De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Notícias
Na véspera de agenda com Guajajara, Conselho Terena repudia intromissão política de ministério
07/06/2024
Autor: Aliny Mary Dias
Fonte: Midia Max - midiamax.uol.com.br
Ministra dos Povos Indígenas vem a Campo Grande para inaugurar embaixada
Na véspera da visita da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, a Campo Grande, o Conselho do Povo Terena emitiu nota de repúdio contra supostas interferências político-partidárias no movimento indigenista de Mato Grosso do Sul.
Sônia virá a Campo Grande para inaugurar a Embaixada Indígena, na Rua 14 de Julho. O número dois do ministério, o secretário-executivo Luiz Eloy Terena, que é de Mato Grosso do Sul, também deve participar do ato.
Na nota de repúdio publicada nesta sexta-feira (7), o Conselho do Povo Terena critica as ações do ministério porque, segundo as lideranças, "o movimento dos povos originários em Mato Grosso do Sul e em outros estados do Brasil não podem estar tutelados por órgãos do Estado nacional, tampouco serem reféns dos projetos de poder defendidos por quaisquer legendas partidárias ou grupos políticos nelas existentes".
O conselho critica ações da ministra e do secretário-executivo afirmando que eles "dão a entender" que são o "próprio Estado nacional em carne e osso".
Além disso, os caciques afirmam que a inauguração da Embaixada Indígena em Campo Grande seria, na verdade, um ato político com objetivo de lançar candidaturas de pessoas que não teriam ligação com o movimento indígena.
"Reside no objetivo da entidade chapa-branca querer lançar candidaturas de pessoas que não possuem respaldo político de suas próprias comunidades, tampouco do Conselho do Povo Terena ou de outras entidades tradicionais atuantes no estado", diz a nota.
O Conselho Terena afirma que futuras candidaturas que teriam apoio da embaixada "buscam tão somente inviabilizar a eleição e a reeleição de vereadores indígenas em vários municípios sulmato-grossenses".
Os caciques citam, ainda, rusgas envolvendo o secretário-executivo do Ministério. Conforme o conselho, até sumiço de senha de páginas do Facebook e Instagram que, supostamente, teriam ficado em posse de pessoa ligada ao número dois do ministério, demonstram descompasso entre lideranças e o ministério.
No documento, as lideranças defendem a presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Joênia Wapichana. "Ela reiteradamente tem enviado os esforços necessários para atender as nossas reivindicações e as solicitações de outros povos indígenas em Mato Grosso do Sul".
Ministra inaugura embaixada em Campo Grande
A confirmação da presença da ministra veio através da página oficial da embaixada nas redes sociais, novo espaço cultural em Campo Grande. O espaço será dedicado às lutas, memórias e histórias dos povos indígenas. O local terá sede na Rua 14 de Julho, no Centro.
"É com muita honra e alegria que o nosso palco ancestral receberá essa guerreira, que inspira com toda sua representatividade e história de luta. Sônia é indígena do Povo Guajajara/Tentehar, da TI Arariboia no Maranhão, e desde muito jovem defende os direitos e territórios dos povos originários do Brasil."
A ministra esteve em Mato Grosso do Sul em novembro, onde participou da Grande Assembleia Aty Guasu em Caarapó.
https://midiamax.uol.com.br/politica/2024/na-vespera-de-agenda-com-guajajara-conselho-terena-repudia-intromissao-politica-de-ministerio/
Na véspera da visita da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, a Campo Grande, o Conselho do Povo Terena emitiu nota de repúdio contra supostas interferências político-partidárias no movimento indigenista de Mato Grosso do Sul.
Sônia virá a Campo Grande para inaugurar a Embaixada Indígena, na Rua 14 de Julho. O número dois do ministério, o secretário-executivo Luiz Eloy Terena, que é de Mato Grosso do Sul, também deve participar do ato.
Na nota de repúdio publicada nesta sexta-feira (7), o Conselho do Povo Terena critica as ações do ministério porque, segundo as lideranças, "o movimento dos povos originários em Mato Grosso do Sul e em outros estados do Brasil não podem estar tutelados por órgãos do Estado nacional, tampouco serem reféns dos projetos de poder defendidos por quaisquer legendas partidárias ou grupos políticos nelas existentes".
O conselho critica ações da ministra e do secretário-executivo afirmando que eles "dão a entender" que são o "próprio Estado nacional em carne e osso".
Além disso, os caciques afirmam que a inauguração da Embaixada Indígena em Campo Grande seria, na verdade, um ato político com objetivo de lançar candidaturas de pessoas que não teriam ligação com o movimento indígena.
"Reside no objetivo da entidade chapa-branca querer lançar candidaturas de pessoas que não possuem respaldo político de suas próprias comunidades, tampouco do Conselho do Povo Terena ou de outras entidades tradicionais atuantes no estado", diz a nota.
O Conselho Terena afirma que futuras candidaturas que teriam apoio da embaixada "buscam tão somente inviabilizar a eleição e a reeleição de vereadores indígenas em vários municípios sulmato-grossenses".
Os caciques citam, ainda, rusgas envolvendo o secretário-executivo do Ministério. Conforme o conselho, até sumiço de senha de páginas do Facebook e Instagram que, supostamente, teriam ficado em posse de pessoa ligada ao número dois do ministério, demonstram descompasso entre lideranças e o ministério.
No documento, as lideranças defendem a presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Joênia Wapichana. "Ela reiteradamente tem enviado os esforços necessários para atender as nossas reivindicações e as solicitações de outros povos indígenas em Mato Grosso do Sul".
Ministra inaugura embaixada em Campo Grande
A confirmação da presença da ministra veio através da página oficial da embaixada nas redes sociais, novo espaço cultural em Campo Grande. O espaço será dedicado às lutas, memórias e histórias dos povos indígenas. O local terá sede na Rua 14 de Julho, no Centro.
"É com muita honra e alegria que o nosso palco ancestral receberá essa guerreira, que inspira com toda sua representatividade e história de luta. Sônia é indígena do Povo Guajajara/Tentehar, da TI Arariboia no Maranhão, e desde muito jovem defende os direitos e territórios dos povos originários do Brasil."
A ministra esteve em Mato Grosso do Sul em novembro, onde participou da Grande Assembleia Aty Guasu em Caarapó.
https://midiamax.uol.com.br/politica/2024/na-vespera-de-agenda-com-guajajara-conselho-terena-repudia-intromissao-politica-de-ministerio/
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.