governo Lula", destacou a Folha. "Além da perseguição a ambientalistas, o tripé contou com o apoio político a atividades ilegais e com as 'boiadas' (...) para desregulamentação de normas".
Enquanto atacava ambientalistas sem provas, o antigo governo fez a festa com grileiros, garimpeiros e madeireiros ilegais. Além do enfraquecimento de órgãos de fiscalização, como o IBAMA, o discurso antiambiental do ex-presidente "empoderou" os criminosos, que passaram a atuar com mais ousadia.
O resultado disso é nítido: só na bacia do Xingu, também no sul do Pará, mais de 730 mil hectares de floresta foram derrubados nos quatro anos da gestão Bolsonaro, uma média de 200 árvores derrubadas a cada minuto. Os dados são do estudo Xingu sob Pressão, elaborado pela rede Xingu+ em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA). A Folha deu mais detalhes.
Em tempo: Por falar em desinformação, a turba bolsonarista aproveitou o episódio de um YouTuber autuado pelo IBAMA por criar uma capivara ilegalmente em cativeiro para atacar o órgão ambiental. "Estão atacando o IBAMA porque temos muitas ações no Amazonas, de embargo de áreas desmatadas, apreensões de gado em Terra Indígena, Unidade de Conservação. Esse caso acabou servindo para tentar desqualificar o trabalho", disse o presidente do IBAMA, Rodrigo Agostinho, à Folha. O episódio mais irresponsável aconteceu no sábado (29/4), quando a deputada estadual Joana Darc invadiu o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do IBAMA e, ao melhor estilo bolsonarista, gravou uma live cobrando a devolução da capivara.
ClimaInfo, 2 de maio de 2023.
https://climainfo.org.br/2023/05/01/as-marcas-do-desmonte-ambiental-de-bolsonaro-no-sul-do-para/
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.